Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 1163

"Este veneno era apenas para te causar desconforto, não para te matar, o que mostra que eles não queriam realmente a tua vida. Olha só para o Elton Martins, que quando era criança competia com o Felipe pelo direito de sucessão e, quando cresceu, competiam até pelas namoradas. Mesmo assim, Felipe nunca chegou a matá-lo. Isso mostra que Felipe valoriza os laços familiares. Desde que você não o provoque, ele não vai te atacar."

Ataque manteve-se em silêncio. "Pelo que você está dizendo, eles realmente vão me dar o antídoto?"

"Deveriam," Hilda assentiu com a cabeça. "Mas ainda precisamos estar preparados para o pior. E se não foi eles que envenenaram você, e sim o irmão do Ramalho, o Zito? Não temos um microbiologista especializado em venenos na AK? Que tal contatá-los para criar um antídoto?"

"Por enquanto, não." Ataque apertou os dentes. Seu esconderijo havia sido destruído, junto com o laboratório de biologia, o que significava que não podiam realizar novas pesquisas, e todos os venenos disponíveis eram os que já haviam sido desenvolvidos anteriormente.

Hilda sugeriu: "E se eu entrar em contato com o chefe para você? Posso informar sobre a sua situação atual e pedir para ele enviar alguém para te resgatar. Não é bom ficar apenas deitado aí esperando, e se não conseguirmos o antídoto, vai ser um problema. O médico disse que, se passar de um mês sem o antídoto, seus nervos vão degenerar, resultando em paralisia permanente."

Ataque ficou furioso e mordeu a parte de trás da bochecha com força.

"Vamos esperar mais dois dias antes de decidir."

Ele decidiu esperar e ver o que o adversário faria.

Hilda sabia muito bem que ele não confiava nela, não queria que ela entrasse em contato com o chefe, com medo de expor o paradeiro dele.

Então, ele teria que esperar no quarto do hospital.

Vamos ver quem perde o controle primeiro?

Depois de um momento de silêncio, Ataque pareceu pensar em algo e disse em voz baixa: "À tarde, chame o Ramalho para mim."

Hilda saiu.

Quando Ramalho voltou da escola, foi direto para o hospital.

Um lampejo de fogo passou pelos olhos de Ataque. "Na verdade, eu já sabia. Foi Ângela que te mandou dizer isso, não foi?"

Ramalho colocou as mãos na cintura, visivelmente irritado.

"Isso é demais, Anjo pediu para o laboratório de biologia pesquisar um antídoto para te salvar, e você ainda a acusa injustamente. Isso é morder a mão que te alimenta. Vou dizer a ela para não te salvar."

Ataque suspirou profundamente. "Ramalho, eu tenho olhos que veem através das mentiras, mesmo que você seja um bom ator, eu ainda posso ver através de você. O veneno foi feito por Ângela, e o antídoto está com você."

Ramalho inflou suas bochechas. "Isso é demais, eu odeio ser acusado injustamente. Na família Martins, você é o pior. Os primos Vasco, Elton e Felipe são todos bons comigo, só você é ruim comigo. Você é o vilão. Vou contar para Gabriela que você está me maltratando."

Ataque ficou sem palavras, enquanto um bando de corvos imaginários voava sobre sua cabeça, e um turbilhão de sentimentos tumultuados varria seu coração.

Este adulto que agia como uma criança de trinta anos era muito mais difícil de lidar do que uma criança de verdade.