Engravidei a minha melhor amiga romance Capítulo 3

"As melhores coisas acontecem por acaso."

-Procurando Dory

Vicenzo Fraga

Minha manhã tinha sido muito doida, minha melhor amiga, a quem sempre tratei como irmã me deu a notícia de que estava grávida e ainda por cima de mim. Não sabia como reagir.

Escolhi acalma-la e manter a calma, não foi muito difícil já que sempre fui bom em esconder meus sentimentos. Lembro vagamente da noite que essa criança foi concebida, mas prefiro não pensar nisso, pois toda vez que penso uma sensação estranha me atinge.

Enquanto minha atual namorada, Sara, mexia algo numa panela e falava enciumada sobre a conversa íntima que tive com Melinda mais cedo, eu só conseguia imaginar como seria quando eu contasse que ela estava grávida de mim.

- Eu queria só ver se fosse eu com um "amigo" todo abraçados na minha cama - ela murmurou batendo o pé enquanto mexia a bendita panela.

- Se fosse seu amigo ah tanto tempo como eu sou da Melinda eu iria entender, você sabe que a Melzinha está ainda mais sensível desde que a avó dela faleceu, e ela é minha melhor amiga a tanto tempo...

- Muitas pessoas morreram Vicenzo, estamos em uma pandemia mundial...

- Não desmereca a dor do outro, sim morreu milhares de pessoas, mas estás mortes não são números são pessoas com histórias - falei irritado - A vovó Marta era uma fofa, ela me ajudou tanto quando os meus pais se divorciaram eu sinto falta dela, aí depois veio tanta coisa a cabeça da Mel está a mil.

Preferi não contar naquela tarde sobre meu filho, quem sabe outro dia eu a conto. Ela continuou a resmungar de que nós dois tinhamos que superar que está todo mundo sofrendo. Sem nem abri a boca peguei alguns processos e comecei a dar uma olhada ainda ouvindo a garota tagarelando, mas nem prestava atenção no que ela tanto reclamava.

Depois de terminar de fazer um jantar, muito bem preparado por sinal, cedeu e parou de falar sobre minha melhor amiga. Porém só quando ela parou de falar, lembrei que a Mel tinha dito que tinha passado mal no dia anterior, e me preocupei.

Enquanto Sara falava algo sobre a forma que eu organizava minhas camisetas, disquei o número da Pequena. O fato dela não atender me deixou agoniado, mas era melhor não ficar paranóico.

- Você sabe que eu odeio que você deixe as roupas assim, custa organizar por cor? E até parece que foi a Melinda que arrumar isso aqui - ela falava sem parar.

- Até parece que a Mel ia fazer isso e eu gosto das minhas roupas assim - falei, mas me arrepende em seguida.

- Eu não entendo você um advogado de prestígio você é filho de uma grande juíza não pode se vestir com estas roupa ela falou jogando minha blusa em construção que a Mel me deu quando comprou uma para ela.

- Não jogo as minhas roupas foras principalmente está, foi presente...

- Claro a Mel te deu ela tem uma igualzinha...

- Eu preciso trabalhar só não jogo nada fora.

Sara depois de muito falar, trocar as coisas de lugar e opinar sobre minha mesa centro, sentou-se no meu colo passando a mão no meu cabelo. Essa garota tinha um poder de fazer qualquer um esquecer-se de tudo com apenas alguns toques. Falo sério, ela deve ser uma meta-humana, ou uma mutante.

Ela logo começou a me beijar e eu não resisto a está mulher, aos poucos o beijos foram ficando mais intensos e ela tirou a minha camisa. A peguei no colo e fomos aos beijando até o quarto a joguei na cama e ela já tirou o seu vestido, beijei seu pescoço e fui descendo até o seu sutiã de renda amarela que contrata perfeitamente com o seu tom de pele, e que preta gostosa é a minha namorada, a Sara me puxou pelo pescoço e logo inverteu a posição, ficando em cima de mim, ela passou as unhas pelo meu peito me fazendo arrepiar.

- Eu quero o meu homem só para mim - ela falou e foi descendo até minha bermuda, com um sorriso sexy.

Meu celular tocou interrompendo nosso momento, ela puxou nesta hora, apenas levantei o braço ele estava carregando na bancada de cabeceira, porque o toque que soou era a que sempre tocava quando Melinda ligava.

A Sara saiu de cima de mim e se jogou do meu lado frustada, mas assim que atendi ela voltou a me beijar como se tivesse desistido de desistir.

- Alô? - falei tentando sair dos beijos da minha namorada.

- Te acordei? - perguntou com uma voz receosa.

- Não.

-Você me ligou?

- Sim, queria saber como você estava. - levantei finalmente me livrando das mãos ferozes da Sara.

- Estou parada num cruzamento com o carro sem funcionar - bufou. - Vou ter que desligar para ligar para o seguro, depois te ligo ok?

- O que você está fazendo há essa hora num cruzamento com o carro quebrado dona Melinda? - fui grosso.

