Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 194

Joguei-me na cama como se fosse um cadáver, sentindo que, com a presença de Bruno, o ar naquele quarto já pequeno se tornava escasso.

Exausta, não tinha forças nem para falar. Bruno, pensando que eu estava doente, tentou me pegar no colo. Eu não consegui escapar e, sem alternativa, apenas disse:

— Não me toque. Deixe-me dormir um pouco.

Ir ao hospital seria a melhor opção, mas isso significava que Bruno poderia descobrir que eu estava grávida.

Eu jamais lhe daria essa chance.

Bruno falou com um tom irritado:

— Antes de casar com você, devia ter feito um teste de QI!

Eu não tinha energia para rebater. Apenas senti um cansaço profundo. Ele provavelmente achava que meu incidente no porão não passava de um acidente causado por mim mesma.

Dei um sorriso amargo.

Mesmo que eu dissesse que foi Gisele quem fez isso, ele provavelmente não acreditaria ou simplesmente não se importaria, e no final, eu só me decepcionaria ainda mais.

Virei-me de costas para ele, deixando claro que não queria mais conversar.

Sua voz, ainda cheia de raiva, veio de trás de mim:

— Com esse jeito, acha que vai conseguir se cuidar sozinha depois do divórcio?

Sentia como se minha alma estivesse se separando do meu corpo. Meu corpo estava exausto, mas minha mente não parava de funcionar.

Pensei seriamente: mesmo agora, estando casada com ele, eu não conseguia cuidar de mim mesma. E ele tampouco cuidava de mim.

Com a voz rouca, como se tivesse sido esfregada em uma lixa, murmurei:

— Então, por favor, Presidente Bruno, me dê uma boa quantia de pensão. Assim, posso trazer dona Rose mais cedo para cuidar de mim.

Bruno soltou uma risada irônica, claramente irritado, e cerrou os punhos ao lado do corpo.

— Vocês duas podem ir embora juntas!

A lembrança de ontem à noite, quando ele me mandou embora às pressas, me fez sentar de repente. Comecei a procurar minha bolsa, desesperada.

Quando virei o conteúdo da bolsa sobre a cama, não só meu celular caiu, mas também os remédios que o médico havia me receitado...

Rapidamente cobri tudo com a bolsa, mas não rápido o suficiente. Bruno, com seus olhos afiados, já tinha percebido.

— Você está doente? Que remédio é esse?

Meu coração disparou. Fingi desinteresse enquanto guardava os remédios de volta na bolsa.

— Não são meus, são da Luz. Estive com ela nos últimos dias.

Ele franziu o cenho, observando-me com desconfiança, mas, no final, não disse mais nada.

Eu queria ligar para Luz, mas quando finalmente peguei o celular, me lembrei de que, na noite anterior, eu havia usado toda a bateria para iluminar o quarto e montar as fotos para passar o tempo.

Eu me sentia péssima, com o desconforto aumentando na minha barriga, e só consegui erguer o rosto para encará-lo.

— Deixe-me carregar o celular. Eu chamo alguém para vir me buscar.