Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 1255

O médico disse novamente: "Na nossa tribo, muitas pessoas não vivem até os quarenta anos. Aqui, podemos viver até os oitenta, noventa, ou até mesmo cem anos."

"Na cidade, vocês também podem viver tanto tempo, os hospitais grandes têm melhores condições médicas." Íris comentou.

O médico respondeu: "Voltar ao mundo dos humanos significa que você tem que encontrar um lugar para morar por conta própria, trabalhar sem parar para sustentar a si mesmo, cansado como um boi, muitas vezes sem conseguir nem se alimentar direitamente. Aqui não precisamos disso, somos auto-suficientes, que maravilha, não?"

Íris ficou sem palavras. Ela sempre viveu no luxo, acima dos demais, incapaz de entender as dificuldades dos nativos.

"Se você conseguir me ajudar a sair, eu garanto que você terá uma vida melhor do que a atual, com tudo o que precisa e mais um pouco."

"Eu não quero sair, não vejo graça." O médico deu de ombros. "Como é bom aqui, por que você quer sempre sair? Você já tem uma certa idade, por que não aproveitar seus últimos anos aqui?"

Íris disse: "Não sou como vocês, tenho filhos, marido e muitos familiares. Claro que quero voltar e viver com eles."

"Mas você é uma fugitiva, a polícia lá fora está à sua procura. Assim que sair, será presa e levada para a cadeia." O médico explicou.

Íris estremeceu. "Como você sabe disso?"

"Foi o chefe que te trouxe aqui quem disse." O médico revelou. "Pra ser honesto, nós também somos fugitivos. Se sairmos, seremos capturados. Não queremos acabar na prisão."

Íris se surpreendeu. "Vocês não são nativos?"

"Somos, mas depois de fugir de um país em guerra, sem dinheiro para sobreviver, acabamos cometendo alguns crimes para nos mantermos vivos." O médico confessou abertamente.

Íris respirou fundo, sem surpresa que eles não quisessem sair.

Nesse momento, um nativo correu até eles. Enquanto coletavam cocos na floresta, encontraram o barco que Íris estava construindo.

O médico puxou Íris para a floresta.

Ao verem seu barco ainda inacabado, caíram na gargalhada, e os outros se juntaram.