Me vestir minha bermuda rápido e caminhei até o balcão da cozinha e peguei minhas chaves do carro e a carteira.

- Precisava de bolo de ameixa com doce de leite - ela contou. - Agora tenho que desligar para ligar para o seguro. Beijinhos.

- Onde você está Melinda Nowak de Sá? - perguntei autoritário.

- No cruzamento a três quadras da minha casa. Depois que sai da padaria Bariloche

- Estou indo aí.

Abri a porta do apartamento, mas voltei logo para pegar uma camisa.

- Não precisa...

- Daqui cinco minutos eu chego. - e desliguei o celular.

- Aonde você vai? - Sara cruzou os braços nervosa.

- Preciso buscar a Mel, Sara é urgente.

- Sempre é urgente! Tudo quando se trata dela é urgente - ela falou e começou com histeria.

- Meu anjo, eu realmente preciso ir agora.

- Pode me deixar em casa? Eu não vou ficar te esperando - perguntou ríspida.

Assenti ela se vestiu e pegou a bolsa e coloquei a camisa e fui pegar o elevador. Peguei a marginal a quase 100 por hora, e tirando o barulho do ar condicionado, o silêncio dominava o veículo. Estacionei o meu carro atrás do gol vermelho dela. Ela adorava tanto aquela lata velha. E desci do carro, deixando uma Sara furiosa soltando fogo pelo nariz.

Me aproximei do vidro e dei algumas batidinhas, ela deu um pulo e eu comecei a rir da cara de espanto que ela fez. Melinda abriu a porta e me olhou brava.

- Vicenzo Acendino Ferrera Fraga, você quer me matar de susto? - ela falou e fiz carreta eu odeio este nome de velho e a Mel é uma das poucas pessoas que sabe o meu nome completo.

- Abri o capô, me deixa ver o que aconteceu. acabei rindo da cara dela.

Dei uma olhada no motor e depois de pedir para que ela acelerasse, cheguei a conclusão de que a bateria tinha arriado.

Fui até a porta e ela desceu do carro. Notei o canto da sua boca, uma gotinha de chocolate, sorri e passei o dedo limpando.

- Pelo visto não sobrou nada desse bolo pra mim hem.

- Não mesmo. O que tem o carro?

- Bateria. Vou fazer uma chupeta e volta a funcionar rapidinho.

Fui até meu carro pegar os cabos e pedi para que Sara saísse. As duas garotas trocaram algumas palavras e depois ficaram paradas Fiz a chupeta em não muito tempo. Quando fechei o capô vi Melinda segurando o cabelo e vomitando na calçada. Sara estava estática apoiada no carro. Caminhei até minha amiga e passei a mão nas costas dela.

Realmente os sinais da gravidez estavam nítidos há muito tempo. Lembrei-me de uma festa que fomos mês passado era aniversário de um amigo nosso da faculdade, ela passou muito mal enjoada por causa da comida.

Conversei um pouco com ela e resolvi que iria para o apartamento dela. Me despedir da Sara que não parecia nada feliz com a ideia de ir embora com meu carro e fui para o gol vermelho, que eu detestava dirigir.

Observei como ela olhava fissurada para o bolo e comecei a rir. Isso não era só efeito da gravidez, a garota era magra de ruim, pois comia tudo que via pela frente.

- Isso tudo é vontade de comer esse bolo? - perguntei enquanto dava partida.

Conversamos mais um pouco e depois o silêncio tomou conta do lugar. Brinquei um pouco com ela e logo já estávamos no apartamento todo bagunçado dela.

Nem parecia ser de exatas, aquele lugar deveria ser interditado por tanta bagunça. Era limpo, muito limpo até, mas era tanta coisa espalhada, que chega dava agonia em mim que sempre fui criado sobre as rédeas curtas da minha mãe.

Melinda se deitou no sofá e eu fui partir o tão aguardado bolo de doce de leite com ameixa.

Coloquei em um dos pratos de florzinha que ela tinha e lambi o dedo sujo de doce de leite.

Olhei através da bancada da cozinha americana, ela estava passando a mão na barriga, seu rosto tinha uma expressão leve, encantadora. De todos os sentimentos que podiam me atingir, o que o fez foi o medo.

Eu não era nem um pouco capaz de dar tudo que Melinda merecia. Aquela garota era tipo, perfeita. Encarei-a novamente com um sorriso. Os óculos quadrados em seu rosto fino e delicado a deixava com cara de uma Nerd, coisa que ela era assumida.

Caminhei até ela que sentou e pegou o prato da minha mão sem cerimônia. Levantei seus pés e sentei segurando seus tornozelos.

- Ótimo! Faça uma massagem nos meus pés.

- Que folga é essa? - sorri e comecei a apertar o lado interno do seu pé. - Não

vai me dar um pouco de bolo?

- Não vou - ela falou e colocou um pedaço grande na boca.

Parei de fazer massagem e ela grunhiu, então esticou um pedaço de bolo na frente da minha boca. Minhas mãos voltaram para seus pés e abri a boca para que ela colocasse o bolo na minha boca.

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