Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 127

Maria Luíza Santos apresentava um semblante grave.

— Conseguimos salvar a vida dela, mas não conseguimos identificar a origem do veneno. No fim das contas, isso não adianta de nada.

O tratamento de Natura Punctum só podia resgatar uma vida das mãos da morte, mas o veneno permanecia no corpo da senhora. Era preciso encontrá-lo e eliminá-lo.

— Sua avó é uma pessoa de sorte. Tenho certeza de que ela ficará bem — disse Samuel Ferreira, sentindo-se frustrado por não saber medicina e, assim, não poder ajudar Maria Luíza Santos.

Maria Luíza Santos apenas franziu as sobrancelhas, sem responder.

Nesse momento, alguém bateu à porta.

— Sr. Samuel, sou eu.

Samuel Ferreira se levantou e abriu a porta.

Um grupo de pessoas entrou em fila. O homem à frente caminhou diretamente até Samuel Ferreira e Maria Luíza Santos.

— Sr. Samuel, Srta. Santos.

Ao ver o homem, seguido por várias pessoas, Maria Luíza Santos ficou surpresa.

— Asafe?

Asafe assentiu com a cabeça.

— Assim que recebi sua ligação, Sr. Samuel, vim imediatamente. Estes aqui são especialistas do nosso instituto de fitoterapia, vieram ajudar no tratamento. Além disso, as pessoas que estavam no piquenique com sua avó já foram localizadas e estão sendo interrogadas. Logo teremos uma resposta para vocês.

Maria Luíza Santos lançou um olhar a Samuel Ferreira. Asafe era o braço direito em quem Samuel mais confiava. Havia sido enviado para uma missão externa e só deveria retornar no final do ano. Se Samuel o trouxe de volta agora, provavelmente assuntos externos importantes precisariam ser adiados.

Após um breve silêncio, Maria Luíza Santos agradeceu, com sinceridade:

— Obrigada.

Samuel Ferreira suspirou.

— Esse seu agradecimento me deixa constrangido. Fora isso, não posso ajudar em mais nada.

Maria Luíza Santos mordeu os lábios, prestes a dizer algo, quando alguém exclamou de repente:

— Os jovens realmente surpreendem.

Logo, os três se recompuseram e passaram a examinar cuidadosamente o estado da senhora.

Quanto mais analisavam, mais perplexos ficavam.

Depois de um bom tempo, levantaram-se em silêncio.

Dr. Lucas foi o primeiro a falar:

— De fato, a senhora foi envenenada. Já li sobre algo parecido em antigos registros, semelhante à erva-mortal, mas não exatamente igual.

Dr. Guilherme assentiu.

— Também achei que se assemelha à erva-mortal, mas esse veneno é muito forte e age rápido. Normalmente, em até duas horas, se não for neutralizado, o paciente morre. Segundo Lúmina Verde, os sintomas apareceram anteontem, então podemos descartar a erva-mortal.

— Eu acredito que seja algo parecido com tripterígeo — disse Wu. — Mas ainda há um detalhe estranho: seja erva-mortal, seja tripterígeo, os pacientes normalmente perdem a consciência após o envenenamento. Dona Eliane, no entanto, permanece consciente, só não consegue falar.

Desde o início dos sintomas, os olhos de Dona Eliane estiveram sempre abertos. Ela só não conseguia pronunciar uma palavra sequer.