Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 1086

Ela disse, mudando o tom: "Isso também não é possível, por que ele se passaria por Adilson?"

De repente, sua mente ficou cheia de nuvens pesadas de dúvida, tão densas que pareciam quase cair.

Os olhos escuros de Felipe brilharam profunda e penetrantemente na luz.

"Antes de procurarmos a tia Ivete, talvez pudéssemos considerar a Hilda como ponto de partida.

Ângela tocou o queixo: "Você não deveria investigar se seu pai não tem outros filhos ilegítimos perdidos por aí, mais ou menos da idade do Ramalho?"

Felipe entendeu o que ela quis dizer, pegou a xícara de café sobre a mesa e tomou um gole: "Vou mandar alguém verificar".

Ângela pensou por um momento e falou baixinho: "Você não era nascido na época, talvez sua mãe saiba mais."

Felipe engasgou.

Ele não queria reviver as memórias dolorosas de sua mãe, mas perguntar diretamente a ela poderia ser muito mais eficaz.

No dia seguinte, após o café da manhã, ele acompanhou a velha senhora em uma caminhada pelo jardim.

"Felipe, você ainda suspeita da identidade do Adilson? Descobriu alguma coisa?"

"Ainda não." - Felipe falou brevemente sobre o teste de paternidade para a velha senhora.

"Você acha que o velho tinha outros filhos ilegítimos perdidos por aí, mais ou menos da idade do seu primo?"

A senhora ficou em silêncio por um longo tempo antes de dizer em tom sombrio: "Quando me casei com a família Martins, trouxe uma assistente chamada Dolores, de pele clara e bochechas com covinhas quando sorria. Seu pai gostava desse tipo de mulher. No Natal, voltei para a Cidade Estrela, e Dolores não foi comigo porque estava doente. Para minha surpresa, quando voltei, eu a encontrei na cama com seu pai".

Ela fez uma pausa, mostrando uma expressão de desgosto: "Eu mandei ela de volta para Cidade Estrela, e depois disso ela desapareceu, sem deixar rastros."

Um brilho sarcástico brilhou nos olhos de Felipe: "Se ela teve um filho, provavelmente não teria coragem de trazê-lo de volta para a família Martins para reconhecer sua linhagem. Naquela época, a pequena tia estava lá?"

A senhora idosa disse: "Ela veio comigo depois do Natal. Se realmente houvesse uma criança, sua idade não seria muito diferente da do Ramalho".

O olhar de Felipe ficou cada vez mais sombrio, como se estivesse encoberto por nuvens escuras.

Luzia disse com despreocupação: "Eu estava passando por aqui e achei que, como somos cunhadas, eu deveria vir vê-la."

Leila mexeu no cabelo bagunçado: "Você deve ter brigado com a Ângela, por isso pensou em mim, certo?"

Luzia falou pausadamente: "A Ângela está por cima da carne seca, não só se reconciliou com o Felipe, como também se tornou a matriarca da família Martins, responsável por tudo. Enquanto você está trancada aqui, perdida entre estar viva ou morta, realmente, como as coisas mudam."

Um músculo no rosto de Leila se contraiu: "Aquela desgraçada, eu a amaldiçoo por ter sido rapidamente abandonada por Felipe e ter morrido sem um lugar para ser enterrada".

Luzia disse: "Na verdade, eu sei, você foi vítima de uma armação da Ângela. Ela pagou alguém para difamá-la, jogou a sujeira em cima de você, fazendo o Felipe pensar que você o traiu, que o bebê que você está esperando nem é dele, o que fez com que ele começasse a desprezá-la..."

Leila segurou a cabeça, e seus pensamentos se embaralharam.

Ela se lembrou de Kevin dizendo que Felipe nunca tinha se casado com ela, nunca tinha sequer a tocado, que quem tinha estado com ela era outra pessoa, e que o filho que ela esperava não era de Felipe.

Será que ela tinha se enganado, que tudo tinha sido uma ilusão?