Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 772

Jackson e eu olhamos para Tony ao mesmo tempo, percebendo que cometemos um erro. Cora e Jesse sorriem, captando as coisas instantaneamente enquanto se sentam juntos nas poltronas.

-Eu pensei que Ariel Sinclair estava acasalada com Luca Grant,- Tony diz, sorrindo para mim e acenando para a porta onde ele acabara de sair.

-Hum,- eu digo, minha voz alta e formal.

-Isso foi apenas um boato de tabloide?- Tony pressiona, inclinando-se um pouco para frente e acho que se divertindo. -Ou foi aquele beijo na luta de boxe um subterfúgio, destinado a distrair o público? Ou isso...- ele diz, apontando um dedo entre nós, -de alguma forma ilícito?

Jackson apenas rosna um pouco, seus olhos em Tony enquanto seu braço se aperta em volta de mim, acho que uma reação principalmente não intencional à sugestão de que nossa conexão é ilegítima.

-Oh, ela também está acasalada com Jackson,- minha mãe interrompe enquanto Rafe se levanta e os dois se juntam à mesa também. Rafe se vira para a mãe com a boca aberta, chocado que ela tenha revelado o segredo assim, mas a mãe apenas acena com a mão como se pudesse dissipar a tensão como fumaça no ar. -Honestamente, esse drama é o menor de nossas preocupações hoje.

Tony levanta as sobrancelhas para mim e eu apenas dou de ombros enquanto Jackson dá uma mordida bastante feroz em seu sanduíche, desafiando Tony a duvidar por um segundo que ele é meu companheiro. O rosto de Tony se ilumina com um sorriso e eu me esforço para conter o meu.

-Legal,- Tony diz, dando de ombros e aparentemente aceitando a notícia de boa, acenando para Jackson para deixá-lo saber que está tudo bem. O braço de Jackson se afrouxa em volta de mim, apenas ligeiramente. -Então... não que eu me importe com a ausência dele, porque acho que ele está cheio de besteira, mas... se isso é aula de magia, onde está Alvez?

-Jackson deu um soco nele,- Jesse diz feliz, recostando-se em sua cadeira com um sorriso astuto, observando o rosto de Tony empalidecer com suas palavras.

-Você está falando sério?- Tony respira, virando-se para encarar Jackson.

-Só um pouco,- Jackson diz com um encolher de ombros antes de dar outra mordida enorme em seu sanduíche e depois pegar outro. -Então Jesse o pegou com sua magia das sombras e sacudiu a alma do Deus das Trevas. Acho que isso é o que realmente o derrubou.

Tony empalidece ainda mais, sua boca se abrindo.

-Tony, ignore-os,- Rafe diz com um suspiro, olhando entre Jesse e Jackson enquanto também se serve da comida. -Eles estão apenas tentando se superar um ao outro.

-Então,- Tony diz, olhando agora para Rafe, ainda claramente um pouco abalado. -Nada disso aconteceu?

-Não, aconteceu,- Rafe diz com um suspiro, fazendo Tony empalidecer ainda mais. Rafe se apressa em uma rápida explicação então para o bem de Tony - porque é claro que contamos tudo para a mãe e Cora assim que chegaram aqui - de como o poder de Jesse se manifestou na noite passada, e então Alvez me prendeu no quarto, e como eles arrombaram a porta e Jesse forçou o Deus das Trevas a sair de Alvez e agora Alvez está em seu quarto, abalado mas dormindo depois que a mãe também o curou.

-O que diabos,- Tony respira, olhando para todos nós. -Quero dizer, eu estava considerando aceitar o convite de vocês para jantar mas... agora não tenho certeza se quero me juntar a esse grupo de amigos.

A boca da mãe se abre em protesto de que alguém não queira sair com seus queridos.

-Sem ofensas, alteza,- Tony diz, recostando-se nas almofadas do sofá. -Isso parece ser uma manhã e tanto.

