Engravidei a minha melhor amiga romance Capítulo 4

“Agora quando escuto meu coração, acho que nós seremos melhores como amigos e nós sempre seremos amigos.”

- Supergirl

Melinda de Sá

Um barulho de panela caindo no chão me acordou. Deveria ser muito cedo, já que o sol da manhã ainda não invadiu eu quarto e as minhas pálpebras insistiam em querer fechar. Mais uma vez o choque de uma panela com o chão fez meus olhos se abrirem de vez.

Bati minha mão na mesinha de cabeceira em busca dos meus óculos que coloquei no meu rosto. Estiquei os braços, saltei da cama e me espreguiçando fui ver que destruição era aquela na minha cozinha.

- Vicenzo, o que diabos você ta fazendo? - perguntei ao vê-lo com uma bagunça enorme na minha cozinha.

- Preparando um café.

- Você está destruindo minha cozinha, Vicenzo - tinha algumas panelas no chão, o liquidificador todo sujo em cima da pia que estava repleta de bandas de laranjas abertas.

No fogão um ovo mexido era preparado, só

que tinha mais ingredientes no fogão do que na panela.

Corri para mexer o ovo que já ia queimar

no fogo. Desliguei e virei cruzando os braços para encarar o senhor Vicenzo que ria mostrando duas covinhas na bochecha.

- Estou preparando um café da manhã ué.

- Não precisa quebrar tudo! - bati o pé no chão enquanto colocava as bandas de laranja no lixo.

- Só caíram umas panelas no chão, eu estava tentando me localizar na cozinha você trocou tudo de lugar outra vez né achei a lixeira.

Eu sou muito apaixonada pela DC, minha mãe sempre fica impressionada como o meu apartamento pode ser tão personalizado, eu fico muito feliz em ter conseguido deixar tudo do jeitinho que eu sempre quis, minha cozinha é com armários pretos mas todos os eletrodomésticos e utensílios são dos meus personagens minhas panelas da mulher maravilha estão quase todas no chão.

Recolhi as panelas do chão e organizei no

armário. Eu podia ser bagunceira, mas na

cozinha gostava de tudo pelo menos no lugar delas. Lucas ligou o rádio de pilha que eu tinha em cima da geladeira e começou a rolar um sertanejo, da quela moda vem antiga. enquanto colocava o líquido do liquidificador no copo.

- Você vai arrumar toda essa cozinha. - falei pegando o copo com suco e indo sentar no sofá. - Que horas são?

- Horas de eu ir para o escritório. Só preciso arrumar isso tudo já que a senhorita mandona, mandou.

- Gosto assim. - sorri e ele retribuiu.

Vicenzo realmente arrumou a cozinha. Fui

tomar banho e quando voltei ele estava terminando de passar pano no cômodo. Olhei a bancada brilhando e a louça bem lavada.

Em cima da mesa além dos ovos mexidos, uma grande variedade de pāes e frios. Inspirei o cheiro gostoso de café recém passado e me sentei a mesa. Vicenzo se sentou ao meu lado e pegou uma xícaras, serviu com café puro e bebeu. Fiz o mesmo.

Olhei para minha blusa com um gatinho

estampado e minha calça de moletom velha.

Encarei-o novamente e senti meus olhos se

encherem de lágrimas e parei de beber meu café.

- Eu gosto do meu pijama.

- Gabi! - ele começou a rir. - Não chora, seu pijama é lindo, calma. - pegou minha mão sobre a mesa e continuou rindo.

- Você ta rindo de que?

- De você.

- Por que eu estou grávida, sozinha,

descabelada, de pijama e nunca vou ter ninguém, e vou continuar assim para o resto da minha vida? - limpei uma lágrima que escorreu.

- A gravidez só vai durar nove meses! -

zombou antes de levantar e me envolver em um abraço. - Você não está sozinha!

- Você entendeu!

Queria me referir a ter alguém ao meu lado

igual ele tinha Sara, e se não tinha antes,

agora grávida que não teria mesmo. Sequei

minhas lágrimas e voltei a comer.

Fiz um sanduiche com peito de peru queijo branco, comi mais alguns pão de queijo e um pão francês com ovo mexido. Enquanto comia o Vini se arrumava para ir trabalhar.

Guardei todas as coisas na cozinha brilhando que o garoto tinha arrumado e fui para o sofá. Na Televisão estava passando desenho.

Aconcheguei-me segurando os joelhos e fiquei assistindo.

- Parece uma criança. - ele falou parou na minha frente de joelhos.

- Da onde você tirou essa blusa? - disse pegando na gola da camiseta polo branca que ele usava. Ele estava com a bermuda jeans que estava na noite passada. E você vai trabalhar de bermuda?

- Não sei, encontrei dentro do seu guarda

roupa. E não vou passar em casa, só queria

adiantar o banho.

