Em seu lugar 2-Allah! A polícia não!

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Suspirando caminho até à cozinha e dou uma olhada na geladeira. Com o dinheiro que dei a Nadir, ela comprou algumas coisas, mas já estão acabando. Sobrou apenas queijo branco, um pedaço pequeno de carne e três ovos.

Resolvo fazer uma omelete para comer com pão pita. Ultimamente não tenho conseguido comer muita coisa, toda essa situação suprimiu minha fome. Na verdade, o que está me fazendo insistir em comer é a consciência que preciso ficar bem, pois minha irmã precisa de mim forte.

Encontro uma frigideira dentro do gabinete da pia. Despejo os ovos batidos com cebola, sal e temperos. Ouço um estrondo vindo da porta da sala. Dou um salto para trás com o susto.

O vento?

Ou alguém?

Com coração acelerado, desligo imediatamente o fogo e fico por um momento estática, apavorada.

Um homem entra na cozinha. Seus olhos negros hostis caem sobre mim e passam insolentes pelo meu corpo, como se me avaliassem.

Sinto-me encurralada dentro daquela minúscula cozinha.

Eu a caça e ele o caçador.

Ele é alto, cabelos negros, pele bem bronzeada que contrasta com a camisa branca semiaberta que ele usa por debaixo de um terno preto sob medida. A barba semicerrada lhe dá um certo charme. Percebo que mesmo nessa situação tão aterradora, nunca vi um homem tão atraente em toda a minha vida.

Desvio meu olhar, pois não consigo encará-lo por muito tempo nos olhos.

E agora? Me pergunto.

Com certeza ele veio atrás de minha irmã! Allah! Minha irmã não tem condições de enfrentar tudo e todos doente daquele jeito.

Nessa hora ouço alguém fechar a porta na sala, isso significa que ele não está só.

— Adara Houssen Mahir. Creio que não precise explicar a minha entrada. —Ele diz com uma voz grave e profunda.

Levanto o rosto. Pálida, nervosa, fecho as mãos para elas pararem de tremer.

— E o Senhor, quem é?

Ele arqueia uma sobrancelha.

—Um grande amigo da viúva que você roubou, sua....

para mim sem encontrar um nome apropriado para

Estremeço. A tensão é quase palpável.

— Quero elucidar que vou pagar cada centavo, mas preciso de um tempo para isso. Minha intenção sempre foi pagar. Quanto ao que fiz, sei que errei, agi por impulso, pois precisava do dinheiro.

— Ah, mas vai pagar mesmo. E pelo visto, o dinheiro foi muito bem gasto. — Ele diz passando os olhos insolentes pelo meu vestido branco tubinho e que molda meu corpo. O comprimento é um pouco acima dos joelhos.

Ele se aproxima de mim e eu dou um pulo para

—Não me toque. —Ergo as mãos.

Ele para e sorri de um jeito bem, mas bem diabólico.

Você irá me acompanhar. Por bem ou por mal. — Seu sorriso é frio, seus olhos uma pedra de gelo, mas se aquecem quando ele corre pelo corpo novamente. — Você é realmente linda, mas uma odalisca sem vergonha, podre e vulgar. Então, não se preocupe, eu não me sujaria com você. Mas você irá me acompanhar e pagar

— Sinto vontade de gritar, mas tento argumentar. — Eu já disse que

Ele diz rude.

sua intenção fosse pagar, não teria

nervosamente as mãos em meus cabelos longos, os puxando para o lado

Eu estava assustada. Mas estou aqui, não

disfarçar as lágrimas que surgem em meus olhos, logo que as sinto, as limpo. Mas é difícil esconder o tremor das minhas mãos, pois a amargura e a falta de fé no futuro me

garante que não irá fugir

a minha cabeça, tentando buscar argumentos, mas não encontro nenhum. Se ao menos eu soubesse quem é o homem que enganou minha irmã e fugiu com