Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 454

Eu só então notei a jovem ao lado de Bruno.

Fiquei longe por três anos, tempo suficiente para muitos especularem se entre Bruno e Gisele poderia surgir algo mais. Afinal, foi Gisele quem esteve ao lado dele em cada passo até aqui.

No entanto, após sua recuperação, Bruno fez questão de esclarecer em entrevistas que ela era como uma irmã para ele, transformando completamente a relação dos dois em um vínculo fraternal.

Agora, outra pessoa estava ao lado dele.

A garota era bonita e de aparência pura, com um ar de ingenuidade que lembrava uma recém-formada, alguém que acabava de ingressar na sociedade. Era impossível acreditar que ela não tivesse nenhum tipo de ligação com Bruno; do contrário, certamente não estaria presente em um evento desse nível.

Olhando com mais atenção, percebi que, exceto pela altura um pouco maior, ela tinha características muito parecidas com as de Gisele.

O olhar da garota para Bruno carregava uma admiração quase palpável, enquanto ele, com uma expressão séria e o semblante frio, parecia distante. Por um instante, foi como se eu enxergasse meu antigo eu refletido nela.

Minha convicção apenas se reforçou: Bruno precisava de uma mulher para encobrir os rumores sobre ele e Gisele, e essa mulher podia ser qualquer uma, eu ou outra pessoa qualquer.

Eu não voltei ao país sem um propósito oculto.

Quando Dayane apontava para o rei nas páginas de um livro de contos de fadas e me olhava com aqueles olhos cheios de dúvidas, meu coração quase se despedaçava.

Ela sequer era como outras crianças que perguntavam diretamente por que não tinham um pai. Dayane, ao contrário, não dizia nada, guardava tudo para si.

Eu não conseguia acreditar que Bruno fosse incapaz de nos encontrar. Em três anos, ele não procurou por nós. A única explicação era simples: ele não queria.

Mas, no fundo, eu nutria uma esperança egoísta. Seria que, se ele assumisse ao menos um pouco de responsabilidade como pai e passasse algum tempo com Dayane, ela poderia melhorar?

Se fosse pelo bem dela, eu aceitaria que eles tivessem contato. Por menor que fosse a chance, eu precisava tentar.

Resolvi sondar:

— A namorada do Presidente Bruno? Que linda.

Antes que Bruno pudesse dizer algo, a garota, envergonhada, levantou a taça de vinho e tocou levemente na minha, com um sorriso tímido.

— Presidente Ana, a senhora se enganou. Eu e o Presidente Bruno não temos esse tipo de relação.