- Não me lembro dessa blusa ter ficado aqui! - apertei os olhos. - Leva meu carro, amanhã quando eu for trabalhar eu pego.

- Você vai voltar a trabalhar numa sexta

feira? Por que não pega mais um dia de folga?

- Preciso colocar comida na geladeira.- sorri e passei a mão no cabelo molhado dele jogando para o lado.

- Do jeito que você anda comendo seu salário não vai dar pra comprar comida nem para uma semana.

- Acho que agora eu engordo. -Passei a mão na minha barriga arredonda.

Vicenzo colocou sua mão sobre a minha e

acariciou meus dedos.

- A gravidez não faz você deixar de ser ruim.

- Vicenzo! - reclamei rindo.

- Agora tenho que ir - ele deu um beijo sobre a mão que estava na minha barriga, ebejou a minha testa - Vou marcar médico pra você. E acho que vou contar da gravidez para Sara amanhã. - respirou fundo.

- Vou trancar bem as portas. -Sorri.

- Tchau meio metro de gente. - ele falou e deu um beijo na minha testa. - O papai vai trabalhar mais tarde eu venho ver vocês - ele falou beijando a minha barriga.

Revirei os olhos pelo apelido, mas tive que sorrir quando ele falou com o nosso filho e levantei para ir trancar a porta. Vicenzo passou pela porta e eu dei um tapa na sua bunda, antes que pudesse reclamar fechei a porta rindo.

- Este seu pai meu bebê fala assim mais se podesse estaria aqui com a mamãe assistindo desenho. - falei alisando a minha barriguinha.

Voltei para meu sofá para assistir desenhos.

Sim, 25 anos, prenha e assistindo desenhos.

Dane-se sempre gostei e pagava TV a cabo

para isso.

Meu ócio começou a me incomodar por volta do meio dia quando minha barriga roncou.

Tive que levantar e ir preparar um macarrão instantâneo, pensei em pedir comida, mas demoraria muito e eu não estava a fim de ficar mais tempo com fome.

Acessei a N*****x e coloquei uma série para assistir. Minhas pálpebras pesaram e não demorei a cair no sono. Um cheiro esquisito começou a invadir meu nariz e meu subconsciente me obrigou a acordar.

Abri os olhos e encontrei o apartamento todo esfumaçado. Ai meu Deus, o macarrão instantâneo. Corri para o fogão e desligue a válvula do gás. Cobri meu nariz enquanto tentava jogar água na panela que já mostrava as cinzas no seu interior.

O telefone tocou e corri para atender enquanto tossia por causa da fumaça adentrando no meu sistema respiratório.

- Mel? - um Vini animado chamou meu nome.

Como esse garoto podia estar animado? A

vida dele vira de cabeça para baixo em um

dia e ele conseguia ficar animado. Tossi um

pouco antes de responder.

- Costuma ser eu. - Sorri voltando para minha panela torrada. Agitei o pano de prato contra a fumaça.

- Como você está? - ele perguntou

Abri um pouco a janela para toda fumaça se dispersar.

- Com fome. - sorri. - E querendo voltar a trabalhar. Não tem nada para fazer aqui em casa!

Vicenzo começou a rir do outro lado da linha.

- Você ainda não almoçou? Já são quase três da tarde.

- Coloquei um macarrão instantâneo no fogo e acabei dormindo, acordei com o apartamento todo esfumaçado. - revirei os olhos.

Comecei a esfregar a panela, mas aquilo ali

parecia que não ia sair tão cedo.

- E ainda quer questionar minhas habilidades culinárias dona Melinda? Estou indo para ir agora, não vou deixa as duas pessoas que mais amo assim - ele falou me fazendo sorrir gosto que ele sempre coloca o nosso filho no meio, acho que ele aceitou nossa situação bem melhor que eu, mas ele sempre foi muito calmo.

- Bem que eu gostaria das suas habilidades culinárias agindo nesse momento. - falei voltando a torce.

- Então abra a porta - ele falou e assim o fiz e lá estava ele todo lindo de terno todo arrumado. - Meu Deus Mel o que aconteceu?

- Eu já disse eu dormi e queimou o macarrão...

- Eu só vim ver como vocês estão porque marquei com a Maria, e preciso conversar, mas não dá para deixa você sozinha - ele falou abrindo o restante das janelas do apartamento e me levou até a varanda.

- Pode ir que eu vou ficar bem, a nossa pequena deve está morrendo de saudades, e eu só vou limpar e ver a comida - falei e ele pegou o celular.

- Vou pedir uma sopinha de câmarão que você tanto gosta, e falei com a Joice ela vai vim te visitar.

Joice era nossa amiga desde a faculdade, era um doce de pessoa com quem gostava, porém não queira estar na mira de ódio dessa menina. Sorri lembrando-se da minha amiga, fazia tempo que não a via.

Por conta do meu trabalho e do dela nos

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Engravidei a minha melhor amiga