Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 394

Embora a cirurgia de Érica tenha sido muito bem-sucedida, ainda havia a possibilidade de complicações durante a recuperação, o que a tornava completamente dependente de cuidados.

Alonzo contratou uma cuidadora, mas somente durante o dia, pois ele fazia questão de acompanhar Érica todas as noites.

Assim, nos últimos dias, o tempo que eu passava com Alonzo havia diminuído consideravelmente.

Afinal, nós dois tínhamos nossos empregos durante o dia.

"Tenho" - concordou Alonzo, para minha surpresa.

"E a Érica..." - Eu mal tinha começado a perguntar quando Alonzo me interrompeu.

"Eu dou um jeito" - sua postura protetora se fortaleceu mais uma vez.

"Faz muito tempo que não passo um tempo de verdade com você" - disse ele, encostando a testa na minha, fazendo meu coração se apertar.

De fato.

Ele passava todos os dias cuidando da Érica, então, naturalmente, não sobrava tempo para mim.

Mas eu não podia ficar com ciúmes, embora isso não significasse que eu não me sentisse magoada.

A competição de Nélson era na distante cidade de Cidade de Mar, e Alonzo e eu voamos até lá.

Ao desembarcar, vimos uma placa de recepção e ficamos confusos até que o responsável nos disse que foi Nélson quem organizou.

Eu realmente não esperava que Nélson fosse tão atencioso.

Ainda bem que viemos, caso contrário, teria sido uma desfeita a todo o esforço dele.

Além disso, muitos dos passageiros do nosso voo eram fãs dele, e foi a primeira vez que vi Nélson ter tantos admiradores.

Embora ainda não estivéssemos na arena do campeonato, o entusiasmo dos fãs e torcedores já era contagiante.

"É surpreendente ver como o Nélson é popular. Eu sempre o vi apenas como o dono de um salão de sinuca" - refleti.

Alonzo não disse nada.

Sua natureza reservada era assim, por isso não me importei.

Como ele não conhecia Nélson tão bem, continuei a admirar a paisagem e as faixas e cartazes pela cidade, contando-lhe sobre as habilidades de Nélson no jogo e as vezes em que eu o havia vencido.

Quando o carro finalmente parou, perguntei ao motorista: "Nélson também está hospedado neste hotel?"

De repente, eu entendi: ele estava com ciúmes.

Era raro vê-lo assim.

Ele nunca sentia ciúmes quando estava com o Lúcio, mas sentia por causa do Nélson.

Então, em tom de brincadeira, concordei: "Sim, gosto. Se não gostasse, não teria falado tanto dele".

Alonzo ficou mais sério e pensei que ele fosse falar alguma coisa, mas ele simplesmente disse: "Vamos".

Ele arrastou a mala, mas eu fiquei parada.

Ele parou e olhou para mim: "Por que você não vem?"

"Estou chateada, você está sendo muito ciumento" - eu disse, comportando-me de forma bastante infantil.

Eu nunca tinha sido assim com Lúcio, sempre fui generosa e elegante, a imagem perfeita de uma dama.

Mas com Alonzo era diferente, eu agia como uma jovem imatura.

Alonzo suspirou e voltou para ficar diante de mim: "Não me sinto bem quando você elogia outro homem sem parar."