Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 388

"Janaína, somos uma família, como Renata poderia te machucar? Você está exagerando."

Eu sorri friamente: "Família? Desde criança, quantas coisas Renata me tirou? Desde brinquedos e roupas até namorado. E, mesmo depois que eu me casei, ela ainda veio flertar com meu marido. O que ela está tentando fazer, afinal?"

"Sra. Pâmela, sua vida inteira foi construída à base de trapaças e enganações. Não é surpresa que tenha transmitido essa "virtude" para sua filha. Tudo o que aconteceu com ela hoje é consequência direta disso. Breno morreu por causa dela... não deveria ela pagar pelo que fez?"

"Papai, desde pequena minha irmã nunca foi uma boa pessoa. Esqueceu quando ela atropelou um colega de escola e quebrou a perna dele? Se não fosse pelo papai gastando uma fortuna para abafar o caso, o nome da família Rocha já estaria arruinado por causa dela. E agora, mal chegou a Cidade Nova e já cometeu outro crime, mostrando completo desprezo pela própria família Rocha."

O rosto de Otávio foi se tornando cada vez mais frio: "Então você quer dizer que..."

"Que errar e pagar por isso é justo. Se Renata não fez nada, a polícia irá limpar seu nome. Mas se for verdade... A família Barbosa perdeu uma vida. Ela só irá para a prisão, enquanto Breno nunca poderá voltar!"

Ao lembrar daquele sonho perturbador que tive naquela noite, um aperto tomou conta do meu peito. Meu irmão podia ter cometido erros, mas não merecia morrer...

E definitivamente não daquela maneira.

"Desde pequena, Renata faz o que quer, usando o nome da família Rocha como escudo. Se alguém tivesse a disciplinado a tempo, nada disso teria acontecido. Se não receber uma lição agora, nunca reconhecerá seus erros e continuará a cometer crimes ainda piores. Protegê-la dessa forma não é ajudá-la, mas prejudicá-la."

Ao ouvir isso, Pâmela imediatamente mudou de expressão: "Cale-se! Eu sei que você só quer se vingar de mim e da minha filha! Querido, por favor, não escute essas loucuras, Renata é nossa filha!"

Será que ela realmente acreditava que essa tática barata funcionava com todo mundo?

Nilton lançou um olhar gelado para a mão dela, ainda agarrada à sua manga: "Eu já disse que tenho mania de limpeza, certo?"

Quando ele olhou para Pâmela, seus olhos estavam cheios de uma frieza penetrante, envolvendo-a em uma aura de ameaça silenciosa.

Com uma voz dura e destituída de qualquer resquício de calor, ele finalizou: "Eu a chamei de "senhora" por pura educação. Mas você realmente se acha tão importante? Quer ser minha mãe... mas sequer parou para pensar se tem qualificações para isso?"