Desejo Pecaminoso Capítulo 05

Cap. 05
Adele Miller
Acordo no meu quarto, isso significa que Jones me trouxe. Olho para o relógio que marca 02h30 da madrugada. A minha barriga ronca, me levanto em passos silenciosos e desço até à cozinha. Abro a geladeira, mas não vejo nada do meu agrado, porém, no fundo da prateleira atrás do leite vejo um pedaço de bolo de chocolate, o meu preferido. Com a porta ainda aberta, dou a primeira mordida, em seguida a fecho e me afasto.
Quando viro de frente quase caio para trás, tamanho o susto. Jones está de braços cruzados na porta da cozinha. Ele está tão... Tão sexy, meu pai está fodidamente sexy. Desço o meu olhar por todo o seu corpo, demorando em seu abdômen. Ele é tão bonito, atraente... Pisco várias vezes para voltar ao meu normal. Não posso pensar assim do meu próprio pai, no entanto, também não estou fazendo nada de errado. Que culpa eu tenho se meu pai é assim, tão gostoso?
— Não sabia que o senhor ainda estava acordado. Se fiz algum barulho me perdoe, apenas vim pegar algo para comer. — Ele se afasta da porta vindo em minha direção e sem dizer nada passa o seu polegar em meus lábios. Por incrível que pareça, todo o meu corpo vibra por dentro.
— Estava sujo de chocolate. — Dito isso, ele chupa o seu dedo, o qual limpou o canto da minha boca. Devo confessar que nunca vi uma cena tão sexy na minha vida.
— Não se preocupe, ainda não consegui dormir.
— Hum... Às vezes também tenho insônia. Quando mamãe me permitia, eu ia para o seu quarto. Só assim conseguia dormir. — Ele se afasta indo para a geladeira para beber água, enquanto isso termino de comer o bolo. Quando se vira novamente encara o meu pescoço.
— Quem lhe deu esse pingente? — ele pergunta me deixando surpresa. Então sorrio ao lembrar de Jacob e Helena, não se passou nem uma semana e já estou com tanta saudade. Automaticamente minha mão vai ao encontro do pingente.
— Foi um presente de aniversário, ganhei do meu amigo, Jacob. — Abro o pingente olhando para a nossa foto. De repente quando levanto meu olhar para Jones, sou surpreendida com a sua fúria. Ele rapidamente anda em minha direção, puxa o colar com agressividade do meu pescoço. Depois o joga no chão com ignorância, meu colar todo quebrado.
— Por que você fez isso? — pergunto e me ajoelho aos prantos para pegar o objeto destruído.
— Não quero que nenhum homem dê presentes para você. Depois compro outro para você, claro que não terá a foto desse moleque.
— Você não tinha esse direito. Pensei que fosse diferente da mamãe, mas... Vejo que não. — Saio correndo da cozinha, ele vem atrás gritando para que eu o espere, entretanto, entro no quarto e tranco a porta.
— Adele, vamos conversar... Desculpe, anjo, eu não queria ter feito aquilo. Abre por favor.
Ele grita batendo na porta, me encolho entre os lençóis, chorando baixinho. Até que adormeço.

2 semanas depois.....
Se passaram duas semanas desde aquela cena da cozinha. Durante esses dias, não troquei uma palavra sequer com Jones, ele também não se esforçou para conversar sobre. Ainda não entendi o seu ataque de raiva, ele estava calmo e do nada me pergunta sobre o pingente, logo após o objeto estava caído no chão.
Agora estou esperando, o tio Théo, vir me buscar para saímos. Jones não está em casa, foi resolver alguns assuntos do trabalho. Ouvi a sua conversa na cozinha com a Maria.
— Preparada para um dia especial, ao lado do seu tio, princesa? — Tio Théo chega gritando. Vou correndo para cumprimentá-lo com um abraço.
— Claro.
No caminho até à sorveteria quase tive que pedir para ele parar o carro, pois corria o risco de fazer xixi nas calças, pois ele não parava de falar sobre a sua infância ao lado de Jones, e o quanto os dois eram terríveis sempre se metendo em apuros. Quando chegamos ele me conduz até à nossa mesa. Fico apreciando a beleza do local enquanto ele faz os nossos pedidos.
— Que tal você falar sobre esse tempo em que passamos sem nos ver? — Théo pergunta parecendo interessado. Porém, não tenho muito para falar, sempre fui privada de muita coisa.
— Hum.. Não tenho muito para falar, mamãe não me permitia sair, então não tinha muitos amigos. Tenho minha melhor amiga, Helena, ela sim é muito importante na minha vida sempre esteve comigo em todos os momentos. Tive um amigo, Jacob.
— Sem perceber sorrio ao lembrar de Jacob. Tio Théo sorri de lado, então desfaço de imediato o sorriso.
— Ah... Deixe-me adivinhar, uma paixonite? — Além de ficar morta de vergonha, fico sem reação.
— Não é o que está pensando. Quando éramos amigos, fui gostando dele aos poucos sem perceber os sentimentos que me assolavam. Até que um dia enquanto ele falava sobre uma das garotas que ele ficava, percebi que o certo era me afastar. Uma das últimas vezes em que nos vimos, ele me defendeu de um garoto que queria se aproveitar de mim, em uma festa que estávamos.
