Era Diamante: Brilho romance Capítulo 988

Cavalo Branco.

Quando Hera recebeu a segunda mensagem de Rafael, acabara de se despedir de Anabela e mal tinha dado alguns passos para fora do Cavalo Branco, quando sentiu o celular vibrar com a nova mensagem de Rafael.

Ajustou a aba do boné, a camiseta branca vestida lhe dava um ar de rebeldia elegante. Com uma mão no bolso e a outra retirando o celular, deslizou a tela com desinteresse, seus dedos pálidos tocando nas imagens recebidas.

Eram capturas de tela.

Discussões de internautas em fóruns online.

Hera mal olhou antes de guardar o celular.

Levantando os olhos, viu um Lincoln à beira da estrada e um homem ao telefone ao lado de um carro preto, e Alan.

Sertório, o que ele estava fazendo ali?

Com uma sobrancelha arqueada, surpresa, ela caminhou em direção à rua.

“Bom... fez bem, deixe que chamem a polícia, não interfira.” A voz do homem era calmante e profunda, como se fosse o som de uma nascente.

Quando Alan viu Hera se aproximando, seus olhos brilharam e ele saudou rapidamente: “Senhorita Fontes, você saiu tão cedo, o espetáculo acabou?”

“Não.” O rosto de Hera não revelava nada, seus olhos ligeiramente abaixados transmitiam uma sensação selvagem, as mãos ainda nos bolsos, ela continuou: “Eu tinha um compromisso, saí mais cedo.”

Alan não perguntou qual era o compromisso, afinal, ele foi um dos primeiros a ver a notícia online dizendo que Senhorita Fontes havia sido sequestrada antes, e que ela esteve desaparecida por mais de um ano antes de voltar por conta própria.

O que uma garota de 11 anos poderia ter vivido nesse período era tema de diversas especulações online.

Ele ficou em silêncio por um momento, um homem grande sem saber bem como oferecer consolo.

Na Cidade Liberdade, Hospital Liberdade, Olinda acabara de ser levada para fora da sala de cirurgia pela enfermeira, pálida e com os olhos fechados, com soro pendurado, sem que se soubesse se estava consciente ou ainda sob efeito da anestesia.

“Olinda!”

Do lado de fora da sala de cirurgia, Dimas e Carla esperavam, aliviados ao ver as portas se abrindo e a paciente sendo empurrada para fora. Dimas apagou o cigarro e se levantou num pulo, chamando por ela e se apressando em sua direção.

Antes que ele pudesse chegar mais perto, a enfermeira o aconselhou em voz baixa: “Familiar, por favor, mantenha a calma, estamos em um hospital. Vamos levar a paciente para o quarto agora, ela precisa descansar.”

Carla se aproximou, segurando o braço do homem para acalmá-lo: “Calma, se desesperar agora não vai ajudar. Talvez Olinda nem saiba de tudo. Vamos primeiro falar com o médico sobre o estado dela.”

Ela falou com serenidade, mas por dentro sentia um alívio misturado com um medo profundo.

Ela sempre foi de uma família renomada, apoiada pela Família Zagallo, e na Cidade Liberdade não era de se andar de nariz empinado, mas pelo menos nunca havia enfrentado uma situação como a de hoje — estavam levando Olinda ao aeroporto da capital, quando, no caminho, um Buick os atingiu de repente, não apenas bloqueando o caminho deles mas, em plena luz do dia, um bando arrancou Olinda do carro, na frente dela e de Dimas, e quebrou os braços de Olinda!