Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 1160

"Será que o chefão mandou fazer isso sem te avisar? Vasco e Felipe te envenenarem descaradamente num jantar em casa, isso seria possível?"

Ataque resmungou baixinho: "Eles já tinham escolhido a quem culpar. Depois de me envenenarem, disseram que foi alguém querendo envenenar Felipe e eu acabei comendo por engano. Na família Martins, eles são os cabeças. Se eles dizem isso, quem vai discordar?"

Hilda falou: "Mas o Ramalho não disse que só o irmão dele, Zito, tinha esse tipo de veneno? Zito é inimigo mortal de Felipe. Será que ele se uniria a Felipe para te atacar?"

Ataque, frustrado, respondeu: "Por que você fala tanto? Esse idiota do Ramalho com certeza foi comprado por eles para dar falso testemunho."

Hilda disse: "Eu só quero entender isso direito para poder encontrar um antídoto e te salvar. Se não foi coisa deles, e sim do irmão do Ramalho, Zito, a gente precisa achar um jeito de conseguir o antídoto com ele, senão você pode acabar mesmo paralisado."

Ataque estava visivelmente irritado. Ele agora estava incapacitado até para as necessidades mais básicas, completamente dependente dos outros.

"Ramalho é muito bom em fazer venenos, pode ser que tenha sido ele mesmo. Com certeza ele tem o antídoto. Você vai atrás dele e, não importa como, tem que conseguir isso para mim."

Hilda arqueou as sobrancelhas, perguntando de propósito, "Ramalho é só um moleque, ele é tão capaz assim?"

Ataque respondeu: "Apesar de ser imaturo e bobo, ele tem suas habilidades."

Hilda percebeu que ele parecia conhecer bem o Ramalho.

Geralmente, pessoas com o espírito jovem e imaturo como Ramalho não chamam muita atenção. Mesmo que chamem, são tratadas como bobas.

Surpreendentemente, Ataque sabia do potencial dele.

"Ele não disse que só Zito tem o antídoto, e ele mesmo não conseguiria fazer?"

Ataque disse: "Ele está mentindo. Não se deixe enganar pela aparência infantil dele. Ele estuda psicologia, é muito melhor ator do que você imagina."

Hilda mostrou a língua, "Sério, eu não tinha percebido. Agora que você falou, ele parece ainda mais difícil de entender."

"Não se preocupe, se Ramalho realmente tiver o antídoto, eu vou dar um jeito de conseguir para você. Só temo que ele não tenha. Se quem te envenenou foi o irmão dele, Zito, aí complica."

"Eu não me enganei, nunca me engano." Ataque disse com convicção.

Do lado de fora do quarto, os irmãos da família Martins e Ângela se aproximaram.

Vasco deu um tapinha no ombro de Felipe, "Felipe, tanta gente querendo matar vocês dois, vocês não têm medo?"

Quanto maior a árvore, maior o vento.

Só de pensar na última vez que quase foram envenenados, ele sentia calafrios. Felipe e Ângela já tinham escapado de tantas tentativas de assassinato que era incrível como ainda estavam vivos.

Felipe deu de ombros, com uma expressão tranquila no rosto, "Se vem exército, a gente enfrenta; se vem enchente, a gente contém. O que é que tem para temer?"