Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 425

Cora

Depois de me vestir, me surpreendo ao sentir um pouco de timidez ao alcançar a porta do banheiro para voltar ao pequeno quarto onde Roger está me esperando.

Porque, quer dizer, não é segredo por que estamos aqui. E Roger não é burro, ele provavelmente descobriu o que eu estava fazendo quando entrei no banheiro com uma grande caixa branca.

Mas ainda assim, sempre há algo, não é? Antecipar como será quando o homem que você ama te vê vestida de noiva pela primeira vez. E nquanto penso nisso, de repente, não consigo esperar.

Abro a porta do banheiro e volto para o quarto, meus olhos instantaneamente indo para Roger, parado perto das portas abertas para a praia, o ar do oceano levantando levemente seus cabelos na brisa.

E, como eu sabia que seria, seus olhos já estão em mim. Porque ele estava esperando. Meu rosto se ilumina com um sorriso enquanto sua expressão fica em branco.

Sinto tudo através do vínculo, que está aberto para mim agora. Sua admiração, e seu orgulho, seu amor, seu desejo, a onda avassaladora de prazer que vem ao ver o quão linda ele acha que estou agora, nesta noite, neste vestido.

Cora! — ele diz, o som do meu nome rouco enquanto sai de sua garganta apertada. Mas é a única palavra que ele consegue pronunciar, levantando a mão para cobrir a boca e balançando a cabeça para mim, apenas olhando.

Eu me viro um pouco para que esteja de frente para ele completamente, ainda sorrindo tanto que meu rosto pode começar a doer se eu continuar assim por muito tempo.

Então, você gostou? — pergunto, me virando um pouco para que ele possa ver mais do vestido, ver como os bordados captam a luz do fogo e fazem o vestido parecer incandescente na escuridão brilhante deste pequeno quarto.

Ele apenas me olha por um momento antes de um rosnado baixo roncar em seu peito, sua única resposta. E eu começo a rir e atravesso o quarto até ele, estendendo minhas mãos.

Roger pega minhas mãos quando eu contorno a cama, usando-as para me puxar para mais perto, para que ele possa deslizar suas mãos pelo meu corpo, sentindo as intricidades do vestido por si mesmo, assim como o contraste que ele apresenta com a pele nua das minhas costas, meus braços. Ele abaixa o rosto para o meu, me beijando suavemente, enquanto traça as pontas dos dedos ao longo da minha espinha, enviando arrepios por todo o meu corpo.

Então, lentamente, ele se afasta e dá um passo para trás.

— Eu não sei o que eu quero… Não consigo decidir… Eu quero você perto, para poder manter minhas mãos em você? Ou longe, para poder ver novamente o quão linda você está? Deus, Cora… Este vestido foi feito para você…

Eu franzo o nariz e sorrio para ele, terrivelmente satisfeita.

— Fico feliz que você goste! — murmuro, envolvendo meus braços em sua cintura. — Eu também gostei. Ella me fez experimentar milhares. Mas este foi o que eu mais gostei.

Bem, é perfeito! — ele suspira. — É uma pena que eu vá ter que rasgá-lo em pedaços quando arrancar ele do seu corpo em, tipo, trinta segundos...

Eu respiro fundo e me afasto, minhas mãos segurando defensivamente o vestido em meu peito.

— Roger! Não ouse!

Eu não sei, Cora! — ele murmura, balançando a cabeça para mim e diminuindo a distância entre nós novamente, faminto. — Eu não sei se vou conseguir evitar. Como você conseguiu colocar essa coisa, afinal? Eu nunca vou ter paciência para milhares de pequenos botões de pérola…

Há um zíper! — digo, dando um tapa nele. — E você vai respeitar o vestido! Ele é precioso para mim! Eu…

Então hesito, corando, porque eu mesma agora estou prestes a dizer algo muito sentimental.

O que? — Roger diz, com sua boca se curvando enquanto ele sente isso. — Me diga.

Não! — digo, rindo e olhando para baixo, balançando a cabeça.

Cora! — ele diz, com um aviso e um comando em sua voz. E embora isso normalmente não faça nada por mim, eu não tenho real intenção de deixar Roger ser o chefe de nossas vidas, como Ella e Sinclair, seus dedos gentis sob meu queixo, virando meu rosto para ele, me persuadem mais completamente. — Por favor. Eu quero saber.

Eu sorrio para ele enquanto ele me coloca no chão, meus dedos cantando um pouco ao tocar a areia. Eu amo a praia, sempre amei.

Bem, isso é muito romântico! — eu digo, olhando para a lua. — Além disso, precisamos de uma testemunha.

Não! — Roger diz, balançando a cabeça e pegando o cobertor das minhas mãos, o sacudindo e o estendendo em um retângulo nítido na areia. — Cerimônias de acasalamento, elas não precisam de testemunhas, a menos que você queira. Elas falam por si mesmas. Uma vez que você tem minha marca, é... Apenas conhecido, eu acho.

Um arrepio percorre meu corpo ao pensar nisso, meu lobo começando a ofegar ansiosamente em antecipação. Ela tem desejado isso por muito tempo, eu sei, e me frustrou por continuar adiando. Mas... Eu estava certa.

Porque este momento? É tão perfeito que eu não teria querido sua marca em nenhum outro lugar, em nenhum outro momento, de nenhuma outra maneira.

Roger estende a mão para mim, e eu sorrio e a pego, e então avançamos para o cobertor, nos movendo para o centro. E então, para minha surpresa, Roger se ajoelha.

Eu não faço perguntas, apenas sigo o exemplo, me virando para encará-lo, nossas mãos levemente entrelaçadas entre nós, nossos joelhos se tocando.

Eu sorrio para o meu companheiro, que parece incrivelmente lindo à luz da lua, com o ar da noite soprando entre nós. E ele sorri de volta para mim, balançando a cabeça um pouco maravilhado. Então ele se prepara, seu rosto ficando sério.

Eu te aceito, Cora! — ele diz, com sua voz baixa e suave. — Como meu amor e minha companheira, pelo resto de nossas vidas e o que vier depois. Eu prometo a proteção do meu corpo e o calor do meu espírito. Eu vou te abraçar nas noites escuras e nos dias claros. Eu te amo, simplesmente, para sempre. Eu sou seu e você é minha.

Algo queima calorosamente em mim com isso, uma coisa brilhante e dourada se envolvendo em torno do vínculo que já existe entre nós, sua promessa, a tornando verdadeira, fortalecendo-a.

Roger sorri para mim, gentil.

— Sua vez. — sussurra ele.