-Foi,- eu suspiro, pensando na única coisa que estou escondendo de todos, querendo falar com a mãe sobre isso em particular antes de qualquer outra pessoa.

Ainda assim, Jackson olha para baixo para mim com uma carranca, sentindo minha preocupação e enviando uma pequena pergunta para mim, perguntando se estou bem. Eu me aninho mais perto dele, olhando para cima em seu rosto, acenando rapidamente para deixá-lo saber que está tudo bem. Ele acena de volta e volta sua atenção para a minha mãe.

-Bem, como você pode imaginar, Tony,- minha mãe diz, colocando um cookie meio comido em seu colo e olhando ao redor para todos nós de forma equânime. -O Professor Alvez não está precisamente em condições de ensinar neste semestre. E, considerando que vocês até agora estiveram trabalhando com um Deus das Trevas que muito provavelmente estava ativamente trabalhando contra qualquer um de vocês aprender algo real sobre suas habilidades mágicas,- ela faz uma careta, pedindo desculpas silenciosamente por isso, -claramente, precisamos fazer algumas mudanças aqui.

-Hora de estudo?- Jesse pergunta ansiosamente. -Hora da soneca?

Cora dá um tapa em seu joelho, mesmo enquanto ri. Ele sorri de volta para ela, me fazendo sorrir também ao vê-los.

-Não,- minha mãe diz, radiante para todos nós. -Cora e eu vamos assumir sua aula de magia! Não é ótimo!? Vamos ser suas novas professoras!

-Bem, vamos começar,- Cora diz com um suspiro, inclinando-se para a frente e olhando ao redor de nós, o lado mais acadêmico e analítico da minha tia vindo à tona, acho que um pouco ansiosa para ter um problema para resolver.

-Espera, mãe,- Jesse diz, estendendo a mão em direção a ela. -Obviamente, estou empolgado com a ideia de você vir aqui toda semana para trabalhar conosco, mas…- ele hesita, olhando entre sua mãe e sua tia, -o que diabos te qualifica para ser nossa professora?

Cora encara seu filho por um momento, sobrancelha arqueada, claramente perguntando silenciosamente se ele quer repensar aquela pergunta. Jesse explode em um sorriso, acho que tanto entretido quanto ligeiramente aterrorizado de sua mãe neste instante.

-Eu acho que o que nos qualifica, sobrinho meu,- a mãe diz, também um pouco irritada, -é primeiro que ambas Cora e eu somos usuárias experientes de magia, e segundo... que ninguém mais quer o emprego.

-O quê?- Eu pergunto, inclinando para a frente, rindo um pouco.

-Alvez foi um dos dois candidatos que recebemos quando anunciamos isso alguns anos atrás,- a mãe diz, rindo. -E ele era tão legal! Pelo menos... antes de ser possuído.- Ela dá de ombros. -Não há muitos usuários de magia por aí, e aqueles que são não estão precisamente entusiasmados com a ideia de se mudar para um castelo remoto para secretamente ensinar um bando de garotos Alfa.

-E garotas, agora,- eu digo, levantando meu biscoito em um brinde a mim mesmo.

-E garota,- a mãe concorda, piscando para mim e levantando seu próprio biscoito em direção ao meu. Fingimos brindar e então rimos, dando mordidas.

Todos nos ignoram.

-Alguma outra pergunta, amado primogênito?- Cora pergunta, virando-se para Jesse.

-Sim, na verdade,- ele diz com um sorriso irônico, virando-se para sua mãe com os braços cruzados, claramente prestes a interrogá-la sobre suas qualificações. Mas antes que ele possa, Cora apenas levanta a sobrancelha novamente, levanta a mão e estala os dedos uma vez.

Instantaneamente, uma nuvem aparece acima de Jesse e despeja uma grande quantidade de chuva sobre ele em um único jorro, fazendo-o arfar e pular da cadeira enquanto um pequeno e adorável trovão resmunga pela sala.