Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 583

-Não participou da luta, Ben?- Rafe pergunta, sorrindo para ele.

-Não, não estava a fim de levar um soco do campeão nacional,- Ben brinca, apontando para o rosto, -Tenho muita beleza aqui para arriscar isso.- Eu sorrio para Ben enquanto ele afunda na cadeira de Jesse. Jesse nos dá um aceno enquanto vai imediatamente para o banheiro para um rápido banho.

-Como foi o treino?- Rafe pergunta a Luca, sorrindo. -Você está pronto? A luta está chegando.

-Oh, estou pronto,- Luca diz, dando alguns socos de prática no ar. Minhas sobrancelhas se levantam, porque honestamente ele se move tão rápido e com tanta força que mal consigo ver suas mãos se moverem quando faz isso. -Vou mandar Atalaxia para o último século, primeiro round.

-Eu gostaria que você fizesse isso,- Rafe suspira. -Aparentemente, a tecnologia deles está avançando.

Eu meio que escuto enquanto Rafe e Luca conversam casualmente sobre a guerra por alguns minutos antes de Jesse sair do banheiro enrolado na toalha e Luca entra, aproveitando o luxuoso banheiro como sempre faz quando tem a chance. Os banheiros dos outros cadetes são, aparentemente, bem diferentes do que temos aqui.

Quando Luca sai alguns minutos depois, vestido com um pijama sobressalente de Jesse, ele imediatamente se joga no sofá ao meu lado, seus olhos se fechando.

-Está cansado?- Pergunto baixinho.

-Se você está perguntando se seu primo me venceu,- Luca murmura, sorrindo um pouco, -a resposta é não. Ele é lento, como lutar contra um caracol.

-Falso!- Jesse chama, bocejando, da cama. -Sou ágil, como um coelho. Só peguei leve com você.

Deixo minha mão cair ao lado da perna de Luca, onde Rafe não pode ver claramente, deixando meus dedos acariciarem o tecido do pijama do meu companheiro. -Tenho certeza de que você o venceu facilmente, como ele merece,- respondo com um suspiro feliz. -Mas, como você percebe, estou perguntando se você está cansado.

-Sempre,- Luca responde, bocejando e olhando para seus livros com um gemido. -Deixe-me...fechar os olhos aqui por um minuto ou dois.

-Luca,- eu gemi, dando um tapa de leve na perna dele. -Você também precisa estudar!- De todos nós, ele estuda muito menos, o que sempre me preocupa. Ele não está tão preocupado com o Exame como Ben e eu, mas é certamente o mais em risco de reprovar de acordo com suas disciplinas regulares.

Pelo menos, foi o que pensei até receber minha prova de Química hoje à noite. Faço uma careta, olhando para ela.

-Vou estudar amanhã,- Luca murmura, sua voz leve e despreocupada. -Você pode ser a inteligente entre nós, Ari, não me importo.

-Será triste sem você aqui no próximo semestre, Luca,- suspiro, dando outro tapa na perna dele e voltando para meus próprios livros. Ele apenas sorri e balança a cabeça, mantendo os olhos fechados.

Quando chega a hora de dormir um pouco mais tarde, faço o meu melhor para levantar sem perturbá-lo, indo para o meu canto com equações químicas correndo em minha mente. Quando Rafe também se levanta e se aproxima para sacudir o ombro de Luca, estendo a mão em direção a ele, balançando a cabeça.

Rafe franze a testa para mim, silenciosamente perguntando por que, e me aproximo, sussurrando. -Ele está cansado, Rafe, qual é o problema? Ele vai dormir tão bem no sofá quanto na cama.

Rafe apenas dá de ombros, concordando com o ponto e não se importando realmente. Ben acena adeus para nós, saindo pela porta, enquanto espalho minha manta verde sobre Luca, o aconchegando para que ele fique quente e aconchegante. Então aceno boa noite para Rafe e Jesse por cima do ombro enquanto, exausto, me deito na cama.

