Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 172

Quando Maria Luíza Santos voltou da boate para casa da família Santos, encontrou a casa cheia: tinham chegado visitas.

Da cidade vizinha, vieram os Matos – Diego Matos, nada menos do que o marido da tia mais velha de Maria Luíza.

Maria Luíza não tinha lembranças marcantes desse tio. Só recordava que, quando era pequena, ele viera uma vez junto com a tia, e depois nunca mais apareceu.

Ao lado de Diego Matos, estava sentado um rapaz todo espalhafatoso, vestido de forma extravagante, pernas cruzadas, exibindo aquele típico ar de filho de família rica que nunca precisou se preocupar com nada.

Do outro lado, uma senhora de idade olhava para todos com raiva; parecia que um forte desentendimento acabara de acontecer.

Do lado dos Santos, quase todos estavam presentes, exceto Dona Eliane, que parecia ter acabado de discutir com alguém. Seu rosto ainda estava tenso e pálido.

— Compadres, não vou discutir mais. Vim aqui hoje com um único objetivo: Nilza Santos tem que voltar comigo. Uma mulher casada, morando há anos na casa dos pais, sem se importar com marido e filha... Onde é que já se viu isso? — A avó Matos lutava para conter a irritação, mas a voz denunciava toda sua fúria.

Dona Eliane rebateu, exaltada:

— Voltar pra quê? Pra continuar sendo maltratada por vocês? Vocês, que ainda têm nome na Cidade A, são capazes de tratar a nora desse jeito? Não têm vergonha?

— Não gosto do que está insinuando! Que história é essa de maltratar? — retrucou Dona Matos, levantando-se. — Ela se casou, tem que cuidar do marido e da filha. Além disso, não trabalha, não contribui com nada; custa ajudar nas tarefas de casa? Lá em casa, ninguém vive às custas dos outros!

— Isso é mentira! — Dona Eliane, que raramente perdia as estribeiras, não aguentou e explodiu — Tarefas de casa? Você faz a Nilza cuidar da casa inteira! Por acaso não tem mais ninguém na família Matos? Só ela pra fazer tudo?

— Mãe, está passando dos limites. — Diego Matos franziu o cenho. — Desde que casei com Nilza, nunca faltou nada pra ela. O que custa ajudar um pouco? Minha mãe só faz umas cobranças normais...