O Labirinto de Amor romance Capítulo 129

Essas coisas não se podiam pensar, porque despertaria a fome. O meu celular vibrou, e eu não conseguia dormir, então me movi delicadamente para fora da cama.

Peguei o celular e li a mensagem. Era de Esther:

“Kaira, eu não consigo dormir, quero comer manga!

Eu ri, tínhamos mesmo que ser melhores amigas, até mesmo na gula de gravidez éramos sincronizadas.

“Também não consigo dormir, estou morrendo de vontade de comer tomate do jardim do Distrito de Esperança!” eu a respondi.

“Ahhhhh! Eu também, quero muito comer a manga do jardim que eu morava, mas agora estamos tão longe, tem temos essa chance! E ouvi dizer que a casa antiga será demolida para construção civil.” Disse Esther.

“Pois é! Só podemos passar vontade!”

Eram apenas coisas da memória, não poderiam acontecer na realidade.

O quarto estava escuro, mas eu não tinha sono de jeito nenhum, então saí do quarto na ponta dos pés e fui para o andar de baixo para procurar tomate. Mesmo que não tenha o mesmo gosto que o tomate da vovó, ainda podia matar um pouco a vontade.

Ainda nem cheguei no andar de baixo quando recebi uma ligação, me dando um susto. Olhei e vi que era de Nathan. Franzi o cenho, o que ele estava fazendo me ligando a essa hora da madrugada?

Atendi e falei friamente:

- Que foi?

- Está querendo comer tomates? - ele disse. Pela voz, estava muito bem acordado.

Eu quase joguei o celular fora e aumentei o tom da voz:

- Nathan, você é doente? O que instalou no meu celular?

- Apenas um simples vírus para te vigiar. Não se exalte, só queria saber se você estava passando bem, não tem outras intenções. - disse Nathan preguiçosamente.

- Você é um louco! - eu queria estilhaçar esse celular na hora.

- Não se exalte! - disse ele um pouco magoado. - Eu só queria saber o que está fazendo, assim eu fico mais tranquilo, e ainda poderei saber de primeira mão o que você está precisando.

- Doente! - eu desliguei o celular e joguei dentro da água.

Fiquei tão nervosa que respirava rapidamente, quando ele fez isso no meu celular?

Depois de uma novela dessas, fiquei de mau humor, então me sentei na sala sentindo o estresse me envolver.

Depois de muito tempo, eu adormeci debruçada no sofá. Quando acordei, tinha surgido uma coberta em mim.

Abri os olhos e encontrei o olhar frio de Guilherme.

Dei uma pausa antes de o cumprimentar:

- Bom dia.

- Por que veio dormir aqui? - ele disse em tom baixo.

- Eu não conseguia dormir ontem, então desci, mas acabei dormindo aqui.

- Então você não consegue dormir ao meu lado? - ele questionou de cara feia.

- Não é isso! - eu balancei a cabeça, começando a sentir estresse. - Apenas estava sem sono e desci para dar uma volta, não...

Vendo que eu não parecia estar em um bom estado, ele me abraçou e mudou o tom da voz, me confortando:

- Entendi, não estou te culpando, apenas fiquei preocupado com você, poderia ficar gripada dormindo aqui. Você pode me acordar para te fazer companhia e conversarmos da próxima vez que não conseguir dormir, pode ser?

Eu não sabia como descrever essa sensação dentro de mim, ele estava sempre seguindo nas minhas vontades.

Eu assenti e me encostei em seu colo, acalmando as emoções.

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