Ciclo de Rancor romance Capítulo 915

― Você está insinuando que ter enchido a cara é justificativa para não cuidar de uma mulher grávida!? Me poupe! ― Engel se irritou. ― E este é um assunto entre o senhor Brighthall e a mãe do filho dele! Não é da sua conta! ―

― Senhora Engel, você se esqueceu para quem trabalha? ― disse Brendan, com a voz perigosamente baixa. ― Não me faça ouvir isso de novo. ―

A governanta congelou, sem saber como reagir.

Deirdre apertou os dedos com tanta força que as unhas ficaram brancas. Então levantou a cabeça.

― E daí se é você quem paga o salário dela, hein? Só porque você é o dono do mundo acha que todo mundo tem que aceitar seu disparates de cabeça baixa e se fingir de mudo? ―

As sobrancelhas de Brendan franziram e Charlene riu. ‘Deirdre, sua vadia insolente e estúpida. Você acha que Brendan vai deixar você ir, depois de responder assim a ele?’

Charlene previu a reação de Brendan. Uma camada de gelo cobriu o rosto do magnata quando ele disse friamente:

― Eu não acho. É assim que o mundo funciona. Seja obediente e dê à luz minha filha, sem acidentes. ―

― Ah, então você quer que eu aja como sua escrava. Você realmente acha que pode fazer o que quiser porque é poderoso, certo? O que vai, volta, Brendan! Ou você acredita que está acima disso também? ―

― Deirdre! ― rosnou Brendan. ― Se você acha que todo mundo vai sofrer com sua petulância porque você está grávida, está enganada. ―

Quando Shea saiu do elevador, Brendan respirou fundo e forçou a voz a se acalmar e voltar à apatia.

― Shea, leve Deirdre de volta para a mansão. De agora em diante, ela não pode sair de casa, a menos que eu diga explicitamente. Isso até que meu filho nasça! ― Sem esperar resposta o magnata partiu pelo corredor e sumiu, descendo as escadas.

Deirdre ficou enraizada no chão. O que Brendan havia ordenado era nada menos que um cativeiro.

― Ai, ai... chuchu, não sei sobre você, mas você deveria aprender a ler melhor os rostos das outras pessoas ― comentou Charlene. Ela não havia seguido Brendan quando o homem partiu. Em vez disso, ficou parada na porta, sorrindo. ― O que você tinha com ele não era nada de especial. Você simplesmente fodeu até engravidar, e isso fez com que ele temporariamente cuidasse de você... porque, apesar de tudo, Bren sabe que deve, minimamente, dar alguma atenção para seus bastardinhos. Mas, se você continuar esgotando a paciência dele nessa velocidade, ele não vai querer te ver nunca mais. Inferno, ele nem vai querer ver a criança quando ela nascer! ―

Engel empalideceu.

― Sinto muito, Dee! Eu não sabia que tinha sido essa escrota quem mandou a mensagem para me enganar e trazer você aqui! Eu... eu não deveria ter arrastado você até aqui... ―

Engel achou que seria uma oportunidade para Deirdre e Brendan cuidarem de seu relacionamento e nunca imaginou que só aumentaria o conflito. Mas, ao contrário da frustração ansiosa de Engel, Deirdre pareceu relaxar, depois que Charlene saiu.

― Tudo bem. Charlene planejou tudo isso. Ela faria o que fosse necessário para me informar sobre sua vitória, mesmo que você não acreditasse na mensagem, então não é sua culpa. Vamos. Precisamos ir para casa. ―

Assim que chegaram na mansão, Deirdre se trancou no quarto. Ainda arrependida por ter desempenhado um papel involuntário em promover a briga, Engel preparou a melhor comida que pôde pensar.

Surpreendentemente, Ao ver a polenta com molho à bolonhesa e muito queijo, Deirdre mostrou uma melhora incrível no apetite e comeu até não aguentar mais.

Charlene chegou bem a tempo de ver Deirdre saboreando a refeição e não resistiu a zombar:

― Isso é como um superpoder que todas as gestantes possuem? Elas ainda têm o apetite de um glutão, mesmo depois de experimentar uma tristeza excruciante? Ou essa é uma habilidade que você adquire depois de ser o personagem principal de muitas tragédias? ―