Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 69

POV: Sinclair

Já era meio da manhã quando saio da casa de Roger ligando para o número de telefone da Cora, tanto porque ela precisava saber o que aconteceu, quanto porque eu precisava de ajuda para cuidar de Ella. Apesar das promessas do médico, estava preocupado que a Ella não se recuperasse tão rapidamente como ele estava prevendo, e se alguém sabe o que esperar, com certeza seria a irmã dela.

"Senhor Sinclair?" Ela soou incerta ao atender, como se suspeitasse que o identificador de chamadas pudesse estar mentindo para ela.

"Bom dia, Cora." A cumprimentei, respirando fundo. "Desculpe incomodá-la enquanto você está no trabalho, mas estou ligando com algumas más notícias."

Eu podia sentir a ansiedade em sua respiração ofegante, e a preocupação impregnada em sua voz suave. "A Ella está bem? E o bebê?"

"Os dois estão em casa descansando." Compartilhei, esperando que isso acalmasse o pior de seus medos. "Mas houve outro ataque ontem à noite."

"Outro?" Cora exclamou, a indignação se misturando em sua voz enquanto continuava. "Eu pensei que você fosse esse Alfa todo poderoso, você deveria estar a mantendo segura! Minha irmã te conhece há um mês e já teve pessoas tentando matá-la duas vezes!"

Entendia sua indignação e concordava plenamente. "Eu sei. Você tem todo o direito de estar chateada comigo. Não estou muito feliz comigo mesmo agora... Eu falhei com ela." Confessei, suspirando pesadamente. "Até agora, não estou me mostrando um bom pai."

"Eu..." Cora pareceu não saber o que fazer com isso. "Tsc," Ela limpou a garganta. "Bem, ela está bem? Ela precisa de algo?"

"Ela está um pouco machucada, mas tenho medo de que o pior dano seja psicológico. Não foi como da última vez. Ela... ela não me reconheceu depois." Me perguntei se a humana podia ouvir o quanto esse detalhe em particular me perturbava, mas quando ela permanece em silêncio, eu continuei. "Ela está em um estado profundo de choque, o médico usou a palavra dissociativa, como se ela tivesse se desconectado completamente do corpo para proteger a mente."

Cora xingou, mas não pareceu surpresa. "Vou sair do trabalho agora mesmo." Ela ofereceu "Posso estar aí em meia hora."

"Espere." Aconselho "Ela foi sedada e não tenho certeza de quando irá acordar." Por um momento, debato se devo ou não expressar meu próximo pensamento. Ella não falou muito comigo sobre sua infância, mas eu sabia que ela se sentia muito protetora em relação à sua irmã. Além disso, lembro-me de como ela agiu depois do ataque no beco, recusando-se a mostrar sua angústia para Cora, insistindo que estava bem. "E... eu não quero parecer insensível, porque eu sei que você ama a Ella e quer estar com ela, mas tenho medo de que se você estiver lá, ela vai se concentrar tanto em não te preocupar, que vai tentar fingir que nada aconteceu e ignorar seu próprio bem-estar."

Cora pensou sobre isso por um minuto. "Você provavelmente está certo sobre isso. Ella sempre foi a cuidadora... ela realmente não sabe lidar com a situação sendo invertida."

"Então eu aprendi." Murmurei em voz alta. "Então acho que seria melhor esperar alguns dias."

"Tudo bem." Cora concordou "Mas eu ainda posso te ajudar, eu conheço todos os confortos que ela gosta, as coisas que a acalmam melhor, posso te enviar uma lista."

"Isso seria maravilhoso." Expresso honestamente, grato por ter decidido fazer essa ligação antes de Ella acordar. Quando ela voltar à consciência, posso ter todas as coisas favoritas dela prontas e à mão para confortá-la.

"Mas Sinclair." Cora interrompeu meus pensamentos.

"Por favor, me chame de Dominic, Cora." A corrijo gentilmente.

"Dominic" Ela repetiu pacientemente. "Não é meu lugar contar os detalhes..., mas acho que você deveria saber."

"Sim?" Eu a incentivei, tendo uma premonição terrível de que não quero ouvir o que quer que seja que ela estava prestes a dizer.

"Bem, eu nunca fui capaz de recusar qualquer coisa para Ella quando ela estava sofrendo." Cora comentou, parecendo desanimada, "Especialmente quando a culpa é minha. O que significa que eu nunca questionei a invasão dela, eu apenas... bem, acho que a incentivei, deixando-a me dizer o que ela quer e nunca questionando ou resistindo se é saudável."

Parecia que Cora e eu tínhamos mais em comum do que eu havia percebido. Também parecia que ela era mais perspicaz do que eu lhe, dei créditos a isto, pois estava recebendo sua mensagem alta e clara. Posso estar me culpando por colocar Ella em perigo, mas não posso deixar que essa culpa me faça superprotegê-la. "Mas você um Alfa." Ela elaborou. "Então talvez você consiga fazer o que eu nunca pude, não a deixar fingir que está tudo bem."

"Você pode contar com isso", concordei, levando essa missão a sério. Ella era minha responsabilidade, e estava no meu sangue cuidar da minha matilha. Apesar de ser humana, Ella era parte da matilha agora, e eu conhecia algumas maneiras que certamente sua irmã não conhecia. Também sei algumas coisas sobre ajudar lobas teimosas a encontrar paz interior e, pelo que vi, Ella não seria diferente.

"Obrigado por me contar, Cora." Agradeci com sinceridade. "E obrigado pelo conselho. Vou ligar para você assim que Ella estiver pronta para receber visitas."

"Boa sorte." Cora ofereceu "E me avise se precisar de mais alguma coisa."

"Eu vou." Desliguei, percebendo que conversar com a irmã de Ella mudou completamente minhas expectativas para o que as próximas horas reservariam. Eu estava preparado para que Ella acordasse em outra névoa ou voltasse para casa em um estado deplorável, mas se o médico estiver certo e ela estiver lúcida, provavelmente lidarei com uma humanazinha muito obstinada em total negação.

Quando o e-mail de Cora chegou na minha caixa de entrada, listando todas as comidas, músicas, filmes e atividades favoritas de Ella, faço um desvio para a loja. Abastecendo-me de velas, óleos essenciais, banho de espuma, esfoliantes e máscaras sofisticadas, chocolate amargo, flores e vários mantimentos, planejo exatamente como vou arrumar meu quarto assim que chegar em casa. Esperando conseguir fazer tudo antes de Ella acordar e também estou rezando para estarmos errados sobre a propensão de Ella de enterrar seus traumas.

No entanto, sei que minhas preces não foram atendidas assim que entrei em meu quarto e descobrir que Ella não apenas estava completamente acordada, mas estava em pé no meio do quarto instruindo sua costureira a costurar mangas em seu vestido de baile para cobrir seus curativos. No meio de toda a excitação, eu realmente esqueci que o baile de máscaras era hoje à noite, mas Ella, pareceu não ter esquecido.

Ela sorriu para mim em cumprimento, mas eu só conseguia olhar fixamente e resposdes: "O que, pelo amor da Deusa, você pensa que está fazendo?