Era Diamante: Brilho romance Capítulo 992

Hera tirou do bolso o celular que já havia preparado, buscou entre os arquivos de áudio um específico e apertou o botão de reprodução. A música envolvente começou a ecoar pelo quarto do hospital.

Era um estilo que lembrava Chasing Light.

Intenso.

E singularmente inimitável.

Após dar play no arquivo de áudio, Hera jogou o celular sobre a cama do hospital e falou com um tom claro, mas despretensioso: "Foi essa parte que você copiou?"

Os olhos de Olinda se arregalaram, e ela instintivamente tentou agarrar as cobertas, mas ao fazer força sentiu uma dor aguda nos dedos, lembrando das palavras do médico que havia dito mais cedo. Ele havia afirmado que suas mãos estavam inutilizáveis, e que ela nunca mais poderia tocar piano. Um ódio fervoroso brilhou em seus olhos ao olhar para Hera, negando friamente: "Eu já disse, não sei do que você está falando. Eu nunca ouvi essa música."

"Hera, se você quer me acusar de plágio, não precisa se dar ao trabalho!"

Ela continuou a se defender com veemência: "Eu já ganhei o Prêmio Grammy. Aquele troféu será meu, e lá fora não é como aqui, você não pode manipular tudo. Mesmo que seu professor seja o Sr. Cardoso, não esqueça que eu também tenho um professor! Aqui pode ser o seu território, onde vocês fazem o preto parecer branco, mas lá fora não!"

Ela foi interrompida antes de terminar de falar.

A porta do quarto foi aberta novamente.

Desta vez, quem entrou não foi outro senão o professor de Olinda, a quem ela carinhosamente chamava de Herinha — Steven.

Steven, vestindo um terno, não era tão velho quanto Valentino Cardoso. Estava apenas na meia-idade, com cabelos loiros e olhos azuis, bem cuidado. Seu cabelo dourado estava levemente desalinhado, mostrando que ele havia chegado às pressas.

"Professor, como você…?"

Ela passou o celular para ele.

Steven o pegou seriamente, e ao ver os sete ou oito arquivos de áudio que Hera havia preparado, ele respirou fundo, concentrando-se antes de começar a reproduzir.

Assim que a música começou a tocar no quarto, era a mesma sequência que havia sido tocada antes.

Quanto mais ouvia, mais franzia a testa.

Havia escutado uma sequência de arranjos similar recentemente, mas a versão que ouviu era tocada no piano. Esta… usava guitarra elétrica, misturada com sons de sintetizador e parecia incluir também algum instrumento clássico.

Após terminar de ouvir a primeira parte, seus lábios se apertaram e seu rosto se tornou ainda mais sombrio, evidenciando sua seriedade.