Ella
Enquanto começava a cochilar, forcei meu cérebro a não pensar em mais nada além de Sinclair, me esforçando para sonhar com ele. Não deixei minha mente se concentrar em mais nada ou se distrair, apenas continuei me dizendo para chamar Sinclair, para fazê-lo chegar até mim.
A escuridão se fechou e então eu estava de volta naquela cama na floresta. Sim! Eu pensei. Era aqui onde estávamos da última vez! Funcionou!
Levou alguns minutos para Sinclair aparecer, mas me obriguei a ter paciência. Ele ainda não estava dormindo no mundo real. Tinha que esperar ele descansar para vê-lo dessa forma.
Não tinha certeza de quanto tempo realmente havia se passado, mas eventualmente ele surgiu entre as árvores. Ele estava em sua forma de lobo daquela vez, mas se transforma quando chegou na cama, me dando um sorriso carinhoso. "Olá, encrenca."
"Oi." Respondi, de repente, me sentindo tímida. "Não tinha certeza se isso funcionaria."
"Você quer dizer que desta vez você quis me chamar?" Ele pergunteiu, arqueando uma sobrancelha.
Eu concordei, sentindo um calor subir em minhas bochechas. "Quero te dizer algo."
"Ok." Sinclair respondeu, vindo sentar na cama macia, mas sem me alcançar como ele costumava fazer. Um momento de dúvida afligiu meu coração, mas eu tinha certeza de que ele estava apenas tentando se conter.
Estava inquieta, olhando para minhas mãos no colo, mas aos poucos reuni coragem para falar. "Eu sei que tenho estado confusa ultimamente, e gostaria de poder dizer que é por conta da gravidez, ou do estresse da nossa situação... mas a verdade é que é muito mais do que isso. Essas coisas estão tornando tudo mais difícil, mas eu já estaria uma bagunça de qualquer maneira."
Respirando fundo, continuei, "Você sabe que fui órfã e que nunca realmente tive uma infância por causa disso. Mas também nunca experimentei amor de ninguém além de Cora. Eu estava tão faminta por isso, que basicamente agarrei a primeira chance que tive. Passei anos apenas tentando superar meu medo de homens, e olhando para trás, não tenho certeza se realmente consegui. Acho que talvez eu apenas tenha ficado tão desesperada por algum afeto que simplesmente fechei os olhos e pulei, e é claro que a pessoa que me pegou foi o Mike. Eu era uma presa perfeita para ele, jovem, ingênua e disposta a fazer qualquer coisa para finalmente me sentir desejada. Eu não fazia ideia do que era um relacionamento saudável, e ele me manipulou para acreditar que tudo o que ele fazia e dizia para mim era normal."
Sinclair franziu a testa profundamente, e consegui ver as perguntas pesando em sua mente, mas ele as segurou. "É claro, eventualmente eu percebi... e então te conheci." Compartilhei, minha voz de repente muito pequena. "E meu coração confiou em você mesmo quando meu cérebro gritava para eu não fazer isso. Tudo o que vivi me condicionou a acreditar que se eu me permitisse ser vulnerável com você, você me quebraria. Isso me ensinou a acreditar que eu não valia o amor, então qualquer pessoa que me mostrasse gentileza certamente estaria tentando me enganar. Então tentei me convencer de que o que tenho sentido com você não era real. E, ao mesmo tempo, todas as partes de mim que mantive enterradas por tanto tempo explodiram porque meu corpo de alguma forma sabia que você não me machucaria se eu agisse como uma criança, ou se desmoronasse e deixasse você ver minha tristeza e raiva. Ele sabia que você não usaria essas coisas como armas contra mim."
"Você tem sido tão paciente e compreensivo. Cuidou de mim como ninguém nunca cuidou, mesmo quando te odiei por isso. Mas mesmo assim eu não conseguia te contar." As lágrimas se acumulavam em meus olhos, e consegui ver os punhos cerrados de Sinclair tremendo com uma contenção mal disfarçada. Seu lobo ainda estava brilhando em seus olhos, e eu sabia o quanto ele estava se esforçando para me deixar falar sem interrupções. "Tenho sido covarde. Tenho me escondido atrás dos desafios que enfrentamos, usando-os como desculpas para evitar ter que ser corajosa... Mesmo quando você tentou me contar seus próprios sentimentos, meu cérebro apenas se defendeu. Eu sabia que se você me dissesse, eu não seria forte o suficiente para resistir."
