Késia havia acabado de jogar o algodão estancador de sangue no lixo e, ao se virar, viu Leôncio se aproximando furioso em sua direção.
Ela franziu a testa, achando aquilo um mau presságio, e tentou sair dali.
No entanto, Leôncio não pretendia deixá-la ir tão facilmente.
“Késia!” Ele a alcançou rapidamente, parando à sua frente, ainda com aquela expressão arrogante e superior de sempre. “Vai sair correndo ao me ver, sua velha amiga? Está com a consciência pesada?”
“Késia, você podia ter um pouco de vergonha na cara? Já que se divorciou do Arnaldo, pare de ficar desfilando na frente dele o tempo todo!”
Késia, ainda fraca por ter acabado de tirar sangue, não tinha energia para discutir.
“Saia do meu caminho.”
“Ha.” Leôncio riu com desprezo, o olhar cheio de repulsa. “No início, tentou assustar o Arnaldo com o divórcio, viu que não adiantou, aí se arrependeu e agora está fingindo ser frágil, é isso? Sabe que por sua causa a Geovana tentou se suicidar cortando os pulsos e quase morreu? Agora você ainda vem atrás do Arnaldo se fazendo de vítima. Não está cansada, Késia?”
“……”
Só então Késia percebeu, ao olhar ao redor, que estavam no hospital pertencente à família Veloso.
Brenda retornou com a canja de fígado de porco embalada, e avistou Késia sendo importunada por um homem. Só pelo jeito dele, mesmo sem ver o rosto, percebeu que não era boa coisa, e Késia estava pálida, visivelmente fraca e com a expressão fechada de quem estava muito incomodada.
O homem, por sua vez, não queria deixá-la ir; para onde Késia tentava se mover, ele se colocava na frente.
Brenda se irritou imediatamente. Em pleno saguão de hospital, cheio de gente e câmeras, ainda tinha sujeito sem vergonha capaz de importunar uma mulher em público!
“O que você pensa que está fazendo?!” Brenda gritou, correu até eles e, sem hesitar, disparou a bolsa na cabeça de Leôncio.
Dentro da bolsa havia um carregador portátil e um celular, o que a deixava pesada como um tijolo e bastante dolorida ao atingir alguém.
Leôncio estava tão concentrado em Késia que não percebeu a aproximação da "assassina" pelas costas, sendo atingido de surpresa e protegendo a cabeça desajeitadamente.
Brenda entregou o caldo quente para Késia e voltou a atacar.
“Seu sem vergonha! Isto é um hospital, você tem coragem de incomodar uma mulher na frente de todo mundo? Sua mãe não te ensinou a respeitar mulher? Segurança, segurança!”
“Já chega!” Leôncio, realmente sentindo a dor, segurou o pulso de Brenda com expressão ameaçadora. “Louca! Não é à toa que se junta com mulher igual à Késia...”
Respirando fundo e com olhar gelado para Késia, ele ironizou: “Késia, hoje você perdeu seu tempo vindo aqui. Enquanto eu estiver por perto, não vou deixar você incomodar Arnaldo e Geovana!”
Gerson tentou acalmar Leôncio. “Leôncio, se controle. Vai ver ela nem veio por causa do Arnaldo.”
Afinal, o hospital era grande; talvez Késia estivesse realmente ali como paciente.
“Só você para acreditar nela!” Leôncio, ainda mais furioso ao lembrar de Geovana no quarto, jogou toda a culpa em Késia. “Se não fosse por você, grudada no Arnaldo como uma assombração, Geovana nunca teria tentado se matar! Se não tivesse vindo atrás do Arnaldo, por que apareceria no hospital da minha família?”
Késia semicerrava os olhos para Leôncio e, de repente, sorriu.
“Está rindo do quê?” Leôncio franziu o cenho.
Késia respondeu: “Ser bajulador até esse ponto é realmente um fenômeno. Já pensou em doar seu corpo para a ciência depois de morrer? Talvez sua cabeça ajude os médicos a avançar nos estudos.”
Leôncio ficou vermelho de raiva. “Você!”
Brenda não se lembrava de Leôncio, mas sabia que Arnaldo era o ex-marido canalha de Késia!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol
Boa noite. Estou lendo o livro Depois da tempestade, quando tento comprar aparece uma nota dizendo para tentar mais tarde. Isso é muito incoveniente....