Vincenzo Fraga
Estava nítido o ciúmes na cara da Sara, a Melinda logo saiu do abraço, e a minha namorada correu até nós dois primeiros me abraçou e tentou abraçar a Melinda, mas a mesma se afastou ela odeia falsidade.
- Como está meu enteado? Tem fotos? - ela perguntou toda entusiasmada.
Estendi a foto para ela, que deu um pulo na minha frente para pegar a foto.
- Olha que fofinho, já sabe se é menino ou menina? - ela perguntou com um sorriso olhando para a foto do ultrassom.
- Ainda não sabemos - responde.
- Eu não vejo a hora de saber o sexo, podemos usar o quarto de hóspedes para fazer o quarto do bebê, se for menina ele vai ser todo rosa bem princesinha, e se for menino eu pensei em um quarto estilo marinheiro - ela começou a falar mil coisas sobre o que o bebê precisava, que iria comprar um carrinho e um berço para deixar na minha casa, para quando ele fosse ficar na minha casa.
Não compreendi de imediato essa empolgação dela, mas talvez fosse uma forma de se redimir.
- Ele ou ela vai ter tudo que precisa na nossa casa né amor, eu vi uns tapetes de brinquedos que os bebês amam...
Fomos para o carro é durante todo o caminho ela citava uma reforma no meu
apartamento, para os dias em que meu filho ficasse lá.
Os projetos de reforma da Sara fizeram minha cabeça pensar mais além, eu não teria meu filho junto a mim todos os dias? Como seria isso? Eu o veria só no fim de semana? Ele ficaria com a Mel em uma semana e comigo em outra? A ideia de não ter participação constante na vida daquela criança começou a me angustiar.
Melinda parecia não gostar nem um pouco dos planos da minha namorada, apenas assentiu e dizia "pode ser" quando Sara pedia a opinião dela.
Quando estacionei em frente do canteiro de que minha amiga trabalhava, falei para a tagarela especialista em bebês ficar no carro que eu já voltava.
Desci do carro junto com a Melinda que não demorou a apressar o passo indo de encontro a construção que os operários estavam trabalhando. Como eu imaginava, ela também estava pensando como eu. Respirei fundo e corri até ela.
- Mel, espera. - pedi andando ao seu lado.
- O que foi Vincenzo? - ela perguntou irritada.
- Podemos conversar? - perguntei a ela segurando a sua mão queria que ela estivesse mais calma.
- Sua namorada está te esperando e eu tenho que trabalhar. – ela falou andando e vi que os outros funcionários nos observavam
Não desisti e fui atrás dela, que entrou em um dos prédios colocou o capacete e colete e começou a subir as escadas e eu estava logo atrás dela.
Já estava quase desmaiando de tanto subir escadas quando ela virou no andar que ficava a coberta.
O elevador estava parado naquele andar, indicando que tinha acabado de chegar, porque raios não viemos nele?
Ela passou pela porta branca e eu entrei atrás, já estava me preparando para falar quando um homem preto, alto, malhado e metido entrou na sala me encarou e encarou a Melinda.
- Você voltou. - ele disse. - Terminei tudo que você pediu que eu fizesse. – ele falou com umas plantas na mão entregando para Larissa
- Obrigada, Diogo. – Mel abriu um sorriso torto. - Pode me esperar lá embaixo? Já, já eu te encontro para resolvermos aquele problema.
O tal do Diogo olhou de cima a baixo para mim e depois de volta para minha amiga, cruzei os braços, não tinha gostado nem um pouco desse cara. Ele saiu e eu fechei a porta.
- Esse cara é muito estranho, você não acha?
Conversar - O que você quer? - perguntou abrindo a planta
- com você, Melinda! - falei tentando me aproximar dela.
Ela não me olhava, apenas continuava lendo a planta.
- Pode falar, Vincenzo. - disse sem nem olhar pra mim.
Dei a volta na mesa nela e cheguei até ela, que tentou se esquivar quando segurei suas mãos, mas mesmo sendo um fracote, era mais forte que ela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Engravidei a minha melhor amiga
Cadê os próximos capítulos......
Um livro maravilhoso até agora, não vejo a hora de liberarem mais capítulos...