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Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 456

O carro se aproximou, mas quando tentei abrir a porta, ela não cedeu.

Rui abaixou o vidro da janela e zombou:

— Que tipo de bobinha é essa? Use mais força!

...

Ele havia arranjado um carro novo de algum lugar, um veículo alto e imponente. Não importava o quanto eu tentasse, simplesmente não conseguia abrir a porta.

Por um instante, parecia que havíamos voltado ao passado, como se aquele homem que havia se forçado a aguentar três anos sozinho no exterior tivesse finalmente relaxado. A rigidez de antes cedeu, e seus gestos agora lembravam aquele jovem arrogante de outrora, sem mais a necessidade de fingir maturidade excessiva.

Ver essa mudança nele me trouxe alegria. Afinal, quem no mundo gostaria de viver carregando o peso de tantas pressões?

— Anda logo! Vem me ajudar! — Imitei seu tom, mesclando autoridade e um charme provocador.

Ele desceu do carro e caminhou até mim. Parando atrás de mim, uma das mãos se apoiou na lateral do carro enquanto a outra segurava a maçaneta, cobrindo minha mão com a dele.

O ar ao meu redor pareceu ser comprimido em um instante. Ele me encurralou em um espaço pequeno, quase sufocante. Meu coração deu algumas batidas desordenadas. Ao virar o rosto para ele, murmurei em voz baixa:

— Rui, não quero pensar em outras coisas agora. O que aconteceu diante do Bruno foi só para evitar que ele tirasse conclusões erradas.

Rui inclinou a cabeça, e seu hálito quente acariciou os fios soltos da minha testa.

— Ana, sei que você está preocupada com a situação da Dayane. Mas você já parou para pensar que talvez... Talvez a Dayane queira um pai? — Ele segurou meu queixo delicadamente, forçando-me a encará-lo, seus olhos refletindo uma seriedade inabalável. — Não sei por quê, mas depois que voltei ao país, sinto que preciso recuperar tudo que um dia foi meu. Fui expulso deste lugar pelo meu pai, obrigado pelo Bruno a me casar no exterior. Mas agora... Agora eu sou outra pessoa.

Ele sorriu e continuou:

— Agora sou forte o suficiente, forte para proteger a mim mesmo e a você. Acho que finalmente tenho o direito de lutar por você, Ana. Mas quero que saiba: isso não é apenas por egoísmo meu.

Ele chamou meu nome com seriedade e perguntou:

— Ana, segurar tudo sozinha... Não é cansativo?

Baixei os olhos, refletindo sobre as palavras de Rui. Eu não estava cansada?

A resposta era óbvia: sim, estava exausta.

Depois que fui para o exterior, minha saúde nunca foi boa, e Dayane nasceu um mês antes do previsto. Para tê-la, quase perdi minha própria vida. A babá que Agatha contratou foi praticamente inútil, e durante todo o período de recuperação, fiquei ao lado da incubadora de Dayane.

Achei que tudo melhoraria, mas Dayane começou a apresentar sinais de autismo. Na época, quando Pietro tentou me convencer a ter um filho de Bruno, ele garantiu:

— Não há nenhuma chance de herança genética!

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