Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 449

Três anos depois, em uma noite de tempestade.

A Mansão à beira-mar estava mergulhada na escuridão, exceto pela luz fraca que brilhava na sala de estar.

Bruno estava sentado em uma poltrona reclinável junto à janela, com os olhos semicerrados, deslizando o dedo pelo celular enquanto assistia ao vídeo que havia dominado as redes sociais naquele dia.

No primeiro ano, Rui havia arquitetado para que a empresa de sua esposa acumulasse uma dívida de bilhões de reais, ao mesmo tempo em que iniciava um processo de divórcio.

No segundo ano, Ana processou ela por inadimplência, venceu a ação e fez com que a antiga dominadora da moda mudasse de nome em uma única noite.

No terceiro ano, Ana obteve outra vitória nos tribunais, garantindo que ela não ficasse com absolutamente nada do patrimônio. Ela ajudou o Rui a concluir o divórcio sem perder um centavo.

Em três anos, o nome de Rui estava intrinsecamente ligado ao de Ana, enquanto Bruno, além do vídeo viral onde ele chorava desesperado no aeroporto ao tentar reconquistar sua ex-esposa, não tinha mais nada.

Agora, Bruno era a piada de todos e o passado irrelevante no mundo de Ana.

No vídeo, Rui oferecia flores a Ana no tribunal, em um gesto que muitos descreveram como uma redenção entre amigos íntimos.

Bruno ergueu os olhos lentamente, seus olhos negros se fixando na figura pequena e frágil que estava do lado de fora, ajoelhada sob a chuva torrencial. Era sua antiga amiga de infância, que permanecia imóvel no terreno encharcado, com as roupas completamente ensopadas pela água gelada.

Na escuridão, a assistente Isabela apareceu mancando, segurando uma toalha nas mãos. Com uma postura submissa, ela se inclinou para perto de Bruno e sussurrou:

— Sr. Presidente, Gisele já está ajoelhada há duas horas. A noite é fria, e com essa chuva, temo que ela não vá aguentar.

Bruno apagou a tela do celular, pegou a toalha das mãos de Isabela e começou a secar as próprias mãos em silêncio. Depois, simplesmente jogou a toalha no chão.

— Mande-a entrar.

Isabela abriu a porta, e Gisele, de mãos e joelhos, começou a rastejar em direção à entrada. No entanto, Isabela se colocou diante dela, impedindo-a de passar.

Gisele ergueu a cabeça, com os cabelos molhados grudados ao rosto, deixando apenas metade de um olho visível. Com esse olhar penetrante, ela se fixou em Isabela. Seus lábios trêmulos esboçaram um pequeno sorriso, e sua voz, carregada de rancor, fez a espinha de Isabela gelar: