Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 639

Eu sorri maliciosamente: "Você não teria deixado minha sombra em todos os lugares, teria?"

"Sim."

Não era de se admirar, era tão óbvio que qualquer pessoa próxima a ele poderia perceber.

Apenas a família Lopes, que estava distante dele, não sabia disso.

"Então, você a conheceuessa tia Simone que Natália mencionou?"

"Conheci, ela é muito gentil. Toda vez que vou à família Ferro, ela faz questão de cozinhar meus pratos favoritos."

"Ela não é casada?"

Nilton balançou a cabeça: "Pelo que Natália me contou, parece que ela se divorciou e não tem filhos, então frequentemente volta à família Ferro. Por que de repente pergunta sobre ela?"

"Talvez porque ela pareça estar em boa forma."

Nilton claramente não acreditou nessa resposta e continuou me olhando. Eu sorri: "Ok, é só que elas saíram de fininho quando nos viram, achei estranho, e você ouviu, Natália até estava pensando em me dar uma lição."

"Marlene, eu realmente não tenho nada com ela." - Ele estava ansioso para mostrar sua sinceridade.

"Eu sei, como eu poderia não confiar em você? Que tal visitarmos essa benfeitora juntos em breve?"

Nilton acariciou a ponta do meu nariz: "Claro, você pode fazer o que quiser, desde que não duvide do meu amor por você."

Eu me aconcheguei em seus braços, com um leve sorriso nos lábios.

O casamento deve ser baseado na confiança mútua.

Mas por alguma razão, sempre que penso naquela mulher que não se virou, sinto algo especial no coração.

Por que Natália pediria sua ajuda? Naquele momento, seu tom não parecia de uma garota mimada pedindo um favor a um adulto, mas sim de um vilão derrotado procurando por apoio.

Mas Nilton disse que a família Ferro salvou sua vida, que eram pessoas boas.

Será que eu estava pensando demais?

"Você não tem sua própria casa?" - Nilton pegou seu celular, olhou para Evaristo do outro lado e rosnou: "Não me importa onde você esteja, traga sua mulher de volta agora mesmo!"

No segundo seguinte, Evaristo também apareceu na sala, deu uma olhada em mim aconchegada nos braços de Nilton e em Nilton com sua roupa desarrumada, e percebeu o que tinha acontecido.

"Desculpe, Nilton, vou levá-la agora mesmo."

Ele imediatamente pegou Janaína nos ombros e saiu.

Não assim, por favor, não no estilo de carregar um saco de areia.

Janaína se debatia: "Me coloque no chão! Maldito Evaristo, eu não quero ir para casa com você."

"Se não for para a minha casa, com quem você vai?"

"Me solte, eu ainda tenho algo importante para dizer a ela."

As vozes dos dois foram se afastando.