Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 106

Ella

Não, acabei de sair! Minha loba rosnava desafiadoramente. Eu quero correr mais! Deixe-me ir!

Os beijos cessam substituídos pelos dentes de Sinclair se fechando ao redor da minha nuca, aplicando pressão. Percebi imediatamente o que ele estava fazendo. Se ele aplicasse pressão suficiente, especialmente se me levantar do chão, eu ficaria completamente imobilizada. “Eu disse para se transformar!”

“Eu não quero! Você pode ser um lobo sempre que quiser, mas essa é a minha única chance.” Protestei ferozmente, rosnando o mais ferozmente que pude. “Me solte, seu valentão.”

Pude perceber que os jogos haviam acabado naquele momento. Sinclair me levantou, de repente estava pendurada em sua mandíbula, meus pés chutando impotentes. “Renda-se, Ella!” Senti seu rosnado autoritário ecoar em meus ossos e, mesmo que eu não tivesse concordado em me render, meus membros rebeldes de repente pararam. Fiquei mole e, quando Sinclair me devolveu ao chão, rolei de costas, mostrando-lhe minha barriga.

“Boa menina.” O enorme lobo negro de Sinclair olhou para mim, seus olhos esmeralda brilhando com emoção desenfreada.

Minha loba gemeu em minha cabeça. “Por que o elogio dele me faz sentir tão incrível?”

“Porque você é minha.” Sua voz rouca respondeu, e percebi que falei em voz alta novamente. “Minha, minha, minha.” Antes que eu pudesse pensar mais sobre sua declaração, Sinclair estava gemendo em minha cabeça, “Olhe só para você,” ele murmureiu. “Toda em ouro rosa e atrevida.” Sabia que ele estava falando sobre minha pelagem, que possuia o mesmo brilho metálico do meu cabelo loiro morango. “E sua barriguinha branca.” Ele acrescentou, roçando a mancha de pelagem branca acima do meu umbigo. “Mmm, meu filhote. Minha Ella.” Ele soava como um homem das cavernas, mas suas próximas palavras provaram que sua mente estava tão afiada como sempre. “Transforme-se, companheira, é hora de terminar isso.”

“Terminar isso?” Eu praticamente guinchei.

“Oh, sim,” Sinclair confirmou sombriamente, suas palavras eram tão animalescas que tremi em resposta. “Eu vou marcar e reivindicar você antes que possa escapar novamente. Você é minha, e o mundo inteiro vai saber disso.”

De repente, percebi que o Sinclair que eu conhecia não estava no controle. Naquele momento era o lobo dele falando, só então compreendi o motivo dele me avisar para não fugir dele na noite da Caçada Selvagem. A parte racional do meu cérebro entendeu... pelo menos eu pensei que entendia... mas uma coisa era imaginar, e outra, completamente diferente, era vivenciar.

Da última vez que encontrei o lobo dele, não consegui ouvir os pensamentos de Sinclair. Não tinha entendido o quão diferentes eram as duas entidades, embora fizesse todo sentido que seu eu mais primitivo se manifestasse quando seu animal interior estava no comando. Ainda assim, mal reconhecia o Sinclair que conheci e amei na fera que estava diante de mim. Por outro lado, eu mal me reconhecia naquele momento. Tudo aquilo era tão surreal.

“Ele quer nos reivindicar.” Minha loba suspirava. “Sim, sim, sim!”

“Ouça-a, companheira,” Ordenou Sinclair, “Ela sabe do que você precisa.”

Estremeci de antecipação, mas assim que pensei em me transformar, percebi que tínhamos um problema. “Dominic, eu não sei como me transformar. Nem mesmo sei como isso aconteceu.”

O enorme lobo negro de Sinclair me estudou por um momento, antes de assentir uma vez em compreensão e determinação. “Não tenha medo, minha doce. Vou ajudar.”

Antes que eu pudesse contemplar o que aquilo poderia significar, uma onda de pura energia Alfa me envolveu. Sinclair ergueu o focinho e uivou para a noite, fazendo meu corpo estremecer e se contorcer, lentamente voltando à forma humana. Senti uma perda repentina e devastadora por voltar aquela forma, porém, logo em seguida Sinclair havia se tornado novamente um homem. Ele se inclinou e me pegou em seus braços, me carregando de volta para a cama que abandonamos no início do sonho.

Fiquei olhando para a cama com olhos arregalados, maravilhada ao pensar que finalmente iríamos ficar juntos do jeito que eu vinha sonhando há tantos meses.

“Você tem ideia de quanto tempo esperei por isso?” Sinclair pergunteiu roucamente, inclinando a cabeça perto da minha.

Sentindo-me muito mais corajosa do que qualquer momento anterior, sorri. “Sim, mas isso acabou agora. Não precisamos esperar mais nenhum segundo.”

Seu próprio sorriso estava cheio de promessas sensuais. “Agradeça à Deusa.”

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Meu coração estava martelando contra meu peito enquanto Sinclair me deitou sobre o cobertor macio, e pela primeira vez, percebi que estava nua. Meu vestido de noite deve ter se rasgado quando me transformei, e embora eu tivesse ficado nua com aquele homem dezenas de vezes antes, aquele momento era... diferente. Parecia tão importante, porque sabia que daquela vez seria diferente de todas as outras.

Sinclair se ergueu sobre mim, seu olhar ardente percorrendo cada centímetro da minha pele exposta como se estivesse faminto pela visão do meu corpo. Sentia-me incrivelmente vulnerável, estando espalhada diante dele como um banquete a ser devorado. Nunca conheci um homem que pudesse me incendiar com um único olhar, mas Sinclair conseguia sem nem mesmo tentar.

Me permiti percorrer seu próprio corpo em troca. Sempre evitei isso no passado, mas naquele momento deixei meu olhar descer além dos músculos contornados de seu abdômen, para o enorme e duro membro em atenção contra seu umbigo. Meus olhos se arregalaram em surpresa, sempre soube que Sinclair era um homem grande, mas aquilo parecia exagero. Não tinha como aquela coisa caber dentro de mim.

Então, a risada profunda do lobo me envolveu. Uma nova onda de desafio surgiu em meu peito, e por um instante considerei fugir, mas Sinclair balançou a cabeça, ainda rindo. "Ah, não, você não vai, sua garota travessa. Você se rendeu. Isso significa que você é minha para fazer o que eu quiser."

"Tirano", acusei, lançando-lhe um olhar emburrado.