Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1850

A sala de visitas da Família Onofre normalmente não era usada para receber convidados, a menos que a pessoa fosse realmente importante.

Assim que Mafalda entrou, percebeu que havia algo estranho naquele dia.

O salão, amplo como sempre, estava repleto de figuras importantes da Família Onofre, além de Osvaldo. Todos os presentes tinham expressões fechadas.

Ao vê-la entrar, todos olharam para ela ao mesmo tempo.

O olhar coletivo fez Mafalda ficar tonta, e ela apertou as mãos ao lado do corpo, reunindo coragem para entrar e cumprimentar respeitosamente: “Chefe, boa tarde a todos os tios e tias.”

Ela não era da linhagem direta da Família Onofre.

Por isso, ao contrário de Delfim, não podia chamar Osvaldo de forma íntima, sendo obrigada a tratá-lo pelo título com toda deferência.

Antes, Osvaldo costumava tratá-la com certa gentileza, mais até do que com outras pessoas. Mas, naquele dia, Mafalda sentiu nitidamente que a atitude dele estava fria.

Ela só ouviu o homem de meia-idade responder com um simples “Uhum”, sem sequer perguntar sobre o progresso nos estudos da pólvora negra.

A inquietação no peito de Mafalda aumentou ainda mais. Ela só percebeu, ao apertar o punho, que havia um homem deitado no chão.

O sujeito era magro e comprido, com o rosto alongado, completamente amarrado e em estado deplorável. Ao vê-la, começou a se debater no chão, agitado...

“Uuuuh, uuuuh!”

No início, Mafalda não reconheceu quem era a pessoa ali.

Afinal, no Continente Independente, muitos queriam se aproximar dela.

Não era possível lembrar de todo mundo.

Pessoas sem importância, então, nem o rosto ela guardava.

Por isso, ao lançar um olhar ao homem no chão, seus olhos brilharam de confusão.

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