Cidade B.
Hospital.
Quarto VIP.
Vovô Noel estava ligado a vários aparelhos, seu rosto pálido, sem nenhum sinal de vida.
Ao lado da cama, o médico que acabara de socorrer vovô Noel balançou a cabeça e disse a Otávio Cavalcanti:
— Prepare-se para o pior, a situação do senhor é grave demais, ele não deve resistir por mais de uma semana.
— Como assim? Não haviam me dito que ele ainda teria pelo menos mais seis meses? Temos usado remédios caríssimos para manter meu pai... Como pode ter restado apenas uma semana? — Otávio Cavalcanti sentiu as pernas fraquejarem.
Se seu pai se fosse, provavelmente sua mãe perderia a vontade de continuar vivendo. Aquela família estava prestes a se desfazer!
— Eu já lhes disse inúmeras vezes: não deixem o senhor se irritar. Façam o possível para satisfazer seus desejos. — O médico suspirou, resignado. — Desta vez, ele se enfureceu demais. O corpo não aguentou. Vocês devem providenciar logo tudo. O estado dele piora a cada dia. Nem sei se vai chegar até o fim da semana.
— Não há mais nada a ser feito?
O médico hesitou um instante.
— Se fosse o Doutor Lúmina Verde, talvez ainda houvesse uma chance. Mas... ninguém consegue localizar o Doutor Lúmina Verde.
Otávio Cavalcanti ficou surpreso.
— Doutor Lúmina Verde?
Ele, claro, já ouvira falar do famoso Doutor Lúmina Verde; era quase uma lenda. Nenhum de seus conhecidos jamais o tinha visto pessoalmente.
Seu pai estava doente há tanto tempo, ele gastara fortunas para trazer médicos renomados do mundo todo. De fato, muitos vieram, todos muito competentes. Anos atrás, já haviam declarado seu pai em estado terminal, mas esses especialistas, com remédios raros, conseguiram prolongar sua vida por mais alguns anos.
Mas nunca conseguiram curá-lo de fato.
Otávio soubera da fama do Doutor Lúmina Verde e gastara muito tentando encontrá-lo, mas sem sucesso.
Com o tempo, passou a achar que era apenas uma figura inventada, uma esperança criada por todos. Por isso, desistiu das buscas.
Nunca imaginou que esse médico de fato existisse.
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