Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 915

"Idiota, não foi fácil para nós chegarmos até aqui. Eu duvido que alguém poderia questionar seus sentimentos por mim, mas a maneira como você agiu me deixou um pouco desconfortável. Você sempre soube quem ela era?"

"Não, ao longo dos anos, ela sempre apareceu ao meu lado como Simone, então eu achava que ela era minha tia, até que a verdadeira Simone apareceu e eu comecei a perceber algumas coisas. Naquele momento, não conseguia concluir que eram duas pessoas diferentes. Até você desaparecer. Para te encontrar e me vingar, comecei a atacar os pontos do O Dragão. Cada ataque meu era preciso, e além da ajuda da família Monteiro, havia uma pessoa misteriosa me passando informações."

"Investigamos Rosália por muito tempo. Acho que consigo adivinhar quem ela é."

"Vocês se encontraram?"

Ele balançou a cabeça, "Não, escondi isso de você e dela. Ela não quis se revelar como mãe por se sentir culpada comigo, e eu também me senti culpado por você, pois ela queria te machucar por minha causa. Não quis romper o equilíbrio atual, então fingi não saber. Mas não esperava que você fosse perceber tão rápido."

Estendi a mão e belisquei sua cintura, "Você é um verdadeiro mestre em equilibrar as coisas!"

"Desculpe, Marlene. Afinal, ela é minha mãe."

Ao encontrar seu olhar de culpa, não pude deixar de me sentir impotente, "Está bem, está bem, não consigo ficar brava com você. Mas você sabe por que ela fez isso?"

Nilton segurou minha mão e a beijou, "Descobri algumas coisas, e posso imaginar."

"Conte."

"É bem simples, ela foi usada por Rosália para se vingar do meu pai, mas não é boba. Ela apenas fingiu concordar para ganhar a confiança de Rosália. Sem as informações dela, não teríamos conseguido destruir todos os pontos do O Dragão tão facilmente. Essas informações não foram coletadas da noite para o dia."

"Mas ela estava muito próxima de Lucinda."

Nilton assentiu, "Sim, porque desde o início, o alvo dela não era a família Lopes, mas você."

Fiquei surpresa, "Eu?"

"Marlene, você se lembra do velho de cabelos prateados na cidadezinha? Você já deve saber quem ele é."