Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 162

Depois do aniversário de Dona Eliane, os convidados começaram a se dispersar.

Samuel Ferreira e alguns dos mais velhos da família Ferreira partiram imediatamente de volta para a Cidade Capital, pois ainda tinham assuntos pendentes para resolver por lá.

Hadassa Rodrigues também retornou para a Cidade R. Alguém da sua família havia causado confusão, e ela precisava voltar para pôr ordem na casa.

Quanto a Eduardo Neri, Benjamin Garcia e o pessoal do Teatro Nacional, eles saíram discretamente antes mesmo do fim da festa.

Após se despedir dos convidados, Maria Luíza Santos voltou-se para os parentes do interior da família Santos e disse:

— Reservei quartos para vocês no hotel. Por hoje, descansem bem. Amanhã, providencio alguém para mostrar a Cidade S a vocês.

— Ah, não precisa, não! Já nos sentimos honrados de participar do aniversário. Agora que terminou, já devíamos estar voltando para casa — respondeu um dos parentes do lado do vovô Pedro Santos.

Pela distância do grau de parentesco, Maria Luíza Santos deveria chamá-lo de tio, seguindo a tradição.

— A casa da família Santos não comporta tanta gente, senão vocês ficariam conosco, é claro — respondeu Maria Luíza Santos com gentileza e educação. — Já vieram até aqui, aproveitem para passear. Se precisarem de algo, é só me avisar.

O tio Jacó Santos sorriu para Dona Eliane:

— Dona, a senhora tem uma neta admirável. Não só organizou essa festa tão bonita, como também cuidou de nós, parentes do interior. Eu sinceramente pensei que...

Jacó Santos parou a frase no meio, sem dizer o que realmente pensava.

Na verdade, ele queria dizer que achava que a família Santos não daria muita atenção aos parentes mais humildes do interior.

E, de fato, não era só impressão: desde que chegaram, as noras de Dona Eliane foram bastante frias e até demonstraram certo desprezo.

Eles, mesmo sendo do interior, sabiam muito bem interpretar olhares e gestos.

Dona Eliane abriu um largo sorriso:

— Maria realmente é maravilhosa. Com a idade que tenho, só ela cuida de mim com tanto carinho.

Nem é preciso dizer o quanto Maria foi atenciosa com os parentes do interior. Em nenhum momento os menosprezou, e ainda pensou nas dificuldades da viagem até Cidade S, reservando tudo com antecedência.

E tudo isso sem nunca mencionar nada para Dona Eliane, cuidando de tudo por conta própria.

E quanto aos outros da família?