Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1851

Lúcio Lacerda fez uma breve pausa de um segundo, e seu semblante ficou sério e determinado: "A nossa Família Lacerda nunca se mete nas confusões da Continental Independente, mas se alguém ousar usar a doença da minha esposa para tramar algo, eu dou minha própria vida, mas não vou perdoar ela e nem a família dela! Estou deixando bem claro aqui hoje, espero que a Família Onofre pense bem!"

Assim que ele terminou de falar, um silêncio absoluto tomou conta do ambiente.

Até mesmo os anciãos da Família Onofre, sempre tão impassíveis, tiveram uma leve mudança de expressão.

Na Continental Independente, existiam três grandes famílias no topo do poder. Além da Família Onofre, a Família Lacerda raramente se envolvia nas disputas de influência da região.

Mas isso não significava que a Família Lacerda tinha pouca força.

Se a Família Lacerda ocupava uma das três principais posições de poder da Continental Independente, era porque havia algo ali que ninguém ousava desafiar.

Por exemplo, o domínio nas artes marciais ancestrais.

Os membros da Família Lacerda eram verdadeiros prodígios nesse campo.

As artes marciais ancestrais podiam soar misteriosas, mas, na verdade, englobavam de tudo: desde técnicas de respiração até estratégias secretas, incluindo até mesmo estudos avançados de adivinhação. Tudo isso fazia parte do repertório deles.

A rede de contatos direta da Família Lacerda era limitada.

Porém, os discípulos formados por eles eram incontáveis, e muitos já haviam se tornado figuras influentes.

Por exemplo, o líder da Liga dos Hackers.

Ou a Associação de Alquimia.

O Oscar Fernandes, da Associação de Alquimia, também já passou pela Família Lacerda.

Inclusive, havia gente da Liga de Arbitragem, e até lá tinha gente da Família Lacerda.

Por isso, a Família Lacerda não parecia tão agressiva e imponente quanto a Família Onofre à primeira vista, mas, na prática, era tão difícil de lidar quanto.

Se a Família Lacerda resolvesse bater de frente com a Família Onofre, nem mesmo a Onofre ousaria subestimá-los.

Ao ver Osvaldo lançar aquela pergunta com o semblante fechado, o coração de Mafalda disparou. Ela abriu a boca e, quase por reflexo, tentou se explicar: "Eu... eu não conheço essa pessoa… não sei o que aconteceu… Eu fui injustiçada."

"Ah é? Você quer dizer então que a Família Lacerda entendeu tudo errado?"

Mafalda tinha talento com pólvora negra, e era uma das jovens mais promissoras da Família Onofre. Até mesmo Osvaldo e os outros sempre foram gentis com ela, raramente falando de forma tão dura.

O coração de Mafalda estava uma bagunça, ela baixou os olhos, mas reuniu coragem para olhar para o homem sentado no centro da sala: "Eu realmente não sei o que houve, talvez… talvez tenha sido um mal-entendido."

Osvaldo largou o isqueiro na mesa, que fez um "ploc" seco ao bater na madeira.

Ele encarou longamente a pessoa que estava de pé ali, olhar tão penetrante que o coração de Mafalda quase saiu pela boca. Sem dizer nada, ele simplesmente ordenou de forma sucinta ao segurança de preto ao lado: "Tire o que está na boca dele."

Lúcio havia trazido o homem completamente amarrado, com a boca tampada, sem chance de dizer uma palavra.

Assim que os seguranças da família tiraram o que tampava a boca do sujeito, o homem magro ficou vermelho de raiva e, sem pensar duas vezes, disparou em direção a Mafalda: "Srta. Onofre, foi você quem me mandou eliminar discretamente o curandeiro que o Sr. Onofre tinha contratado. Eu só estava cumprindo suas ordens, você não pode negar agora!"