Espada Divina do Amor romance Capítulo 173

Homem de ferro, com a cabeça erguida, prestou continência.

Apesar de dois anos sem se verem, o fervor em seu coração jamais cessou.

Um pedido de instruções ecoava incessantemente pelo quarto.

Do lado de fora, Félix mantinha-se imóvel como uma estátua, guardando a entrada como um protetor.

Ao ouvir as palavras de Mauro, Félix cerrou os dentes e, com discrição, enxugou os olhos com a manga.

Somente aqueles que serviram podem compreender o peso da camaradagem entre soldados.

Somente quem lutou lado a lado, enfrentando o inimigo, pode entender a confiança de entregar a vida nas mãos do outro!

Félix, não sendo um novato, podia sentir o que estava no coração de Mauro.

Ele também sabia que o nome Alexander representava algo imenso para os milhões de soldados do Noroeste!

Era, de fato, uma crença!!

Naquele momento, Mauro permanecia de pé, firme como um pinheiro.

O ambiente estava todo silencioso.

Nesse momento, o silêncio era mais eloquente que qualquer palavra.

A mão direita de Mauro estava ajeitada em posição de continência, com as pontas dos dedos alinhadas à altura das sobrancelhas.

Seu olhar era fixo e determinado, revelando uma resoluta firmeza.

Seus olhos, embora vermelhos, brilhavam com profundo respeito.

Mesmo que Alexander estivesse agora reduzido a uma condição debilitada.

Mas, aos olhos de Mauro, Alexander nunca havia caído.

Aquele homem, tido como um Deus da guerra invicto, merecia sempre o mais respeitoso dos tratamentos por parte de Mauro!

Segundo a etiqueta militar, era hora de Alexander retribuir a continência.

No entanto, Alexander levantou a mão lentamente e, com um gesto de cabeça, a baixou.

"Agora, já não sou mais aquele Comandante de nove estrelas."

Alexander sorriu ironicamente, lembrando-se da glória passada, que agora não passava de memória.

Nesse momento, até sua Espada Divina e o uniforme militar de nove estrelas haviam sido tomados por Hugo Lins.

O que ele ainda poderia reivindicar como comandante?

"Comandante-chefe, no meu coração, o senhor é e sempre será!"

"No coração dos dez mil guardas pessoais, o senhor é e sempre será o único Comandante-chefe!"

Mauro manteve a continência, sua expressão e tom de voz eram de extrema seriedade.

Alexander, ao ouvir isso, levantou lentamente a cabeça, encontrando o olhar de Mauro e mergulhando em silêncio.

Neste instante, viu nos olhos de Mauro uma determinação inabalável.

Bastava uma chamada de Alexander, e Mauro abandonaria tudo.

Seja sua posição de Comandante de três estrelas ou o poder militar em suas mãos, ele deixaria tudo para trás para se encontrar com Alexander na Cidade Rio.

Como Alexander poderia decepcionar Mauro?

"Comandante-chefe, os irmãos estão esperando por você!"

Mauro repetiu, sem mudar de posição.

Ao ouvir isso, Alexander ficou emocionado.

Imagens de batalhas passadas, vitórias e o poder de comandar milhares surgiram em sua mente.

Lembranças de quando ele, sozinho, derrotou dez Comandantes-chefe inimigos.

E também daquela época em que os exércitos se espalhavam por oito mil quilômetros com autoridade incontestável.

"Ufa!"

Mauro apertou os punhos, sua voz cheia de suspiros.

"Em breve, estarão recuperadas."

Alexander não preocupou em entrar em detalhes, apenas gesticulou com a mão em resposta.

"Sério?"

Mauro arregalou os olhos ao ouvir, seu coração se encheu de excitação.

Depois rapidamente compreendeu, com a medicina milagrosa de Alexander, ele certamente tinha um jeito.

"Preciso que você encontre uma erva chamada Azeda roxa."

"E a erva tem que ter mais de dez anos."

Alexander ponderou um momento antes de falar com Mauro.

Mauro vivia há anos no Noroeste, e com certeza conhecia os produtos locais melhor que Abel.

Embora a Azeda roxa fosse extremamente difícil de encontrar, Mauro certamente daria um jeito.

"Comandante-chefe, já anotei ."

Mauro nem perguntou o motivo, apenas concordou com a cabeça.

Para Alexander, Mauro tinha uma confiança absoluta.

Incluindo a escolha meticulosa de vários guardas pessoais, eles nunca questionavam as ordens de Alexander.

Eles sabiam que só precisavam cumprir as palavras de Alexander e com certeza não se enganariam.

"Comandante-chefe, quando o senhor planeja voltar?"

"Quando suas pernas estiverem melhores... vamos voltar imediatamente?"

Mauro hesitou por dois segundos antes de voltar a tocar no assunto.