— Como assim, Adele, não estou
a história do início, ele ficou bastante irritado, disse que se ele estivesse no lugar de Jacob teria matado o rapaz. Depois de saborear um dos melhores sorvetes de Boston, voltamos para casa. Quando descemos do carro, tio Théo envolve o seu braço ao redor do meu pescoço em um modo carinhoso, tive um dia muito alegre com ele. Ainda agarrados ele abre a porta para entrarmos. De pronto, vejo Jones sentado no sofá segurando o seu copo com whisky.
— Vejo que o passeio foi bom. — Sua voz sai um pouco rouca, carregada de sensualidade apesar que o seu olhar diz outra coisa, pois dá para ver a sua raiva. Tio Théo, abaixa o seu braço desfazendo o nosso contato, colocando as sacolas no chão. Havíamos passado no shopping e no cinema. Tentei recusar quando ele quis comprar algumas roupas para mim, mas ele insistiu então resolvi aceitar de bom grado.
— Sim, fomos à sorveteria, depois ao shopping e assistimos um filme. Você não sabe o que perdeu maninho — Tio Théo se antecipa em falar. Depois de ouvir tudo, Jones desvia o seu olhar sério para
— E você, Adele, gostou do passeio? — Não entendo o motivo da pergunta. Tio Théo me olha como se também estivesse interessado em saber a minha resposta. Com um grande sorriso no rosto digo:
— Não só gostei como foi maravilhoso. Não vou esquecer nunca desse dia, obrigada, tio. — Ele me abraça mais uma vez, olho para Jones que bebe o restante da sua bebida.
— Agora preciso ir, voltarei para o jantar. — Depois de se despedir ele sai, me deixando sozinha com Jones, que se levanta do sofá e caminha em minha direção. Permaneço parada sem ter forças nas pernas para me mover.
— Pensei que tivesse entendido da última vez, Adele — Jones brada perto o suficiente para sentir o seu hálito bater contra meu
Sobre o quê? — Ele arqueia a sua sobrancelha antes de continuar.
Ah... Não se lembra, querida filha — contesta arrogante.
— Não, PAPAI — respondo no mesmo tom. Não queria discutir, mas com ele nesse estado fica difícil.
— Deixei claro que não queria que, você, aceitasse presentes de homens. — Não estou acreditando que ele estava sendo sincero
foi o senhor que não entendeu. Primeiro, que o tio Théo não é qualquer homem. Segundo, você não manda em mim, não da maneira que quer. Não sou mais uma criança que você pode mandar e desmandar, esse período já passou e você não estava lá.
dizer tudo que queria, solto a respiração. Ele me olha intensamente, me deixando um pouco sem graça. Sem desviar ele contorna os meus lábios com o seu polegar, sinto um arrepio em meu ventre e meu corpo esquenta. Seu toque é tão suave que não quero que ele pare, só queria que o tempo congelasse para que ficássemos assim por um bom tempo sem ninguém para nos
se prendem nos meus, por um momento eu me perco em suas íris azuis. De repente, ele me beija loucamente passando as suas mãos por todo o meu corpo, enquanto aperta por onde passa. Sua mão desce para o meu bumbum, me puxando para mais perto. Quando a sua língua invade a minha boca, sinto um fogo se apoderar de mim. O gosto de seus lábios, é sensacional, whisky misturado com menta uma combinação perfeita, que de agora adiante será a minha preferida. Quando vou aprofundar mais o beijo, ele se afasta passando as mãos nos
Porra, não era pra isso ter acontecido — resmunga
Adele, suba e se arrume teremos visita para o jantar — Jones comunica.
Só isso, você me beija e não vai dizer nada? — pergunto confusa, ele se vira e
porque isso foi um erro que não significou nada. Agora suba e não toque mais nesse assunto.
segurar as minhas lágrimas, elas descem copiosamente pelo meu rosto, fazendo uma trilha dolorosa por onde passa. Suas palavras mexeram comigo de um jeito que não deveria, mas que machucou o meu coração. Pego as sacolas e sem dizer mais nada saio, subo para o quarto como ele tinha ordenado.
para ir tomar o meu banho e me arrumar. Enquanto a água cai sobre as minhas costas, penso no que acabou de acontecer. Sinto o peso e a culpa me dominar, não deveria ter acontecido, mas aconteceu, e não há nada que mude isso. Olho-me no espelho, o vestido que tio Théo escolheu ficou perfeito em meu corpo, valorizando as minhas poucas
quarto, quando chego próximo às escadas já ouço as gargalhadas do tio Théo. Quando chego até a metade das escadas, sorrio para ele, porém, meu sorriso morre quando vejo uma mulher sentada no colo de Jones. Ele olha para mim, percebendo a minha presença na sala. Dentro do peito o meu coração dispara.
Louise, essa é a minha filha, Adele. — Ele se levanta tirando-a de seu colo, para nos cumprimentar. — Adele, essa é, Louise,
hipótese imaginei que ele teria uma, já que faz dias que estou aqui e não ouvi comentários sobre ela. A mulher estende a sua mão direita para mim, esforço um
É um prazer, Adele. Ouvir falar muito sobre