Apago minha lâmpada, notando o resto do quarto escurecendo além da minha cortina, fechada esta noite para um pouco mais de privacidade. Então deito minha cabeça, tirando meu boné e desfazendo minha trança apertada, passando os dedos pelo meu couro cabeludo e me perguntando se verei Luca no estado dos sonhos esta noite, quando ele está tão cansado.

E embora eu realmente queira que ele descanse, espero desesperadamente vê-lo lá. Porque enquanto passamos nossas noites rindo companheiramente com nossos amigos...

O estado dos sonhos é onde realmente brilhamos.

Eu encontro Luca no estado dos sonhos praticamente todas as noites agora, e, como prometido, ele passa nosso tempo lá me ensinando muito sobre mim mesma e meu corpo. Ainda não fomos muito longe, sexualmente - realmente é apenas muitos beijos e carícias, com Luca respeitando o fato de que estou ditando o ritmo. Mas na última semana ou mais, especialmente, as coisas ficaram...quentes.

Eu cedo, então, instantaneamente - metade pelo tom triste e desesperado de suas palavras, metade porque eu, também, tenho desejado isso. E assim eu me enrolo com meu companheiro, escondendo minha cabeça sob seu queixo e envolvendo meus braços ao redor dele, até deixando minhas pernas se enroscarem com as dele sob as cobertas.

Instantaneamente, sinto ele relaxar, sinto sua respiração suavizar, sinto seu coração desacelerar com a certeza de tudo isso. Eu abaixo minha cabeça, dando um beijo em seu peito enquanto deixo minha mão deslizar pelo comprimento de seu torso, mergulhando sob as cobertas e então desabotoando sua camisa para passar meus dedos ociosamente pela pele de suas costas. Ele se mexe um pouco, sensível, mas consigo sentir ele sorrir e então se inclinar para o meu toque.

Não imaginaria que o campeão nacional de boxe fosse tão sensível, eu murmuro em sua mente.

Sou uma deliciosa mistura de contradições, Luca responde, sua voz mental sonolenta e feliz. Ele esfrega a bochecha ao longo do meu cabelo, sentindo a maciez dele contra seu rosto, um gesto doce e lupino que vai direto ao meu coração.

Eu suspiro, me aninhando contra ele. Vou ter que queimar essas roupas de dormir e essas lençóis, eu murmuro para ele, você está deixando seu cheiro fedorento por toda parte em mim. Estou brincando, no entanto - nenhuma parte de mim está realmente chateada por ter meu companheiro se infiltrando na minha cama no meio da noite.

Poderia apenas tirar essas roupas de dormir agora, Luca comenta casualmente, fazendo minha cabeça voar para encará-lo. Deixe-me espalhar meu cheiro por todo o seu corpo em vez disso.

Eu recuo um pouco, estreitando os olhos. Nós não vamos fazer NADA nesta cama esta noite, senhor, eu o informo, minhas palavras firmes. Não com meu irmão e meu primo separados de nós apenas com um pedaço de tecido de veludo.

Eu sei, Luca responde, suspirando, mesmo enquanto sua mão desliza pelo meu corpo, mais baixo do que já foi na vida real. Um arrepio passa por mim quando sua palma larga se move sobre minha bunda e desliza pela minha coxa, puxando minha perna sobre ele para que meu joelho se erga sobre seu quadril. Ele dá um beijo suave e silencioso em meus lábios.

Como eu disse, ele continua, mente a mente, eu só quero te abraçar, Ariel. Estou doente de vontade de ter você em meus braços. Não parece certo, ter você ao meu lado o tempo todo e não poder te agarrar, e beijar você, e te jogar sobre meu ombro e te levar para a cama–

Eu rio agora, trabalhando para sufocar o som, balançando a cabeça para ele na escuridão antes de dar um beijo em sua boca. Vá dormir agora, garoto, eu digo, fechando os olhos e deixando minha cabeça cair no travesseiro. Nós vamos conversar lá.

Meu lindo companheiro assente, seus próprios olhos se fechando, e então - nariz a nariz - nós adormecemos.