"E eu sei que nada mudou e que um relacionamento ainda é impossível para nós... mas eu não quero mais ser covarde. Quero ser corajosa apenas uma vez na minha vida." Respirei fundo enquanto continuava, "Então pensei que se eu pudesse te dizer isso aqui... que se pudéssemos estar juntos em nossos sonhos, talvez não doesse tanto o fato de não podermos estar juntos na vida real." Expliquei, lágrimas correndo pelo meu rosto.
"Eu... eu estou apaixonada por você, Dominic." Sussurrei, muito tímida, para olhá-lo nos olhos.
Houve uma pausa tensa preenchida pelo som do meu coração batendo forte e do meu sangue correndo nos ouvidos. Então a mão de Sinclair se aproximou de mim. Ele segurou meu queixo entre o polegar e o indicador, levantando meu olhar para o dele. Eu solucei quando vi a expressão em seu rosto.
Seus olhos estavam brilhando, não com seu lobo, mas com lágrimas. Havia tanto afeto e compreensão em seus traços rústicos, que senti como se ele me envolvesse em um abraço sem nem mesmo me tocar. "Eu te amo, Ella. Acho que estou apaixonado por você desde o momento em que você pisou com seu pezinho em mim. Você não faz ideia de como tem sido difícil segurar meu lobo."
"Mesmo?" Solucei, porque, mesmo que eu estivesse esperando que ele me dissesse que tinha sentimentos, não estava preparada para o amor. Certamente não estava preparada para ouvir que seu lobo também me queria. Minha mente teimosa ainda estava surpresa de que aquele homem poderia estar interessado em mim, quanto mais seu animal interior.
"Realmente." Ele confirmou firmemente, "E se você não vier aqui e se jogar em meus braços neste instante, vou soltar meu lobo para que ele possa te atacar."
Algo dentro de mim se animou com aquele pensamento. Lembrei-me de todos os avisos de Sinclair para não fugir dele na Caçada Selvagem, e lembrei de como foi emocionante ser perseguida... até que tudo deu errado. Acho que precisávamos recomeçar. Segurei a voz na minha cabeça. Porém, não consegui deixar de concordar.
Acho que Sinclair conseguiu sentir minha malícia, porque seus olhos se estreitaram para mim com suspeita enquanto me inclinei em direção a ele na cama. Felizmente, embora ele pudesse sentir que estava tramando algo, ele não percebei do que se tratava. A princípio, me preocupei de que ele pudesse me alcançar antes que eu conseguisse pular para o chão, mas quando mudo de direção no último momento, ele não foi rápido o suficiente para me pegar. Imediatamente comecei a correr, e no começo ouvi o baixo ronco da risada de Sinclair. Um momento depois, no entanto, escutei o uivo de seu lobo, e sabia que a caçada havia começado.
Ao começar a correr, senti a mesma exaltação intoxicante que me consumiu na Caçada Selvagem. Minhas pernas se estendiam ao máximo e o mais rápido que podia movê-las. Fiquei maravilhada com a quantidade de terreno que comecei a cobrir. O vento noturno soprando em meus cabelos enquanto corria pelas árvores, um sorriso extasiado se estendia em meu rosto enquanto meus pés afundando na neve.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Dom Alfa e a sua substituta humana
É so isso chega no capitulo 330 e acaba???? Sem dar o fim. Deixou a desejar...
Só quero uma série baseada nesse livro simplesmente apaixonada...
Tão estúpido ela querer jogar a culpa nele de um erro que ela cometeu 2x, ele omitiu uma informação pra proteger ela. Mas ela foi contra algo que ele pediu para proteção dela, e ela ainda tem a cada de pau de agir como a certa de tudo e que nunca se colocaria em perigo se soubesse a verdade. Esse tipo de mocinha me dá uma preguiça 🦥. Além do mais parece que ela esquece que desde o começo os termos eram que ela nem direito ao bebê tivesse, e que foi ela que induziu a esse acordo que agora ela coloca tudo como culpa dele....
Obg e continuem atualizando por favor s2...
Bom dia livro Dom Alfa são 500 páginas vc vão atualizar ainda...
e o restante dos capítulos? Sei que são ao todo 500...