Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 695

No momento em que César proferia suas palavras duras, a voz de Janaína irrompeu: "Arrepende? Sonhe!"

César, interrompido em sua fala: ???

Ele já tinha ouvido falar da Sra. Torres.

Diziam que ela não recebeu o carinho do marido por anos e foi levada ao desespero por Daniela, quase ao ponto de se jogar no rio. Será que agora ela decidiu que não tinha mais nada a perder?

Ou será que ela foi levada ao extremo do desequilíbrio mental?

Janaína estava convencida de que essas duas pessoas eram de alguma forma responsáveis pela morte de Marlene. E, em público, eles não poderiam fazer nada contra ela.

Afinal, dois homens crescidos não iriam agredir uma mulher, certo?

Se realmente fizessem isso, seria ótimo! Ela cairia no chão fingindo desmaio, e não sossegaria até tirar cada centavo deles ou colocá-los na cadeia!

Isso é o que chamam de "quem não tem nada a perder, não teme quem tem".

Enquanto eles preferiam agir nas sombras, Janaína era do tipo que expunha tudo à luz do dia.

Venham, vamos nos enfrentar.

Ela tinha duas vidas, quatro pais, oito avós! Ela tinha todo o direito de ser audaciosa!

Se pudesse eliminar esses malfeitores por Marlene antes de morrer, não teria vivido em vão.

Para Marlene, cada dia era uma contagem regressiva.

Mas para Janaína, cada dia após sua "renovação" era um dia ganho.

Eliminar um já seria lucro, eliminar dois seria uma grande vitória.

Ela realmente não tinha mais desejos, seu pai se arrependeu e não machucaria mais sua mãe.

Sua mãe tinha os bebês e dois homens que a amavam profundamente, ela seria feliz nesta vida.

Antonio então sorriu: "Sra. Torres, veja, por isso não diga coisas assim."

Janaína sorriu: "Se não for esse o caso, então vou visitar Cátia todos os dias, e você não vai interferir."

Antonio: "..."

Ele sentiu que havia caído em uma armadilha.

Janaína continuava aparentando estar despreocupada, sem se importar com as pessoas que desapareceram de repente.

Afinal, ela não conhecia a pessoa, e o desaparecimento não tinha nada a ver com ela.

"Cátia, o desfile acabou. Vou te levar para comer churrasco, vi no Guia que há uma churrascaria ali perto que é excelente."

Antonio estava prestes a intervir, mas foi interrompido: "Já chega, fique quieto, deixe Cátia decidir, quer ir comer?"

Sob o olhar de Antonio, Cátia reuniu coragem para responder: "Po-podemos não comer churrasco? Qualquer outra coisa está bom."