“Arnaldo, eu só queria você.” Geovana levantou o rosto, marcado de lágrimas, e o olhou com profunda emoção. “Você também gosta de mim, não é? Você disse que, no seu coração, eu era especial…”
O pomo de adão de Arnaldo tremeu, enquanto ele lutava com a própria razão.
Ele respondeu, com dificuldade: “Geovana, não pode…”
“Por que não pode?” Geovana, reunindo coragem, se aproximou dele e, abaixando a cabeça, beijou seu queixo. Sentindo a respiração quente e trêmula de Arnaldo, ela se sentiu encorajada e, com os lábios macios, deslizou para baixo, beijando o pomo de adão dele.
Todos os músculos de Arnaldo se tensionaram de repente, e o fio da razão se rompeu em um instante!
As pupilas dele mergulharam num poço profundo de desejo, a respiração ficou cada vez mais pesada e, de repente, ele prendeu Geovana contra o leito hospitalar.
O ferimento de Geovana começou a doer, mas seus olhos brilhavam com satisfação e excitação, mesmo sentindo a dor.
Naquela noite, ela finalmente se tornaria completamente a mulher de Arnaldo!
“Arnaldo, eu te amo tanto… Tudo o que Késia pode fazer, eu posso também. E o que ela não pode te dar, eu também posso…” Sua voz era sedutora, convidando-o, enquanto puxava a mão de Arnaldo para dentro de sua roupa.
Quando a mão grande do homem tocou o corpo macio dela, Geovana estremeceu, sentindo o calor.
Ela finalmente percebeu que Arnaldo estava estranho naquela noite.
“Arnaldo, você está tão quente…”
No entanto, no instante seguinte, sua roupa foi rasgada bruscamente, vários botões voaram, e Arnaldo a prendeu debaixo de si, sem qualquer delicadeza ou carinho, sem preliminares suaves. As mãos quentes dele deslizaram por sua pele nua como se procurassem aliviar o próprio desejo, tentando se acalmar através dela.
Não era tão carinhoso quanto ela imaginara, mas pelo menos, Geovana estava conseguindo o que queria. Satisfeita, colaborou, levando a mão para desabotoar o cinto de Arnaldo.
Um clique se ouviu.
Subitamente, Arnaldo apertou o pescoço de Geovana e a segurou firmemente contra o colchão.
Ele respirava pesadamente, fitando de cima a mulher de beleza intensa sob seu corpo. Os olhos tímidos dela o olhavam fixamente, e ela o chamava suavemente: “Arnaldo…”
“Você está tão linda…” O homem beijou o lóbulo delicado da orelha dela; a voz rouca e tensa, envolta em desejo, murmurou um nome que não era o dela: “Késia.”
Geovana despertou de repente!
Os olhos, antes tomados pelo desejo, se tornaram lúcidos num instante. Ela apertou forte o lençol, tomada de ciúmes.
Ela podia aceitar que Arnaldo não estivesse em si, mas jamais permitiria ser usada como substituta daquela mulher chamada Késia!
“Arnaldo. Está doendo…” Geovana segurou a mão de Arnaldo que descia, virou o rosto lentamente e mostrou lágrimas de dor e tristeza nos olhos.
No instante em que Arnaldo viu o rosto dela, o olhar, antes tomado pelo desejo, esfriou visivelmente. Ele franziu levemente a testa, baixou o olhar e viu o curativo no abdômen de Geovana, já manchado de sangue.
Arnaldo ficou em silêncio.
Ele pressionou as têmporas doloridas e, em seguida, levantou-se da cama, ajustando as próprias roupas.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol
Boa noite. Estou lendo o livro Depois da tempestade, quando tento comprar aparece uma nota dizendo para tentar mais tarde. Isso é muito incoveniente....