Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 200

“O que vocês estão fazendo?!”

A voz aguda de Corina soou repentinamente.

Ela tinha acabado de subir para lembrar as duas crianças que já era hora de acordar. Quando saiu do quarto de Ricardo e Vânia e desceu para a cozinha para preparar o café da manhã, viu que Fábio, o Dr. Gomes, já estava se despedindo.

Ele ainda dissera, com um olhar enigmático, que o Sr. Castilho já estava quase totalmente recuperado, e que agora havia alguém cuidando dele, portanto, não precisava mais de um médico.

Corina achou que a senhora, no caminho, havia reconsiderado a situação, se acalmado e retornado para cuidar pessoalmente do Sr. Castilho.

Ela até subiu animada, pegando o celular discretamente, pronta para registrar uma cena de carinho entre os dois, planejando mostrar depois à matriarca da família.

Mas, ao entrar no quarto, viu outra mulher sentada ao lado do Sr. Castilho, alimentando-o com mingau.

A raiva tomou conta de Corina, que imediatamente correu e puxou Geovana com força.

Corina, acostumada a anos de trabalho pesado, tinha força de sobra. Geovana, por outro lado, era muito magra e ainda usava sapatos de salto; com o puxão de Corina, acabou batendo direto na escrivaninha ao lado.

Geovana sentiu tanta dor que os olhos se encheram de lágrimas e ela mordeu o lábio inferior, tentando se conter.

Arnaldo, ao presenciar a cena, repreendeu com voz grave: “Corina, o que está fazendo? Cof, cof, cof…”

Seu rosto ficou levemente avermelhado, tanto pela tosse quanto pela raiva.

Arnaldo desceu do sofá-cama e foi pessoalmente ajudar Geovana a se levantar, protegendo-a atrás de si.

Geovana apertou o tecido do ombro de Arnaldo com a mão, em um gesto de fragilidade.

“Corina, desculpe, eu deveria ter avisado antes de subir…”

Corina era uma funcionária antiga do jardim da matriarca e, ao longo dos anos, já tinha visto Geovana algumas vezes. Aquele jeito delicado e meloso de Geovana a incomodava profundamente.

“Você…”

Mas antes que pudesse extravasar sua irritação, Arnaldo a interrompeu com frieza: “Corina, uma convidada que eu trago, por acaso precisa pedir permissão para uma empregada antes de subir?”

Corina não quis dizer isso.

“Sr. Castilho, ela…”

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