Espada Divina do Amor romance Capítulo 685

Esse dinheiro, além de ser usado para o pagamento de indenizações, Bernardo planejava utilizá-lo como fundo para o desenvolvimento subsequente.

Naquele momento, a empresa Lins estava, por assim dizer, afundada em dívidas.

O capital que gastaram vinha não só dos acionistas, mas também de empréstimos bancários.

Não era exagero dizer que a empresa Lins, apesar de sua fachada brilhante, era na verdade uma casca vazia, devendo uma fortuna.

Mas Bernardo não estava nem um pouco preocupado.

No Reino Glorioso, muitas companhias faziam o mesmo, e ele não era o único.

E Bernardo sabia que, uma vez que o terreno começasse a ser desenvolvido, esse seria o momento de realmente arrecadar dinheiro.

Com o desenvolvimento, as vendas antecipadas seriam uma onda de recebimento.

Em seguida, com algumas promoções de vendas internas, conseguiriam recuperar uma quantidade imensa de capital.

As dívidas atuais não significavam nada.

...

Às oito da noite.

Bernardo, acompanhado de alguns seguidores, estava no topo de um grande edifício.

Olhando para além da grade, com seus seguidores em postura respeitosa atrás dele, Bernardo exalava confiança.

Daquela perspectiva, ele podia ver claramente o terreno que havia adquirido.

"Vamos planejar aqui uma grande rua comercial."

"Um grande shopping center em cada extremidade, norte e sul."

"Essas duas localizações dominariam a clientela de várias áreas ao redor."

"É um ponto estratégico, então, na hora de atrair comerciantes, o preço não pode ser baixo."

Bernardo, com uma mão no corrimão e a outra apontando para o terreno lá embaixo, fazia planos à distância.

Aquele gesto de quem comanda parecia extremamente confiante.

"Sr. Lins, já temos algumas empresas interessadas em construir grandes shoppings que entraram em contato conosco."

"Por enquanto, só estou enrolando eles, sem fechar negócio."

Um homem de meia-idade, vestido formalmente, reportou em voz baixa.

"Ah, essas moscas, atraídas pelo cheiro doce, hein?"

"Vamos deixá-los esperando alguns dias. Assim que ficarem impacientes, naturalmente vão oferecer mais."

"Quando chegar a hora, quem oferecer o melhor preço, leva."

Bernardo esfregou o queixo, um brilho de ganância nos olhos.

Esse terreno, ele queria transformar no império comercial da família Lins.

Quando esse momento chegasse, mesmo sem depender de Galeno, a família Lins poderia prosperar.

"Sr. Lins, só vamos olhar o preço? E a qualificação e a reputação deles...?"

O homem de meia-idade ficou em silêncio por dois segundos, depois perguntou novamente.

"Não precisa, aqui comigo, quem dá o maior lance leva."

"A reputação deles, ou como enganam os consumidores, é problema deles."

"Nos próximos dias, já podemos começar a propaganda."

Bernardo fez um gesto casual, falando com leveza.

Tudo estava sob seu controle.

"Entendido!"

O jovem não disse mais nada, apenas concordou.

Bernardo deu uma tragada no seu charuto e logo em seguida soltou uma nuvem de fumaça, com um sorriso de satisfação estampado no rosto.

Observando ao longe o terreno que agora pertencia à sua família Lins, Bernardo, do alto de sua posição, não pôde evitar sentir-se exaltado.

"Este distrito comercial no Rio, e até mesmo o de toda a cidade de P, estará sob os pés da minha família Lins," disse ele.

"Você, Alexander, e seu Grupo Maravilhoso, e até você, Galeno, só poderão olhar para nós, da família Lins, de baixo."

Com o charuto entre os dedos, Bernardo estendeu a mão lentamente, seus olhos brilhando com um lampejo de cobiça.

...

Num piscar de olhos, dois dias se passaram desde que a família Lins assinou o contrato com os moradores originais.

Esses dois dias foram de grande contentamento para Bernardo.

Todos os procedimentos para o desenvolvimento do terreno foram completados.

E com os moradores originais, já havia negociado com quase metade deles.

Tendo fundos suficientes para apoiar, essas tarefas foram naturalmente fáceis de realizar.