À medida que o elevador subia, uma sensação inquietante se apoderava de mim.
Era como se essa cena já tivesse acontecido antes, uma estranha familiaridade tomava conta de mim. Sempre que vinha a um hospital, algo ruim acontecia.
O corredor do lado de fora do quarto não exalava o habitual cheiro forte de desinfetante, mas um leve perfume de flores.
Um tratamento assim eu só havia visto no quarto do Pietro. Claro, o Bruno tinha escolhido o melhor hospital para o pai.
— Ai! Gastei tanto dinheiro para contratar alguém com uma técnica tão ruim para me dar uma injeção? — Minhas reflexões foram interrompidas por uma voz irritada que vinha do quarto.
— Não, senhorita, você não pode se mexer enquanto toma a injeção. Assim, vai acabar dando errado. — A enfermeira respondeu, tentando explicar.
— Saia daqui! Não preciso de você! Mande outra pessoa! Olha só o hematoma que você fez!
— Desculpe, desculpe, não foi minha intenção.
— Chame o diretor do hospital agora!
...
Fixei o olhar na porta do quarto. No segundo seguinte, uma enfermeira saiu correndo de lá, chorando.
Quando passou por mim, eu a agarrei de repente, em choque e com o coração acelerado, e perguntei, incrédulo:
— A pessoa lá dentro... O sobrenome dela é Barreto?
A enfermeira, assustada, assentiu com a cabeça enquanto as lágrimas continuavam a cair. Soltei-a mecanicamente e, com as pernas rígidas, marchei em direção ao quarto.
Naquele momento, tudo ficou claro. A raiva subiu como uma labareda dentro de mim.
Maia podia mexer com qualquer um, menos com as pessoas próximas de mim! Eu e o Bruno nos desentendemos tanto, mas ele nunca machucou a Luz.
E ela, Maia, quem ela pensava que era para fazer isso?
Com um chute, abri a porta parcialmente fechada e meus olhos logo se fixaram em Maia.
— Veio rápido! Olha essa enfermeira do seu hospital, acha que ela...

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