Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 612

— Exame. — Bruno murmurou essa palavra entre os dentes, me olhando com raiva. — Você sabe fazer o exame?

Fiquei surpresa.

— Você está me perguntando? Chama um médico para fazer isso, porque eu não sei!

Levantei-me, pronta para ir até a porta abrir, mas fui interrompida quando Bruno segurou meu pulso.

Os cantos dos seus olhos estavam avermelhados, e seu olhar carregava um calor que eu não conseguia compreender.

Pensei que ele estivesse irritado comigo por eu ter falado sobre não querer me casar de novo, então tentei acalmá-lo o melhor que pude.

— Fazer um exame não é algo ruim. Mesmo que você não tenha mais filhos comigo, vai acabar tendo com outra mulher. Tudo isso é por causa da saúde da criança. Só peço que tenha paciência, afinal...

Afinal, cuidar da Dayane esses anos foi bem difícil. Se fosse possível, seria bom evitar qualquer risco de que a criança ficasse doente.

— Deixa pra lá, não é nada.

As palavras que eu disse, que tinham como intenção acalmar Bruno, me pareceram amargas, como se eu mesma tivesse mordido a língua. Minha língua doía, e, se eu continuasse falando, só causaria mais sofrimento para mim, para ele e para a Dayane.

— Até agora você ainda não acredita que eu só quero me casar com você, que só quero ter filhos com você? O que mais você precisa para acreditar que só te amo, que só te quero?

Bruno se levantou e se colocou na minha frente, fazendo com que eu não enxergasse mais nada além dele.

Ele gelou o rosto e, segurando meu queixo, me forçou a olhar para ele.

— Ou você quer que eu tenha filhos com quem?

— Para de brincar! — Empurrei sua mão, me sentindo cansada. — Você vai refazer sua família mais cedo ou mais tarde. Você já tem mais de trinta anos, não fale mais besteira, Bruno. Não podemos mais ter amor. Se o resultado do exame for bom, considere o meu esperma emprestado para você ter filhos. Eu preciso admitir que talvez eu não consiga aceitar outro homem me tocando, mas posso pagar, podemos resolver tudo e ficar quites. Depois disso, não nos interferimos mais.