Entre o amor e a vingança romance Capítulo 176

Natalie empurrou a porta e entrou no quarto. A primeira coisa que viu foi Samuel dormindo em seu pijama azul claro.

Ele deve ter dormido depois de tomar o remédio novamente.

Vagarosa e quietamente, ela se aproximou dele e colocou a sopa de cogumelos na mesa ao lado da cama. Então, ela se curvou para observar o rosto dele enquanto dormia. Seus belos olhos estavam fechados, e seus cílios se moviam devagar conforme respirava. O cavanhaque em seu queixo estava bem feito, revelando sua face limpa e sua mandíbula perfeita.

Que incrível. Deus é tão injusto. Samuel é capaz de quase tudo, e ele tem uma história pregressa familiar bem proeminente também. Não só isso, mas ele também tem uma beleza facial de tirar o fôlego.

Naquele momento, surgiu um impulso de tocar os cílios dele. No entanto, antes que pudesse fazer isso, o pulso dela foi envolvido por uma mão quente. No segundo seguinte, ela foi puxada para a cama, e Samuel estava por cima dela.

“Samuel… Você estava fingindo que estava dormindo?” Natalie piscou. O colchão abaixo dela estava tão macio, e ela quase afundou nele. Da forma que Samuel se elevou sobre ela, a distância entre os dois era tão próxima que ela podia sentir a respiração dele.

“Porque você fugiu?” Samuel ignorou a pergunta de Natalie, e retrucou: “Porque você não estava ao meu lado quando eu precisei de alguém para cuidar de mim?”

Era como se estivesse desabafando a frustração quando a perguntou. Ela evitou os olhos dele e murmurou: “Havia muita gente procurando você. Eu não era necessária aqui.”

Samuel encarou Natalie sem pestanejar e disse, de forma séria: “Mas eu não precisava de ninguém mais além de você.”

“Mas eu estou aqui agora, e até fiz uma sopa de cogumelos. Eu não sabia quando você ia acordar, então eu preparei a sopa todos os dias”, respondeu Natalie.

Ela não era uma pessoa ingrata. Apesar dela não se permitir apaixonar por Samuel, ela ainda queria retribuí-lo pelo que ele fez.

“Você mesma fez a sopa?”

“Mais ou menos. Xavian me ajudou picando os cogumelos, e foi ele também que controlou o fogo. Mas fui eu quem adicionou as ervas. Apesar de isso não ajudar muito no seu processo de recuperação, a sopa deve estar bem gostosa…” Explicou.

No entanto, Samuel não estava interessado em como a sopa foi feita: “Você não precisava ter me contado tudo isso. Eu beberia qualquer coisa que você me desse. Incluindo veneno.”

Ignorando essas palavras, Natalie se libertou de seus braços e abriu o barril de isolamento térmico que trouxe com ela, e entregou a ele a colher e permitiu que ele mesmo se servisse. Samuel não pegou a colher. Ao invés disso, tossiu e disse em uma voz rouca: “Eu estou doente. Você deveria estar me alimentando.”

Nesse momento, Billy bateu à porta e entrou. Ela então deu a colher a Billy, e disse: “Senhor, seu patrão está doente e precisa que alguém o alimente. Deveria fazer isso.”

Billy estava prestes a pegar a colher, quando sentiu um olhar frio e impiedoso pairando sobre ele, isso o fez que recolhesse a mão imediatamente, pressionando seu estômago logo em seguida, gritando: “Ai! Minha barriga dói! Preciso ir ao banheiro!”

Sua habilidade de encenação não era das melhores, mas ele pouco se importava. Ele saiu correndo do quarto como se sua vida dependesse disso. Samuel olhou para a colher na mão de Natalie e sorriu alegremente. Deixada sem escolha, Natalie soprou a sopa e deu a Samuel: “Aqui está.”

Samuel abriu a boca e saboreou a sopa como se fosse a melhor coisa que já comeu no mundo inteiro.

Que alívio. O pesadelo de procurar por ela agora se tornou passado, e ela está viva.

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