Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 1182

E esse tal de Adilson Martins também era um dos Martins, tinha o sangue dos Martins correndo em suas veias.

Provavelmente, todos os irmãos eram meio-irmãos, não existia um par de irmãos de mãe e pai iguais.

O velho era realmente um completo mulherengo, um verdadeiro garanhão.

Felizmente, a estrita disciplina da família Martins impediu qualquer disputa acirrada pelo poder entre os nove filhos, com apenas um, o Zito, tendo que se virar por conta própria, nunca encontrando paz.

Manuela, ao lado, disse: "Vô, preciso desabafar sobre o papai, ele é exatamente como você, não liga pra família, não cuida de mim e da Sueli. Tudo culpa sua, que passou esses genes ruins pra ele. Olha só, o tio Felipe e o tio Elton são diferentes de você, por isso são pais maravilhosos."

Enquanto falava, ela se virou para Felipe, "Tio Felipe, a partir de agora, vamos parar de queimar dinheiro pro vô, e queimar mais livros pra ele ler, pra não continuar aprontando até no além. Ele precisa se melhorar."

Felipe engasgou, tossindo baixo: "Tá."

Se o senhor ouvisse o que sua neta disse, provavelmente voltaria à vida de tão irritado, para morrer de novo em seguida.

No caminho de volta, Galeno caminhava cabisbaixo, imerso em seus pensamentos.

Ele não queria que o tio Felipe e os outros continuassem prestando homenagens àquele Noe falso.

Ele era o verdadeiro Noe, ainda estava vivo.

Mas ele também não queria se revelar ao tio Felipe.

Ele tinha um pai, e saber disso iria magoá-lo.

Que dilema para alguém tão jovem enfrentar, por que tinha que ser tão complicado?

Ele invejava Nilo, que não precisava se preocupar com essas questões complicadas.

Quando Sueli quis comer pizza, Felipe os levou a uma pizzaria.

Assim que se sentaram num canto tranquilo, ouviram alguém gritar, "Dylan, Dylan—"

Suzana sorriu, "Papai disse que me levaria para viajar, e eu escolhi Cidade Mar. Você me falou que Cidade Mar é super divertida durante o Carnaval. Dylan, estou com muitas saudades."

Eu também, Suzana.

Galeno pensou consigo mesmo, com o coração apertado.

Usando máscara, até mesmo uma boa amiga não o reconhecia mais.

Ele sempre pensou que isso não importava, mas ao ver uma velha amiga, percebeu que o conselho de sua mãe fazia sentido. Ele não poderia continuar usando a máscara até os dezoito anos, ou seus amigos da Cidade Misteriosa não o reconheceriam.

Nilo forçou um sorriso, "Eu também, Suzana."

"Meu pai, minha mãe e o Tommy estão ali, vem comigo cumprimentá-los, eles também sentem sua falta," disse Suzana.

"Ah," Galeno rapidamente disse, "São o Sr. e a Sra. Smith, e o irmãozinho da Suzana, Tommy, né? Eu já vi vocês por vídeo."