Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 27

Capítulo 27

Tina não percebeu sua reação sutil e estava totalmente focada na ideia de apressar o casamento, olhando significativamente para

Eloisa.

Eloisa disse: “Homem deve casar e mulher deve se unir quando chega a hora, você e a Tina já não são mais crianças, devem resolver logo essa questão do casamento. Dei uma olhada no calendário e dia 2 de outubro é uma data propícia, que tal marcarmos para esse dia?”

Felipe desviou o olhar e pegou sua taça de vinho tinto, dando um pequeno gole.

O vinho parecia mais azedo do que de costume.

“Tia, você deve saber das tradições da família Martins. Com a morte do meu pai, devo respeitar um luto de três anos, durante os quais não posso celebrar ocasiões festivas.”

Como Eloisa poderia não saber? A única exceção seria se a noiva estivesse grávida, por isso ela havia arranjado para que sua filha fizesse inseminação artificial em segredo. Mas as coisas não saíram como esperado.

Tina estava desesperada, com a cara emburrada.

Esperar três anos? Ela não queria esperar nem três meses.

“Você agora é quem manda, mude a regra.”

O olhar de Felipe ficou sério, “As regras foram estabelecidas pelos nossos ancestrais. Se as gerações seguintes pudessem alterá–las quando quisessem, que poder teriam? Eu não posso cometer o mesmo erro que meu pai!”

Eloisa percebeu qué sua filha havia tocado em um ponto sensível dele e apressou–se em mudar de assunto, “Tina só estava brincando, não leve a sério. Vocês ainda não se casaram no papel, mas já estão

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noivos, isso é como se fossem marido e mulher. Que tal se a Tina se mudasse para sua casa?”

Felipe balançou a taça de vinho que tinha em mãos, um brilho travesso passou por seus olhos, “Tia, você deveria saber que até eu me recuperar completamente, não posso me énvolver com mulheres.”

Eloisa engoliu em seco, com o rosto pálido.

Felipe encheu sua taça até a metade, “Fique tranquila, minha única noiva é a Tina, não haverá outra.”

Essas palavras confortaram um pouco Eloisa. Desde o noivado com sua filha, de fato não houve outra mulher ao lado dele.

Na casa ao lado.

Ângela Alves não conseguiu ouvir a conversa inteira, pois eles falavam baixo, mas ouviu a última frase. Felipe havia elevado um pouco a voz, como se quisesse que ela ouvisse.

Ela pensou que estivessem falando sobre o casamento.

Se ele iria se casar com Tina ou não, não era da sua conta. Ela só queria ter certeza de que seu filho seria bem tratado.

Elton lhe serviu um suco, “Você se lembra daquela vez em que viajávamos e salvamos um coelho?”

Ângela Alves assentiu, “Lembro sim, a pata traseira dele estava quebrada, e o veterinário disse que ele não poderia mais viver na natureza.”

“Eu o adotei e coloquei uma pata artificial nele. Quando você tiver um tempinho, posso te levar para vê–lo.”

“Claro.”

Angela Alves sorriu e, de repente, sentiu um arrepio frio vindo através do entalhe decorativo da divisória.

Ela se encolheuesfregando os braços.

“Imagina.” Elton abriu um sorriso charmoso, “Ângela, estou muito feliz por te reencontrar. Na verdade, desde que voltei ao país, estive te procurando.”

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