Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 107

Ella

Meus olhos se abriram abruptamente e eu me sentei na cama.

Há alguns momentos, Sinclair estava dentro de mim, de várias maneiras. Minha mão apalpou freneticamente o lugar a curva do meu pescoço. Ainda conseguia sentir as presas de Sinclair cortando minha pele, mas não parecia haver ferida no mundo real.

Não estava sangrando e não doía, embora também não tivesse doído no sonho. De repente, me lembrei das palavras sombrias de Sinclair sobre como uma marca de acasalamento não doeria se o momento fosse certo, e eu entendi muito bem.

Ainda estava em êxtase emocional pelo sonho, não conseguia acreditar que havia me tornado uma loba! Foi uma sensação incrível, diferente de tudo que eu poderia imaginar. E então havia Sinclair. Meu corpo ficou quente e meu coração ainda estava acelerado. Parecia tão real, e eu estava tão feliz por termos vivido aquele momento.

Ao mesmo tempo, perguntei-me se o sexo foi tão bom apenas porque era uma fantasia? Deve ter sido, não havia como alguém ser tão incrível na vida real... certo?

Quanto mais pensava naquilo, revivendo cada toque, cada palavra que falamos, rapidamente me vi voltando à realidade. Estava tão grata e extasiada pelo que aconteceu, mas rapidamente estava me sentindo deprimida por ter acabado. Antes que aqueles sentimentos pudessem realmente se estabelecer, no entanto, ouvi passos apressados. Em um piscar de olhos, Sinclair estava ali, parado na porta e me olhando com preocupação.

"Ella", Meu nome era um suspiro aliviado saindo de seus lábios. Percebi que ele deveria ter adormecido em seu escritório, em vez de ter vindo para a cama, mas ele estava ali naquele momento. Ele atravessou o quarto rapidamente, estendendo a mão para mim assim que ficou perto o suficiente. "Você está bem? Você desapareceu do sonho tão rapidamente!"

Aceno fracamente, meu rosto se encaixou em suas mãos. Ainda estava triste por nossa noite tão desejada ter chegado ao fim, mas não queria que Sinclair soubesse o quão miserável estava me sentindo. "Não sei o que aconteceu, um momento estávamos..." Parei de falar corando, "e no próximo eu estava aqui."

"Deusa, não consigo acreditar nisso. Venha aqui", Sinclair se acomodou na cama, me puxando para o colo dele. Ele me deu um beijo demorado nos lábios, depois encostou a testa na minha, olhando amorosamente nos meus olhos. "Minha pobre e pequena companheira, você nem teve a chance de voltar à realidade."

Uma dor floresceu em meu peito ao ouvi-lo me chamar de sua companheira, me fazendo aconchegar mais nele, ansiosa por roubar alguns momentos extras de afeto. "Bem, talvez se você não tivesse me possuído tão completamente, eu não precisaria de tanto tempo para me recuperar."

"Com certeza você não está reclamando de tanto prazer?" Sinclair provocou, me beijando novamente. "Se você não fosse tão insaciável, eu não teria que me esforçar tanto para te satisfazer."

Comecei a rir de sua declaração ridícula, mas logo em seguida, minha risada se transformou em um soluço. "Não." Implorei, "Já estou lutando para lidar com o fato de que acabou."

"Acabou?" Sinclair retrucou. "Do que você está falando?" Ele se afastou o suficiente para me olhar incrédulo. "Estrelas, Ella, você não percebe o que isso significa?"

"Não significa nada." Argumentei. "Foi apenas um sonho, esse era o ponto. Uma maneira de conseguirmos um encerramento sem complicar as coisas no mundo real."

"Mas eu sou humana." Lembrei a ele, sentindo-me cada vez mais frustrada.

"Como?" Perguntei ansiosamente, parecendo precisar daquela resposta tanto quanto eu precisava respirar.

Sinclair tirou uma das mãos do meu corpo para esfregar a nuca, e me peguei olhando para o movimento, ofendida por me usurpar o conforto do seu toque. Sinclair percebeu o olhar no meu rosto e arqueou uma sobrancelha de forma ameaçadora, me forçando a suavizar e desviar o olhar. Parecia como quando mostrei minha barriga a ele no sonho, e compreendi que algo dentro de mim estava respondendo instintivamente à sua dominância.

Somente após me submeter, ele continuou. "A coisa estranha sobre tudo isso é que normalmente, quando um lobo está adormecido, isso acontece com crianças que foram separadas, tanto de sua família quanto da alcateia. Elas crescem pensando que são humanas, mas quando atingem a puberdade e passam pela primeira transformação, seu lobo as impulsiona a encontrar os de sua espécie." Ele fez uma careta. "Nós os chamamos de adormecidos, mas, na verdade, é apenas quando uma criança está muito desconectada para que ela não sabe por que ela é diferente. Quando finalmente descobrem, um adolescente aparece na porta de uma alcateia, confuso e traumatizado, com certeza, mas finalmente entendendo por que sempre foi um estranho entre os humanos. Nunca ouvi falar de um caso em que alguém chegou à idade adulta sem seu lobo se manifestar."

"Mas você acha que é isso que aconteceu comigo?" Eu questiono, precisando ouvi-lo confirmar aquilo. "Você acha que sou um lobo e, de alguma forma, essa parte de mim simplesmente não conseguiu se manifestar?"

"Sim, querida." Sinclair sorriu, toda a confusão e mistério esquecidos por um momento. Quando ele me olhou daquela forma, senti que eu era o centro de seu universo inteiro, e droga, aquilo era viciante. "Eu ainda não sei como ou por quê, mas está bastante claro para mim que você é a pessoa que eu estava esperando o tempo todo. A Deusa te enviou para carregar esse filhote porque você é minha segunda chance de companheira." Sua mão se moveu para minha barriga, e Rafe chutou em resposta. "Você pode ser minha Luna. Finalmente poderemos ficar juntos, e não apenas em nossos sonhos."

"Mesmo?" Eu gritei, não querendo acreditar em meus ouvidos, apenas no caso de estarem errados.

"Mesmo." Ele confirmou. "Vamos descobrir como isso aconteceu e então vamos despertar seu lobo de verdade."