Era Diamante: Brilho romance Capítulo 338

Ela era bela e tinha pernas longas, atraindo os olhares de muitos mesmo ao cochilar casualmente na beira da cadeira.

Infelizmente, a aba do seu chapéu Hera estava tão baixa que quase cobria seus olhos, escondendo o olhar dos outros.

Mas, mesmo que ela percebesse, provavelmente não se importaria muito.

...

Do outro lado do aeroporto, Silvano e Kesia também haviam chegado.

Desde a falência da Imóveis Fontes, o casal mudou seu estilo de vida luxuoso e começaram a aprender a economizar. Felizmente, após a falência da empresa, o poderes do Grupo Jewelry não os perseguiram até o fim. Exceto pelos carros de luxo e mansões que foram congelados, o resto de seus bens permaneceu intocado. Eles conseguiram sobreviver modestamente, penhorando alguns itens de luxo que possuíam, embora a vida não fosse mais tão confortável quanto antes.

Porém, por mais decadentes que estivessem, hoje alguém da Cidade Liberdade viria buscá-los, e Kesia, excepcionalmente, vestiu suas melhores roupas, um casaco de pele roxa e um colar de pérolas valioso ao redor do pescoço. À primeira vista, ela parecia tão radiante quanto antes da falência.

Mas o tristeza e tensão que transpareciam de seu olhar e expressões não podiam ser escondidos por suas roupas elegantes.

Kesia e Silvano já estavam esperando no aeroporto por quase uma hora. Ela olhava frequentemente para o relógio, dizendo ansiosamente: "Por que ainda não chegaram? O avião está prestes a decolar."

"Não temos ainda meia hora?" Silvano estava mais calmo, consolando-a em voz baixa: "Não se preocupe tanto. Se seu irmão telefonou dizendo que enviou alguém para nos buscar, com certeza alguém virá. E se não der tempo, pegamos o próximo voo."

Kesia, mesmo maquiada, não conseguia esconder seu rosto magro e abatido, perdendo a aura de uma dama da alta sociedade que costumava ter. Parecia curvada e encolhida, respondendo com um sorriso amargo: "Eu só queria ver Olinda mais cedo."

Um lugar de pessoas notáveis e cheio de talentos escondidos.

Comparada a esse lugar, Cidade Milagre era minúscula. Era natural que, tendo visto um mundo tão vasto e grandioso, ela não valorizasse mais os lugares menores.

Mas, como pai, ver sua filha se tornando cada vez mais distante e começar a olhá-lo com desprezo e insatisfação era como uma agulha perfurando seu coração, uma dor insuportável...

"Olinda está ocupada com os estudos, logo terá exames e ficará ainda mais ocupada. Quando chegarmos lá, tente se controlar, não fique a agarrando e falando sem parar. A situação da avó dela não está boa... melhor não contar para ela. Ela só tem 18 anos, não adianta falar, é melhor deixá-la se concentrar nos estudos. Se ela conseguir passar na Universidade Castelo... nossa família pode finalmente dar a volta por cima!"

Os alunos da Universidade Castelo nunca são medíocres!