Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 777

Há um zumbido feliz na sala de aula de magia pela primeira vez, com a mãe balançando as pernas enquanto está sentada na mesa e Cora apoiada ao lado dela.

Todos nós nos viramos quando nosso último aluno chega à porta.

-Olá, inimigos-, diz Tony, rindo enquanto se apoia no batente da porta, os braços cruzados casualmente sobre o peito.

Eu rio mesmo quando a mãe pula da mesa, rindo e se movendo rapidamente para o lado de Tony, segurando-o pela mão e puxando-o para dentro da sala enquanto fecha a porta atrás dele.

-Tony, nós realmente sentimos muito-, diz Rafe, olhando rapidamente para o rosto dele quando Tony entra mais completamente na sala, caminhando em direção à sua mesa habitual. -Nós tentamos, mas...

-Está tranquilo-, diz Tony, piscando para Rafe e dando um aceno para Jackson. -Não estou levando para o lado pessoal. Será apenas chato ter que tirar todos vocês, um por um.- Ele nos piscou um olho.

-E como você faria isso?- Rafe pergunta, virando-se para ele com interesse, assim como o resto de nós. -Os Embaixadores só são enviados para os Jogos com uma pistola de seis tiros. Você acha que isso será o suficiente?- Ele levanta a sobrancelha, não deixando Tony saber o fato de que Ben já nos revelou o segredo de que Tony não está categoricamente na trilha do Embaixador.

-Oh, tenho certeza de que posso fazer algo funcionar-, diz Tony, nos dando um sorriso fácil que enruga seus olhos, o que claramente indica - pelo menos para mim - que ele vê a pergunta por trás da superfície e não tem intenção de nos revelar seu segredo, seja lá o que for.

Mas ainda assim, o jeito que Rafe continua a se irritar um pouco com Tony me incomoda. Por que ele simplesmente não acredita em mim e na mãe quando dizemos que Tony está tudo bem?

-Nós faremos valer a pena para você-, digo, direcionando meu melhor sorriso de Princesa para Tony, tentando comunicar que estou do lado dele e disposta a brincar mesmo que Rafe não esteja. -Se você cuidar de Luca e conseguir matar Wright nos primeiros cinco minutos.

-Ah é?- Tony pergunta, sorrindo para mim.

-Eu lhe devo um favor pessoal-, digo, rindo e pressionando a mão no peito, fazendo-lhe uma pequena reverência. -O que, vindo de uma princesa, sempre vale a pena ter.

-Posso saber o que esse favor poderia valer se eu trocasse por dinheiro?- ele pergunta, erguendo uma sobrancelha, me fazendo sorrir.

-Ok, chega de falar sobre isso esporte-, Cora diz com um suspiro, nos fazendo todos virar para ela enquanto a mãe se impulsiona de volta na mesa e sorri para sua irmã. -Vamos deixar de lado toda essa discussão desagradável sobre assassinato e focar no que realmente importa.

-Sim, vamos falar sobre mim-, diz a mãe, jogando o cabelo para trás do ombro, convencida.

-Ou,- Cora diz com meio suspiro, enviando um olhar de lado para a mãe, -desenvolver habilidades mágicas.

-Ou isso-, diz a mãe com um suspiro de contentamento, sorrindo para todos nós.

-Vamos nos dividir em grupos menores em um minuto-, Cora diz, olhando ao redor para nós com interesse, -mas primeiro, como Tony e Ariel já apresentaram sua magia ao grupo-, ela diz, -pensamos talvez... Jesse e Jackson? Poderiam?

Tanto Jesse quanto Jackson ficam tensos em suas cadeiras quando todos nós viramos a cabeça para olhar entre eles, para avaliar suas reações.

Jackson é o primeiro a limpar a garganta. -Bem, hum-, ele diz, estendendo a mão na frente dele. -Não há muito para... provar. Minha magia é incrivelmente útil, mas muito menos visualmente impressionante do que os outros três.

-Quer dizer, nós sentimos, porém-, digo, virando a cabeça para olhar para cima no rosto de Jackson. -Eu e Jesse e Rafe. Você quer tentar com os outros?- Levanto as sobrancelhas para ele e Jackson apenas me olha, os olhos estreitando um pouco, claramente não querendo. Eu rio um pouco, estendendo a mão para dar um empurrão no braço dele. -Ah, vamos lá, Jacks-, digo, sorrindo para ele. -Será que valerá a pena saber se você pode passar sua energia para os outros, não é?

Ele suspira, balançando a cabeça para mim. -Por quê, para que eu possa alimentar toda a força militar do Vale da Lua se necessário?- ele pergunta.

-Ou, sabe-, digo, dando-lhe um sorriso feliz e batendo um dedo no ar. -Apenas nos dar o nosso impulso matinal.

Jackson rosna um pouco, não muito satisfeito com a ideia, mas então se vira para Tony com a mão estendida.

-Desculpe-, Tony diz, olhando alegremente para a mão de Jackson. -Por mais que seria bom segurar sua mão, Jacks, o que... o que está acontecendo?

-Eu posso dar minha energia para Ariel-, diz Jackson, sem emoção. -Através do nosso vínculo. Ela pode passar energia para o irmão e primo através do nosso vínculo.

-Eles... têm um vínculo?- Tony pergunta, olhando curiosamente ao redor de Jackson.

-Eles têm desde que eram bebês-, diz a mãe, suspirando feliz, acho que em alguma lembrança.

-E daí?- Jesse pergunta, virando-se para Tony, confuso.

-Então, Jackson te ajudou?- Tony pergunta, franzindo o nariz enquanto tenta juntar as peças. -Por que ele estava lá?

Todos nós ficamos... um pouquinho quietos enquanto viro minha cabeça para Tony, uma carranca em meu rosto enquanto o encaro.

Seus lábios formam um -o- muito cuidadoso enquanto olha para mim e para minha mãe, que está estudando o teto muito diligentemente, fingindo que ainda não entendeu isso.

-Seguindo em frente-, diz Cora, de forma muito casual, virando seu sorriso divertido para Jesse. -Jess, se você não quiser, não precisa. Mas... eu adoraria ver você tentar.

Jesse suspira e olha para sua mãe, balançando a cabeça um pouco como se estivesse se perguntando como deveria dizer não a isso. Ela sorri para ele e ele respira fundo antes de olhar novamente para Jackson.

Jackson lhe dá um aceno profundo e encorajador, deixando Jesse saber que ele está ali.

E assim Jesse fecha os olhos por um segundo - acho que imitando um pouco Jackson quando ele passa sua energia para mim - e respira fundo.

E quando ele solta o ar?

Meus olhos se arregalam quando as sombras começam a se infiltrar novamente nele, ansiosas. Os olhos de Jesse imediatamente se abrem quando ele olha para si mesmo, começa a respirar pesadamente.

-Com calma, querido-, diz Cora, sua voz totalmente tranquila.

Jesse olha para cima novamente, seus olhos se fixando nos dela, e ela lhe dá um aceno profundo e firme.

E assim Jesse se acalma, deixando as sombras se infiltrarem mais completamente nele, acho que entrando em pânico um pouco ao vê-las sair e livres, mas... deixando-as existir.