Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 335

Nesses últimos dias, ela passou a se comunicar mais com as duas crianças. Ricardo geralmente compartilhava o que estava aprendendo e ainda fazia perguntas para ela sobre informática, enquanto Vânia só enviava fotos de comidas deliciosas.

Cada refeição de Vânia, incluindo pequenos lanches, era compartilhada com ela.

Késia, em silêncio, aguardava ansiosamente, esperando que Vânia também compartilhasse algo naquela noite.

Ela sabia que Vânia tinha muito apego à Geovana.

Após cinco anos desse hábito, Késia não exigia que Vânia cortasse esse vínculo de uma vez, mas estava determinada a reconquistar pouco a pouco o lugar de mãe! Ela já percebia mudanças em Vânia!

Além disso, Vânia já havia mudado a forma de chamá-la, não usava mais “Sra. Geovana”. Era um bom começo!

Késia apertou levemente o celular em sua mão, baixou o olhar e fixou-se na tela.

Ela esperava, aguardando que Vânia compartilhasse algo...

“Papai, quero ir ali ver os peixes!” Vânia apontou para o aquário decorativo que estava ali perto.

Arnaldo achou estranho: “Não vai comer antes?”

Normalmente, quando a comida era servida, Vânia era a que mais se animava.

Mas naquele dia, Vânia estava diferente. Ela pediu com um tom manhoso: “Vou só olhar por três minutos, volto rapidinho! Tem um peixe lindíssimo lá!”

“Pode ir.” Arnaldo não resistiu a ela.

Ricardo estava concentrado resolvendo o último sudoku e não podia acompanhar Vânia.

Vânia pulou da cadeira e foi sozinha, saltitando até o aquário.

Geovana tomou um gole de vinho tinto, e pelo canto do olho observou Vânia se afastando; a pequena não havia tirado a bolsinha do ombro...

No entanto, o interesse de Vânia não estava nos peixes. Ela se escondeu discretamente do outro lado do aquário e tirou o pequeno celular da bolsa.

Assim que a comida foi servida, ela já havia tirado fotos.

Ela queria mostrar para a mãe.

Vânia já imaginava o que Késia diria.

Com certeza ela falaria: “Nossa, quanta coisa gostosa, querida, coma bem, mas não exagere...”

Vânia reprimiu um sorriso, escolhendo as fotos, quando de repente, uma sombra surgiu à sua frente.

Vânia, confusa, levantou o rosto e ao ver Geovana ali, quase deixou o celular cair de susto.

“Se...Sra. Geovana.” Ela, nervosa, escondeu o celular atrás das costas.

Vânia encolheu o pescoço, sentindo que Sra. Geovana estava diferente, quase irreconhecível. Já havia visto Sra. Geovana irritada antes e isso sempre a assustava muito.

“Sra. Geovana, não fica brava...” Vânia tentou agradar, estendendo a mãozinha em direção a Geovana, mas, diante do olhar dela, recuou imediatamente.

Quando percebeu que já tinha assustado o suficiente, Geovana voltou a exibir o sorriso carinhoso de sempre.

“Vânia, seu pai e Késia vão se divorciar em breve. Assim que se separarem, Késia não será mais sua mãe, ela vai te abandonar e nunca mais vai te ver.”

Geovana acariciou o rosto trêmulo de Vânia, secando as lágrimas que escorriam dos cantos dos olhos da menina.

Como uma serpente venenosa sussurrando, ela falou ao ouvido de Vânia com voz baixa e cruel.

“Logo, Késia vai desaparecer do seu mundo. Ela vai se casar com outro, ter outros filhos. Você será abandonada por Késia novamente.” Geovana sussurrou docemente, “Só Sra. Geovana vai te amar para sempre, vai ficar ao seu lado, entendeu?”

“Agora, apague Késia, prove para Sra. Geovana que você me ama, está bem?” Geovana se levantou lentamente, olhando para baixo para o rostinho indefeso de Vânia, e disse friamente: “Se você não fizer isso, Sra. Geovana também vai te abandonar.”

“Não...” Vânia começou a chorar, segurou a mão de Geovana e com a outra entregou o pequeno celular.

Satisfeita, Geovana sorriu de lado. Cuidando de Vânia por cinco anos, ela sabia exatamente como manipular aquela garotinha!

“Essa sim é a maior preciosidade da Sra. Geovana.” Ela abraçou Vânia, deu tapinhas carinhosos em suas costas e sussurrou com doçura: “Querida, lembre-se: esse é o nosso segredo. Não conte para ninguém, especialmente para seu pai e seu irmão, está bem?”

“Se você contar, Sra. Geovana também vai te abandonar, assim como Késia...”