HELENA
Os dias passaram e as coisas estão indo bem, minha família que não se acostuma com Shariff e todo o luxo do palácio. Esse país é um forno durante o dia e freezer a noite, estamos tentando lidar com a mudança, e a novidade que agora uso um anel de noivado no meu dedo, e eu e Rajj continuamos as brigas como sempre.
Matt me convidou para um jantar, aqui mesmo no castelo, pois eu sou proibida de sair, e então jantaríamos aqui mesmo. Ele pediu que me arrumasse, e ficasse linda e maravilhosa. Eu tentei, coloquei um vestido vermelho, estilo sereia, que evidenciou minha barriga, uma sandália, e me até trouxe jóias, que eram de Mayla a esposa de Mohamed irmão de Rajj e minha amiga. Enfim, depois de relutar eu as coloquei. Deixei meus cabelos loiros, em ondas, e como cresceram na gravidez, eu realmente gostei da minha imagem no espelho.
- Você está uma grávida linda - Matt me diz entrando em meu quarto.
- Obrigada meu amigo, hoje realmente gostei da minha aparência.
- Vamos - ele me disse segurando minha mão e saímos do quarto.
Meus olhos foram vendados, questionei mais Matt dizia que fazia parte da surpresa e me deixei levar, sei que mal ele não me faria.
Aguardei Matt tirar a venda.
- Já volto caipira, esqueceram de trazer a nossa bebida.
- Posso tirar a venda dos olhos Matt? Não gosto de ficar assim.
- Ah caipira espera eu voltar, pra não estragar a surpresa, por favor.
Ouvi o barulho da porta, e Matt saindo, a vontade era de tirar a faixa que cobria meus olhos. Mais ele tinha preparado uma surpresa, resolvi esperar, pelo menos um pouco.
Logo a porta foi aberta, e mãos grandes e firmes, seguraram meu pescoço, Matt havia me deixado sentada em algo que parecia ser uma cadeira e eu dei um pulo de susto.
- Não precisa se assustar – a voz de Rajj é sussurra em meu ouvido.
- Rajj o que você... Ah agora entendi isso foi uma armação de vocês dois.
- Eu também não sabia, te juro, foi armação do Matthew, e pelo que parece estamos trancados.
Eu já havia tirado a venda, Rajj estava lindo como sempre, dessa vez com uma roupa árabe e me disse que estava no escritório, quando Matt o chamou dizendo que tinha caído masmorra e ele veio imediatamente.
- Nos dois caímos como patos nessa história do Matt - fui até a porta e gritei por ele.
- Tem um bilhete - ele pegou o papel.
Rajj e Helena
Pelo bem de todos nesse palácio, pelos bebês e por vocês dois, estarão reclusos na masmorra, até que se entendam, todas as portas estão trancadas, e levaremos comida. Espero que conversem e se entendam ou não sairão daí.
Com amor de todos do palácio.
Matthew.
Havia uma mesa preparada, com. Um jantar, muito suco, comidas que eu e Rajj gostávamos. Mais ficamos parados como se fosse nossa primeira vez juntos.
- Bom, já que vamos ficar trancados, melhor jantarmos – ele disse.
- Se for pra brigar que seja de barriga cheia.
Rajj sorriu veio até mim puxou a cadeira para que eu sentasse. E me sentei novamente, agora diante do pai dos meus filhos, que sorria pra mim, como se estivesse feliz por estar ali.
- Acho que não foi só o Matthew que armou tudo isso acho que todos nos querem ver bem, pelos nossos filhos.
- Eu achei que você fez isso tudo pra me obrigar a ficar aqui.
- Eu não quero obrigar você, quero que você escolha ficar, por nós dois – ele se inclinou na cadeira - Você está esperando três filhos meus e quero ser presente na vida deles, com você no Brasil e com aquela loucura que está lá é melhor que fique aqui.
- Eu agi como criança até agora, e você me tratava mal e não quero viver assim com você quero ser no mínimo respeitada.
- Mais eu á respeito, temos outra cultura aqui, e até sou bom pra você, se fosse outro teria feito coisas piores – ele gesticula - Mais a quero aqui, não somente pelos meus filhos mais por nós dois.
- É por nós dois? Ou você quer que seus herdeiros fique perto de você?
- Helena você acha que estou até agora atrás de você, e fazendo o mundo girar a sua volta só por causa dos meus filhos? Você está enganada, esse tempo todo esperei por você - ele se levanta e vai até uma pequena janela que existe no quarto - Eu sei que tenho sido um idiota, que fiz um contrato pra ter você, desde o dia em que ti vi naquela festa fiquei louco para ter você, mais estou acostumado a isso, o que eu não consigo, eu compro e tenho, com você não foi diferente, e não me envergonho por isso, ou não a teria.
- Você acha que pode comprar as pessoas? O amor delas? A vida delas? É isso que você acha que pode tudo?
- Sei que não posso tudo, mais posso ter o que o meu dinheiro pode comprar, e achei que ia ser diferente – ele fixa os olhos em um ponto.
- O problema todo é que você compra, usa e depois descarta quando enjoar, mas antes que você enjoe de mim eu vou embora daqui e você não vai me impedir.
- Eu não vou me enjoar de você – agora seus olhos estão em mim -Você será mãe dos meus filhos, e quero você do meu lado porque ...
- Chega dessa patifaria toda - vou até a porta e bato desesperada com lágrimas em meus olhos - Da pra alguém abrir essa merda de porta.
Meus gritos se confundem ao choro que eu insisto em expressar, mais ninguém vem ao meu auxílio, não quero ficar com esse homem nem mais um minuto. Sinto a presença dele atrás de mim, suas mãos tocam meu corpo, e eu choro por tudo que já passei. Quero viver minha vida e cuidar dos meus filhos. Eu choro por ter assinado esse contrato. Sou virada de frente a ele bruscamente, enquanto ele me olha nos olhos, e vejo um olhar de piedade.
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