Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 100

Amélia ficou sabendo do acidente de António Mendes somente no dia seguinte ao ocorrido.

Lívia Pereira ligou pessoalmente para ela.

"Você é uma menina sem coração que saiu de casa há dois anos e nem sequer telefona para a família, nem dinheiro mandou, tanto tempo cuidamos de você para nada. Você nem liga para o pai que tanto te adora, ele está à beira da morte, você sabia?"

Amélia mudou de cor instantaneamente, ao ouvir a voz de Lívia quase sem fôlego de tanto chorar.

"O que aconteceu com meu pai?" ela perguntou rapidamente.

Embora não tivesse telefonado ou enviado dinheiro para Lívia e Felipe, ela sempre havia mantido contato não muito regular com seu pai António, tendo inclusive feito uma videochamada uma semana antes.

António, embora já aparentasse ter envelhecido e também o desgaste pela bebida, parecia estar bem no vídeo, não parecendo estar doente.

"Ele estava dirigindo e um outro carro o atingiu, ele está na UTI e não sabemos se vai resistir." Lívia, do outro lado da linha, soluçava muito abalada, falando com dificuldade, "Antes de ser hospitalizado... ele já delirava e chamava pelo seu nome..."

"Não se angustie, eu vou voltar imediatamente.”

Amélia disse, tentando acalmá-la antes de desligar a ligação.

Embora estivesse tentando acalmar Lívia, Amélia estava interiormente em pânico.

Sem perder tempo, Amélia ligou para Cecília para lhe passar algumas instruções e comprou um voo para retornar para o Brasil no mesmo dia.

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Rafael pediu para Bruno cuidar do caso de António.

Naquele mesmo dia, António havia ligado para pedir um empréstimo.

O idoso tinha se envolvido em um acidente de carro, e ambos, ele e o outro motorista, haviam ficado gravemente feridos e foram levados direto para a UTI. A perícia de trânsito ainda não tinha autorizado o resultado, e sem a definição de culpabilidade, a outra parte persistia que António era o responsável pelo acidente, exigindo que a família cobrisse as despesas do hospital com antecedência.

Felipe, sem saber sobre a situação de António, mas conhecedor do seu hábito de beber, receava que ele pudesse estar dirigindo embriagado. Diante da firmeza do outro lado e da falta de câmeras no local do acidente, que dificultava ainda mais a definição da responsabilidade, os pedestres que ali passavam também não conseguiam esclarecer, mas todos haviam visto o carro de António bater no do outro motorista.

Felipe tinha quase certeza que a culpa era do seu pai, e ambos iriam precisar de uma quantia importante para as despesas hospitalares, além de um possível ressarcimento.

Felipe tentou saber mais à respeito e descobriu que o valor da indenização não seria baixo; ele não iria ter como pagar e, aflito, procurou Rafael.

Rafael pediu para que Bruno procurasse entender melhor o problema. Sabendo que o resultado da perícia de trânsito ainda não havia sido disponibilizado, ele decidiu adiar a questão da indenização e somente autorizou Bruno a adiantar as despesas hospitalares para António.

Bruno gastou os últimos dias resolvendo os assuntos de António.

Por sorte, António estava se recuperando muito bem e, depois de três dias na UTI, ele finalmente pôde ser transferido para um quarto comum.

Retornando para o escritório, Bruno compartilhou a boa notícia com Rafael.

"Ele já acordou?" Perguntou Rafael parando o que estava fazendo e olhando para ele.

Bruno balançou a cabeça: "Ainda não."

Rafael ficou preocupado, olhou para o celular e fechou o notebook, levantando-se: "Vou ao hospital."

Bruno não tentou impedi-lo. Embora Rafael e Amélia estivessem divorciados, ele ainda tinha consideração por António, seu ex-sogro, e Rafael também havia sido avisado sobre o acidente.

"Vou preparar para você levar um presente e uma cesta de frutas.” Bruno disse.

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António ainda não tinha acordado, quando Rafael chegou ao hospital.

Ele estava deitado na cama do hospital, com o rosto cansado e pálido.

Lívia estava ao lado dele, também muito abatida.

Felipe também estava no quarto de hospital distraindo-se com jogos no celular, mas em mais bem estado do que Lívia. Ao notar Rafael entrando, ele guardou o telefone e levantou-se sorrindo para cumprimentá-lo: "Cunhado, que bom que você veio."

Ele então foi se aproximando e pegou da mão dele o presente e a cesta de frutas.

Rafael não olhou para ele, mas sim para António deitado na cama do hospital e depois virando-se para Lívia: "O que o médico disse?"

"Ele disse que a recuperação está indo bem, mas precisamos observar se ele vai acordar esta noite," Lívia respondeu com a voz rouca, e já ficando preocupada, olhando para António na cama.

Rafael, sem dizer mais nada, acenou com a cabeça. Depois de ficar um pouco mais no quarto,, o médico apareceu para fazer a ronda e perguntou sobre o estado de António, logo em seguida, ele se despediu de Lívia e Felipe e caminhou até a porta para ir embora. Mas, no mesmo instante em que ele abriu a porta e levantou os olhos, ele parou.

Amélia, saindo às pressas do elevador, também levantou o rosto e viu Rafael, e seus passos vacilaram por um momento.

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